FOTO 1 |
Frente do edifício dos Paços do Concelho (Câmara/Tribunal) de 1901 com árvores de um lado e edifício do outro |
Vamos ver em duas mensagens o edifício construído de 1897 a 1901 que foi dos Paços do Concelho, depois Câmara Municipal e a partir do fim dos anos 40 do século 20 passou a ser tribunal, utilização ainda actual parece. Interessante é que segundo disse Alfredo Pereira de LIma o edifício esteve previsto para ser prisão-escola mas foi modificado ainda durante a construção.
Embora o edifício se tenha mantido, a sua envolvente mudou radicalmente com o decorrer dos tempos. Como se pode ver nas fotos seguintes e no MAPA de 1903 que lhes corresponde, inicialmente os Paços do Concelho ficavam perto do estuário e também próximo do paiol (que era mais antigo pois já existia em 1889/1891).
FOTO 2
Foto tirada do alto da Barreira da Maxaquene com o edifício dos Paços do Concelho na zona baixa |
Na foto de cima via-se o estuário próximo da traseira do edifício que estava invisível. Agora vemos o mesmo mais claramente em foto tirada de ângulo diferente com vista para leste = nascente:
FOTO 3
À esquerda: o edifício dos Paços do Concelho e em primeiro plano
um paredão marítimo pelo que a zona já não era virgem
Ao centro: borda do estuário
Ao fundo: barreira da Maxaquene
MAPA de 1903
A continuação da actual Av. Manganhela para nascente não pode ser logo traçada em linha recta (e paralela à actual 25 de Setembro) devido ao relevo existente na altura. Por isso o edifício dos Paços do Concelho fica fora da quadrícula da cidade e está desenquadrado dos que ficam para sul dele (do lado da actual Av. 25 de Setembro).
FOTO 4 |
Outra imagem da mesma época mas vista de ponto mais alto na Barreira da Maxaquene. |
A fileira de árvores ao centro da FOTO 4 (por trás dos Paços) corresponde aos passeios da actual Av. 25 de Setembro, que nestas imagens e no MAPA se vê estava no seu limite oriental perto deste edifício. Na FOTO 3 vê-se o pontão de Allen Wack e as chaminés de fábricas / oficinas na zona. Ainda não havia as casas ao lado dos Paços do Concelho que apareceram pouco depois.
A demolição do paiol e o aterro que afastou a beira do estuário desta zona vão acontecer ao mesmo tempo (nos anos 10 or 20 do século XX) e estão fisicamente ligados pois foi dos montes onde o paiol estava que se foram buscar materiais inertes para se encher o aterro avançando-se para o estuário. Ver também esta mensagem sobre o que existe agora onde esteve o paiol.
Mas voltamos ainda ao tempo em que havia enseada próxima como se pode ver â esquerda das FOTOS 5 e 6 seguintes em que este edifício e particularmente a sua varanda eram usados com tribuna previlegiada.
Vemos duas cerimónias com participação civil e militar e que se replicavam a nivel nacional a respeito de dois acontecimentos antagónicos, primeiro um "Viva a Monarquia!" e depois um "Viva a República!".
A demolição do paiol e o aterro que afastou a beira do estuário desta zona vão acontecer ao mesmo tempo (nos anos 10 or 20 do século XX) e estão fisicamente ligados pois foi dos montes onde o paiol estava que se foram buscar materiais inertes para se encher o aterro avançando-se para o estuário. Ver também esta mensagem sobre o que existe agora onde esteve o paiol.
Mas voltamos ainda ao tempo em que havia enseada próxima como se pode ver â esquerda das FOTOS 5 e 6 seguintes em que este edifício e particularmente a sua varanda eram usados com tribuna previlegiada.
Vemos duas cerimónias com participação civil e militar e que se replicavam a nivel nacional a respeito de dois acontecimentos antagónicos, primeiro um "Viva a Monarquia!" e depois um "Viva a República!".
FOTO 6
Proclamação da República nos Paços do Concelho de Lourenço Marques, três dias depois dos acontecimentos em Lisboa |
FOTO 7
Câmara Municipal, Lourenço Marques com estuário muito próximo atrás |
No artigo seguinte vamos ver esta zona oriental da Baixa da actual cidade de Maputo já sem o paiol e com o aterro da enseada da Maxaquene completado.
Ver aqui mais fotos da visita de Carmona em 1939.
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