A revista Ilustração Portuguesa é disponibilizada pela Hemeroteca de Lisboa mas está também digitalmente disponível aqui. De ambas retiro imagens e texto da publicação de Abril de 1915 que simplifico e sobre a reparação da Ponte de Pessene na sequência de violenta enchurrada tendo a circulação de combóios ficado impedida durante sete dias.
A notícia dizia que a ponte ficava ao kilometro 26.5 da linha de Ressano Garcia pelo que seria a que vimos aqui sobre o Rio (Ribeira) Matola. Tinhamos visto aí que a ponte inicial feita por McMurdo em 1886/87 não foi uma das muitas que caiu logo com as cheias do ano seguinte e que ela deve ter sido reparada em 1889/90, embora se veja aqui que provávelmente passados 25 anos teve problemas graves. É difícil dizer se era ainda a mesma que se via aqui c. de 1890 mas pelo menos do mesmo tipo era com os cilindros e o tramo metálicos. O local dessa ponte ao km 26.5 pode ser visto no google maps e de facto ela fica uns 12 km antes de Pessene, a estação entre a Matola e a Moamba.
Na primeira foto temos operários no início dos trabalhos e os responsáveis em baixo chefiados pelo engenheiro Carlos Sá Carneiro que era o director dos Caminhos de Ferro de Lourenço Marques (ver aqui).
A notícia dizia que a ponte ficava ao kilometro 26.5 da linha de Ressano Garcia pelo que seria a que vimos aqui sobre o Rio (Ribeira) Matola. Tinhamos visto aí que a ponte inicial feita por McMurdo em 1886/87 não foi uma das muitas que caiu logo com as cheias do ano seguinte e que ela deve ter sido reparada em 1889/90, embora se veja aqui que provávelmente passados 25 anos teve problemas graves. É difícil dizer se era ainda a mesma que se via aqui c. de 1890 mas pelo menos do mesmo tipo era com os cilindros e o tramo metálicos. O local dessa ponte ao km 26.5 pode ser visto no google maps e de facto ela fica uns 12 km antes de Pessene, a estação entre a Matola e a Moamba.
Na primeira foto temos operários no início dos trabalhos e os responsáveis em baixo chefiados pelo engenheiro Carlos Sá Carneiro que era o director dos Caminhos de Ferro de Lourenço Marques (ver aqui).
Um dos pilares (encontros) foi levado pelas águas mas a linha ficou suspensa |
Diz a reportagem que não houve acidente nem vítimas pois um habitante conseguiu avisar o maquinista dum combóío (de passageiros ?) que se aproximava do local e a distância suficiente para que este tivesse conseguido travar. A máquina parou a 300 metros (do desastre) e certamente que facilitou o aviso e a travagem que os combóios na altura circulassem nesta linha a uns 30 ou 40 km / hora.
Uma foto tirada mais ou menos na mesma direcção da de cima, com o lado danificado da ponte em primeiro plano:
Durante os trabalhos, transbordo de passageiros que se dirigiam para o Transvaal |
Pelo que se vê, do lado de lá da ponte estava parado o combóio que tinha transportado estes passageiros vindos de Lourenço Marques, actual Maputo.
A seguir, um combóio de 1200 toneladas a fazer experiências depois da reparação:
Ponte reparada em testes com os engenheiros subindo para a máquina |
Como se pode ver foi uma reparação provisória penso que feita com camadas de carris e travessas mas não sei como seriam equilibradas lateralmente. Presumo que essa solução para não se cortar o importante tráfego para o Transvaal durante mais tempo tenha durado o tempo suficiente até se fazer uma nova ponte completa ao lado desta.
Agora um combóio na ponte reparada e já em exploração:Outro aspecto da ponte reparada |
Ainda em 1915 mas em Agosto a mesma revista informava que tinham sido adquiridas locomotivas americanas da fábrica Baldwin, tipo Santa Fé de 5 eixos conjugados, 14 toneladas por eixo, peso total da máquina e tender em ordem de marcha de 130 toneladas e capazes de rebocar 1 200 toneladas. Essa era precisamente a carga de teste que vimos em cima mas aí a ser puxada por outro tipo de máquina.
Uma das novas locomotivas Baldwin compradas para os CFLM com os 5 eixos motrizes, em 1915 |
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