Voltamos às fotos provenientes do site da Universidade do Arizona que foi revelado pelo site Delagoabayworld neste artigo. O autor foi o botânico norte-americano Homer L. Shantz (1876–1958) que passou por Lourenço Marques, actual Maputo em Outubro de 1919 e se interessou bastante pelas plantas do jardim botânico da cidade, depois Vasco da Gama e actual Tunduru (University of Arizona - colecção shantz).
A FOTO 1 mostra um lago ou melhor um dos lagos do jardim. A nota acompanhante era: vista geral do jardim botânico, museu nas traseiras, nenúfar, pandanus, coqueiro, "monkey tree", eucalipto, relvado de cynodon incompletus à frente. Tentei saber o que era a "monkey tree" que afinal deve ser "monkey puzzle tree" e que seria a planta alta de tronco vertical e ramos a níveis espaçados que aparece entre o eucalipto e o edifício elevado. Cientificamente seria uma Araucaria araucana mas só algumas destas plantas com esse nome se assemelham à do jardim ...
O museu referido na nota seria então o edifício em posição mais elevada do que o lago e de que se vê na FOTO 1 a parte superior. De facto a Vila Jóia, onde foi instalado a partir de 1914 o Museu, estaria nessa posição se fosse vista da faixa do jardim mais plana e situada a sul e onde houve lagos. Mas eu não me lembrava da clarabóia que se via na FOTO 1 e a razão como se pode ver aqui é de numas fotos ela aparecer e outras parece que não.
Dessa forma neste artigo para além da nova foto do jardim iremos explorar esse aspecto da Vila Jóia que lhe ficava vizinha e de cuja parcela de terreno por exemplo o jardim herdou o canto onde se insere o seu lago actual.
Dessa forma neste artigo para além da nova foto do jardim iremos explorar esse aspecto da Vila Jóia que lhe ficava vizinha e de cuja parcela de terreno por exemplo o jardim herdou o canto onde se insere o seu lago actual.
FOTO 1
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| Um lago no jardim botânico em 1919 com a Vila Jóia ao fundo à direita |
Vamos comparar primeiro a FOTO 1 com uma publicada em 1929 que mostra a Vila Jóia do lado oposto.
MONTAGEM 1
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Vermelho: linha de vista do lago para a Vila Jóia na FOTO 1
Mancha esverdeada: à esquerda marcada sobre o lago,
à direita a estimativa da sua posição
Roxo: fachada principal da Vila Jóia que não se vê na FOTO 1
Amarelo: face da clarabóia da Vila Jóia virada a sul
Preto: provávelmente um pára-raios no edifício da Vila Jóia
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A foto seguinte da Vila Jóia já conhecida no HoM e proveniente dos arquivos holandeses permite uma comparação diferente com a vista da FOTO 1. A FOTO 2 foi tirada nos primeiros anos da Vila Jóia e na direcção do noroeste, aproximadamente.
FOTO 2
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Roxo: fachada principal da Vila Jóia
Amarelo: face da clarabóia da Vila Jóia vista na FOTO 1 e virada a sul
Castanho: trabalhos de abertura da Av. Augusto de Castilho, actual Lenine
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Como se viu por exemplo aqui, no mapa da cidade de 1925/26 aparecem representados pela primeira vez três lagos do jardim. Presumo que em 1919 se tivesse estado nessa situação e se assim fosse, parece-me que o lago que aparece na FOTO 1 seria o do meio dos três aqui representados. Teriamos assim uma foto concreta desse lago do meio sendo todavia difícil achar equivalência a ele nas as outras de que se dispõe, por exemplo aqui nas FOTOS 4 e 5.
MAPA de 1925/26
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Esverdeado: provávelmente o lago da FOTO 1 e que entretanto deixou de existir
Castanho: Av. Augusto de Castilho, actual Lenine
Vermelho: linha de vista como na FOTO 1 do lago para a Vila Jóia
Roxo: fachada principal da Vila Jóia
Amarelo: face da clarabóia da Vila Jóia vista na FOTO 1
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Podem-se ver clarabóias e lanternins antigos semelhantes à da Vila Jóia em 1919, na cidade do Porto em Portugal, sendo a maioria deles em metal e vidro e com forma redonda, e mais nove no Porto e três em Lisboa.
Finalizamos com outra das fotos de Shantz da mesma zona sul do jardim em Outubro de 1919. Mostra-se o limite dum lago ou dum regato que duma forma ou de outra se relacionaria com o lago da FOTO 1.
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| Página 400 das "travel notes" |
FOTO 3
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| Superfície líquida no jardim Vasco da Gama em vista para ? |
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