Esta foto é do Arquivo Histórico de Moçambique (Colecção Iconográfica da Câmara Municipal de Lourenço Marques - Icon 7) e já foi referida em pelo menos dois artigos anteriores, sobre a casa "de" Caldas Xavier e sobre o lado sul da Av. D. Carlos.
É mais uma das muitas fotos que captaram a Baixa vista da barreira da Maxaquene para poente no fim do século 19 vendo-se ao fundo o estuário e a sua margem sul (Catembe). No entanto esta tem qualidade e detalhe incomparávelmente melhores que as outras conhecidas e por isso os meus agradecimentos à instituição e a quem gentilemente a disponibilizou ao HoM.
É mais uma das muitas fotos que captaram a Baixa vista da barreira da Maxaquene para poente no fim do século 19 vendo-se ao fundo o estuário e a sua margem sul (Catembe). No entanto esta tem qualidade e detalhe incomparávelmente melhores que as outras conhecidas e por isso os meus agradecimentos à instituição e a quem gentilemente a disponibilizou ao HoM.
Passamos então a essa foto que apresento reduzida em tamanho e pixels (clique na imagem para ver esta versão em tamanho natural). Desta vez não coloco ligações (links) para cada referência ao que me pareceu mais interessante, o leitor pode usar a função "search" do blogger e encontrará os artigos respectivos no HoM. Assim tentando ir da esquerda para a direita e dando a volta pelo fundo, tomando em conta que o que não é específicamente mencionando na legenda são setas na foto, temos assim a foto com marcações:
Pontos a notar nessas marcas:
Pontos a notar nessas marcas:
1. Feitoria do Allen Wack: tinha forma de L que mais tarde foi completada para fazer um rectângulo, certamente depois de se fazer um pouco mais de aterro para sul, sobre o estuário.
2. Navio adornado que me parece se vê noutras fotos.
3. Obras públicas: esse foi o edifício com estrutura em madeira construido cerca de 1888 pela expedição de 1877. Estava sobre antigo pântano e em frente dele, um pouco para a direita está o edifício das OP anterior e em alvenaria que tinha sido construído sobre terra firme e por isso um pouco a sul da Rua da Linha e da linha de defesa.
4. Farmácia: será PHARMACIA ?? CENTRAL, actualmente estaria entre o Café Continental e o a esquina do novo prédio do BM, na Av. 25 de Setembro
5. Cadeia civil: assunto discutido com um leitor antes é notar-se agora muito melhor que era protegida únicamente por muro com grade metálica. O resto do espaço à volta fazia parte das avenidas. Mais claro é agora que a vedação que se via do lado de cá = leste da rua da Imprensa fazia parte do que veio a ser a estação de incêndio.
5. Cadeia civil: assunto discutido com um leitor antes é notar-se agora muito melhor que era protegida únicamente por muro com grade metálica. O resto do espaço à volta fazia parte das avenidas. Mais claro é agora que a vedação que se via do lado de cá = leste da rua da Imprensa fazia parte do que veio a ser a estação de incêndio.
Há outra foto semelhante à do AHM disponibilizada pela Northwestern University (NWU) que mostro também aqui, embora não se compare em qualidade. Junto também um bonito desenho colorido que é uns cinco anos anterior às duas fotos e que se pode ver ter boa precisão.
em cima: foto da NWU ao centro: foto do AHM em baixo: desenho de origem desconhecida |
Há outra versão da foto da NWU que mostra um pouco mais para a direita do que se vê em cima e tem algum interesse. Mas é muito difícil identificar algo, por um lado porque há poucas fotos tiradas de perto nessa zona para servir de comparação e por outro porque parece-me que a objectiva nas suas bordas distorceu muito a imagem.
Na foto da NWU e quanto aos caminhos de ferro, como a linha foi construida em 1886/87 e é por isso bastante anterior à foto, ela deve estar na paisagem. A linha férrea devia seguir da esquerda para a direita fazendo frente ao estuário para passar depois entre a entrada para o Cais Holandês (entrada que não se vê na foto) e a terra firme na zona (aterro do Maé). Mas a linha férrea tinha um muro de protecção para a elevar e não se consegue notar bem na foto da NWU nem na do AHM. Repare-se também na direcção dos dois navios na permanência duma zona mais brilhante que devia ser pântano que ainda não estava enxuto e com a água que ainda estava retida do lado de dentro (norte) do muro de protecção da linha férrea.
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