Voltamos ao guindaste das 80 toneladas de que vimos aqui a primeira tarefa no porto e de que mostrámos aqui os seus deploráveis últimos anos de existência. No citado relatório de 1936 do Eng. Pinto Teixeira era dito que tinha passado a funcionar em conjunto com a carvoeira Provay (par de torres) que entrou ao serviço em 1923.
As quatro fotos seguintes são reproduzidas do suplemento O Ilustrado do jornal Notícias de Lourenço Marques publicado entre 1933 e 34 e que faz parte das colecções da Biblioteca Pública Municipal do Porto. Mostram duas situações penso já conhecidas mas de novas perspectivas.
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| Guindaste a fazer o teste para as 80 toneladas em 1933/34. |
Como já vimos este guindaste originalmente era de 60 toneladas mas foi reforçado pelas oficinas do porto. Na foto de cima aparece a carvoeira Provay à esquerda (as posições relativas entre eles podiam variar porque o guindaste movia-se sobre os carris perto delas).
Na foto seguinte o guindaste está a fazer um teste com uma carga que claramente é de 88 toneladas. Como a carga na parte central é mais larga que a da foto anterior deduzo que o guindaste terá sido reforçado mais de uma vez ou feito provas para diversas cargas..
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| Em 1933 com uma carga de 88 tons |
Na foto seguinte à direita vemos parte das "pernas" e da plataforma de base circular do guindaste das 80 toneladas:
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| Locomotiva para os caminhos de ferro chegando num cargueiro |
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| Guindaste das 80 toneladas pousando a locomotiva na ponte cais ainda com a carvoeira Mac Miller por perto |
Esta descarga de locomotiva deve ser a mesma da terceira foto da citada mensagem que mostra os testes deste guindaste que era de longe o mais poderoso do porto.
Olhando para a lista das locomotivas mais pesadas vemos que as movidas a vapor (steam) têm pesos na gama de 260 a 560 toneladas e muitas delas eram mais ou menos da época destas fotos. Daqui se conclui que este guindaste até era pequeno para este tipo de descargas. Mas noto que as locomotivas em uso em Moçambique podiam ter mais de 80 toneladas se houvesse guindastes mais potentes nos portos da África do Sul para os descarregar pois normalmente a interligação e a mesma bitola entre o sistema ferroviário sul-africano e moçambicano permitiria que elas se deslocassem depois do porto de desembarque para LM.
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