Temos aqui mostrado algumas fotos aéreas da instalações portuárias de Lourenço Marques (LM) do lado ocidental = poente mas surgiram recentemente mais duas e de melhor qualidade.
Primeiro uma do arquivo da Fundação Gulbekian que como já mostra na Praça 7 de Março o prédio Fonte Azul é posterior a 1944 e que como se vê o edifício dos Organismos na primeira fase deve ser anterior a 1955. Por isso será foto de entre meados dos anos 40 a meados dos 50. Mostro sem legenda e com legenda um pouco mais reduzida (clique nas fotos para aumentar).
FOTO 1
Carmesim: linha férrea principal de Ressano Garcia para a estação e para o cais (ver aqui a sua construção e o desenho inicial no mapa de 1903) Castanho claro: Av. da República, actual 25 de Setembro fazendo cotovelo para dar mais espaço para a linha e o recinto do porto a ocidente Roxo: fábrica Ginwala de óleos e sabão. Notam-se aí vias férreas dum ramal para esta zona industrial. Vermelho: ponte de descarga do carvão para as locomotivas. Aparecia aqui nos anos 70 deslocada mais para ocidente. Azul claro e escuro: vilas dos trabalhadores dos caminhos de ferro (aqui e aqui) Castanho escuro: placa giratória (PG) Laranja: depósito de máquinas com chaminés (ver aqui, também para a PG) Verde claro: gare da estação Amarelo: fábrica moageira Verde escuro: Clube ferroviário de 1943 Azul escuro: prédio Fonte Azul de 1944 |
Passamos agora a uma foto da obra Ronda de África de Henrique Galvão (HG) de que um exemplar faz parte das colecções da Biblioteca Pública Municipal do Porto. Se a FOTO 1 era uma vista para sudeste a FOTO 2 é-o para noroeste, mais ou menos na mesma direcção mas em sentido oposto. Em primeiro plano temos a ponte-cais e a central eléctrica perto da estação que na FOTO 1 se viam ao fundo. Fácil de descernir nas duas fotos é a linha férrea principal que na FOTO 2 se vê a sair de trás da estação e do cais e se vê a curvar ao fundo da imagem para a esquerda. Nesse loval a linha passava a seguir ao longo da barreira do Alto-Maé/Malanga e a ir paralela ao estuário em direcção ao vale do Infulene e à primeira gare depois de LM, a da Machava. Nota-se também ao centro direita da FOTO 2 o ponto onde a Av. da República - que limitava o recinto do porto a norte e a zona industrial a sul - fazia um cotovelo para noroeste desviando-se em direcção à barreira pois não podia colidir com a linha férrea.
FOTO 2
Ponte-cais Gorjão e recinto do porto de Lourenço Marques cerca de 1949 |
A FOTO 3 em baixo tem muito pior qualidade que a FOTO 1 e foi tirada mais ou menos na mesma direcção mas mais próximo da baixa da cidade permitindo ver mais de perto a zona mais ocidental do recinto do porto e da zona indústrial/de actividades. Muitos dos elementos das legendas das FOTOS 1 e 3 são comuns. A FOTO 3 é anterior a 1943 pois não aparecia nela a sede do Clube Ferroviário construida nesse ano. Ao fundo da FOTO 3, no canto superior esquerdo vê-se muito bem desenhada a Ponta Mahone do lado sul do estuário.
FOTO 3
Carmesim: fim da primeira curva da linha férrea principal ao afastar-se do cais Castanho claro: Av. da República, actual 25 de Setembro, recta antes do cotovelo Vermelho: entre cada três armazéns do porto havia um espaço descoberto Azul claro: vilas dos caminhos de ferro (aqui e aqui) Verde claro: gare da estação de caminho de ferro Rosa: edifício exterior da estação Amarelo: fábrica moageira Branco: pavilhões construídos para internados alemães na primeira Grande Guerra Preto: fábrica de gelo e cerveja Laranja claro: prédio Santa Maria, na esquina das actuais Avs. 25 de Setembro e Guerra Popular |
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