Jardim botânico, actual Tunduru: pequeno lago com caramanchão de 1935 (22/)

Este pequeno lago fica para a parte alta do jardim do lado nascente pois vê-se na FOTO 1 o coreto para poente do quarteirão para o fundo (e a massa vertical do prédio Montepio/TAP). 
Esta foto é pós reabilitação como se pode constatar pelo pavimento em bloco de cimento principalmente no caminho que segue subindo à direita.

FOTO 1
Pequeno lago redondo coberto por caramanchão 

Tentando localizá-lo a partir da FOTO 1, vê-se que fica acima das três pérgolas em linha e do lado da Vila Jóia. 
Com mais precisão a partir do Google Earth:

FOTO 2
Carmesim: prédio Montepio/TAP
Vermelho: posição estimada da clareira com este lago com caramanchão
Amarelo: coreto
Castanho claro: caminho à direita da FOTO 1
Verde: caminho principal na zona da estufa
Roxo: Vila Jóia, atual Tribunal
Branco: canto a sudoeste do clube de ténis
(ver este local ao centro da FOTO 2 pormenor

Esta construção aparece na tese de Lisandra Franco de Mendonça na planta de 1998 do jardim na página 407/408 em posição aproximada à estimade em cima, mas um pouco mais próximo do coreto. Tem o aí o número 10 e é chamado "Lago rodeado por pavimento em calçada portuguesa e coberto por uma pérgula".
Temos outras duas fotos antes da reabilitação mostrando este pequeno lago mas visto aí para sul (correspondia a vê-lo na FOTO 1 da direita para a esquerda). 

FOTOS 3
Duas vistas para sul do pequeno lago redondo sob o caramanchão

Como se pode imaginar comparando as FOTOS 3 com a FOTO. este pequeno lago fica justaposto a sul ao caminho marcado a castanho claro na FOTO 1. Em seu redor tinha pavimento específicamente calcetado em pedra preta e branca e onde estava escrito "1935" e desenhados uns floreados. Esse pavimento parecia em estado razoável e só a necessitar de reposição duma pequena parte mas foi eliminado na dita reabilitação ou requalificação do jardim, que para este caso tratou-se de destruição e construção. 
Todavia na página 409 da tese de LFM está uma figura retirada do projecto de reabilitação de 2012 indicando que se previa que esta parte de calçada fosse reposta (figura 221, uma das circunferências azuis), por isso não sei o que aconteceu.
O que sei é que o facto de se tratar dum jardim histórico é quase sempre destacado nas publicações turísticas (melhores destinos) por isso parece contraditório que aparentemente um traço visível dessa história tenha sido apagado. Para mais o ano de 1935 não parece ter algum significado especial negativo e seria simplesmente a data de construção. O que a FOTO 1 indica ter acontecido é difícilmente explicável e é pena, presumívelmente ficarão estas FOTOS 3 como recordação.

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