Vivenda art deco no cimo da barreira da Maxaquene de costas para a Baixa, Av. Lumumba antiga Brito Camacho.
Deve ser a entrada para a escada
para o primeiro andar
As traseiras já estão em declive no início da barreira |
Vista do terraço para o estuário que em tempos idos (em que não era preciso jaulas no Rés do Chão nem depósitos para a água das chuvas) esteve desobstruída - "é o preço do desenvolvimento, pá!" |
Com a foto de cima, a localização aproximada do prédio do OLX na Av. Lumumba é fácil:
Google Earth (GE) actual
sul na parte de cima desta imagem
Amarelo: Av. Lumumba
Amarelo: Av. Lumumba
Laranja e roxo: Pelo que se vê no terraço da vivenda
com uma saliência ao centro, esta do OLX podia ser
uma das duas vivendas. Confirmo em baixo que é a do roxo.
Como vimos na mensagem do Centro de Saúde da Maxaquene o prédio em frente ao Bairro Coop das 12 casas é o que se vê nesta imagem ao fundo e também em pormenor:
Por isso marquei a cor laranja na imagem GE em cima o prédio em frente à entrada do Bairro Coop e fica-se a saber que este em 1955 já existia |
Ora, como pode ver aqui ou com a imagem actual na mensagem respectiva, o prédio do Centro de Saúde é parecido com o do OLX pelo que fui procurar se realmente havia dois prédios semelhantes pelo menos nessa zona da Avenida. E havia!
Porque aqui aparecem estas duas vivendas e elas não foram feitas por milagre lembrei-me duma história que é genérica e não sei se aplica aqui ou não.
Houve um senhor que andou a trabalhar no duro nos anos 40 ou 50 do século passado para poder deixar umas coisas para a família. Com as primeiras poupanças fez uma destas casas e depois com mais trabalho árduo conseguiu dinheiro para fazer outra. Como o terreno ao lado da primeira já não estava livre, o senhor teve que comprar um outro mais abaixo/acima da primeira e fê-la igual.
Depois damos um grande salto no tempo e ao fim duns 70 anos uma das casas acaba penso eu no Estado se o centro de saúde for público (o que é do mal o menos, pelo menos ficou para o "povo"), e esta saiu a um feliz contemplado pela Sorte Grande que ficou com ela sem saber como. E esse sortudo que nunca gastou dinheiro com esta casa que até já está bastante arruinada vai alugá-la por um balúrdio de USD por mês a alguma ONG/NGO que não tem alternativa melhor.
E entretanto a famíla do tal senhor que tanto trabalhou nos anos 40 ou 50 ficou a ver navios, mas longe do estuário. Este seria um final de história feliz para uns, infeliz para outros. E como diria alguém: É a vida, pá!
Comentários