O tramway de Lourenço Marques (LM, actual Maputo) começou a circular em 1904 e fechou definitivamente em 1936 após uns solavancos existenciais finais. Vamos neste artigo ver dois pontos importantes desse avançado, na altura, sistema de transporte colectivo.
Começamos pelo ponto próximo do actual Centro Cultural Franco-Moçambicano, antigo Hotel Club ao cimo da actual Av Samora, antiga Av. Aguiar. Temos duas fotos semelhantes, a primeira de Spanos e a segunda de Lazarus:
Do lado direito da foto vê-se que os carris não formam um par simples. Veremos em pormenor do que se tratava um pouco mais para o cimo da avenida com outra foto
Começamos pelo ponto próximo do actual Centro Cultural Franco-Moçambicano, antigo Hotel Club ao cimo da actual Av Samora, antiga Av. Aguiar. Temos duas fotos semelhantes, a primeira de Spanos e a segunda de Lazarus:
FOTO 1
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| Vista para a Baixa, com Hotel Club à esquerda uns 50 metros antes do cimo da avenida |
FOTO 2
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| Mesma vista com Hotel Club à esquerda uns 100 metros antes do cimo da avenida |
FOTO 2 pormenor O desenho dos carris ao cimo da antiga Av. Aguiar mostrava uma bifurcação
Ao cimo da Av. Aguiar via-se o mais para o fundo o carro eléctrico numa secção preparada para cruzamentos com duas linhas paralelas e as correspondentes linhas de alimentação suspensas (vê-se melhor na FOTO 3), depois uma curta secção em via simples e mais próximo uma bifurcação das linhas para a esquerda = leste = Polana e para a direita = oeste = Alto Maé por exemplo. Onde está o fim desse cruzamento mais para baixo na avenida já não se consegue ver bem nestas fotos.
Podemos apreciar nesta foto o que se passava por cima dos carris com outra foto::
No chão o mesmo "hexágono" da FOTO 3
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Em cima vê-se a linha aérea de alimentação (catenária) com desenho correspondente aos carris.
FOTO 4 - Borel de 1907 (completa aqui)
Linha aérea de alimentação destacada a cinzento e na mesma posição da FOTO 3.
As outras cores são explicadas no mapa diagrama em baixo.
MAPA de linha de eléctrico na cidade em 1906
Tanto as linhas da Polana (azul/vermelho) como as do Quartel do Alto Maé (Polícia Montada - amarelo/verde) e do Cemitério (preto e mais tarde branco) se juntavam / bifurcavam-se no troço fotografado nas FOTOS 1 a 4 para descer para a Baixa.
O mapa e as fotos mostram que havia um só par de carris na maior parte da Av. Aguiar, actual Samora mas nos seus dois extremos havia cruzamentos para que neles um carro eléctrico pudesse passar por outro (que ficava à espera) que estivesse a circular em sentido contrário.
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Passamos agora para o segundo ponto importante no sistema que era junto ao depôt (depósito de recolha dos carros) e à central geradora de electricidade na Av. 24 de Julho próximo do Cine África. Como se vê na Foto 5 actualmente ainda se encontram restos das linhas nessa zona pois foi mais prático empedrar e asfaltar-se por cima em vez de retirar os carris. Assim quando o asfalto rareia os carris reaparecem. É bem visível um dos carris de ferro (seguir a marca rectangular vermelha), e adivinha-se que o seu par, que deverá estar separado de 1 metro estará onde termina o empedrado (pela marca amarela). Para referência de distâncias, ao fundo está a berma actual do passeio. Suponho que haja ainda aí linhas e talvez se vejam ainda na entrada para o depôt que agora é um pavilhão que deve ter tido outros usos após a fase dos eléctricos pois pertencia aos serviços de electricidade.
FOTO 5 - Carril de eléctrico ainda visivel em Janeiro de 2012
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| Foto original do HoM - clique para aumentar |
Vamos agora neste artigo ver o referido depôt dos eléctricos na Av 24 de Julho (ex Francisco Costa) e as indicações das linhas de que podemos ver a correspondência no mapa de 1906 numa vista para poente = oeste da avenida:
FOTO 6 dos anos 70
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Castanho: depôt e seta apontando a entrada
Na transversal (descida para a Baixa):
Av. Marx, antiga Manuel de Arriaga e Central
concentrava a ligação à Baixa das linhas indicadas pelas setas seguintes:
Verde e amarelo: dois sentidos de circulação para o Quartel do Alto MaéAzul e vermelho: dois sentidos de circulação para a Polana Preto: para o cemitério e mais tarde para o Alto Maé |
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