Esta era uma estação de rádio telegrafia ou telegrafia sem fios (TSF) na Polana. Ver em baixo uma "profunda" explicação técnica. As primeiras fotos em baixo são do eterno Santos Rufino e de 1929.
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| Estação TSF, com o equipamento para receber/transmitir o sinal de/para a antena (foto aldrabada HoM do lado esquerdo) |
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| Pormenor da torre e antena |
Na foto de cima podemos ver a grande área necessária para uma estação de transmissão TSF devido à altura das torres e ao comprimento das antenas que eram os fios de cobre suportados nas torres. Segundo um leitor esta era uma antena de tipo dipolo dobrado para ondas curtas e do tipo seguinte:
Cabo de alimentação na antena ao centro, desdobrando-se esta
para os dois lados e fechando-se pelo condutor do lado oposto
Se a teoria deste esquema estivesse correcta esta antena da TSF comunicaria principalmente para o lado do interior / norte do continente e provávelmente ligaria à estação de TSF de Luanda que asseguraria a ligação à estação de Lisboa.
Segue-se uma foto posterior às de cima:
Estação da TSF em 1937 com mais um dispositivo em cima
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E agora uma imagem aérea do final dos anos 30/início dos 40 com o que podemos imediatamente localizar esta estação de TSF na cidade.
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| Vermelho: Estação TSF com as duas torres metálicas bem visíveis Azul: Hotel Polana de 1922 Laranja: Meteorologia de 1904 Amarelo: Av António Enes, actual Nyerere Verde: depois Parque José Cabral, actual dos Continuadores |
E na cidade actual a correspondência dos pontos indicados é:
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| Azul: Hotel Polana Amarelo: Av Nyerere, antiga António Enes Verde: Parque dos Continuadores, antigo José Cabral Laranja: Meteorologia com parte do parque Vermelho: Local onde foi a Estação TSF |
Na imagem do Google Earth recente pode-se ver que onde houve a Estação TSF há dois edifícios. Vamos poder compará-los com o edifício inicial
Os dois edifícios actuais estão na posição e orientação do edifício inicial mas não parecem ser suas adaptações ou ampliações. Pelo estilo pelo menos o da frente deve ser dos anos 40 ou 50.
Como vejo agora um outro grande edifício do lado norte do Parque onde não havia nada antes, começo a apoquentar-me que pouco a pouco se vá enchendo este espaço, que esteve livre desde que a cidade se decidiu há mais de 100 anos e que era importante para o desporto e para o descanso da população.
Vista para o parque na direcção sudeste
 Edificios no parque em vista para poente |
Como vejo agora um outro grande edifício do lado norte do Parque onde não havia nada antes, começo a apoquentar-me que pouco a pouco se vá enchendo este espaço, que esteve livre desde que a cidade se decidiu há mais de 100 anos e que era importante para o desporto e para o descanso da população.
Do livro "Telegrafia para Totós" com a devida vénia (smile): Telegrafia era transmissão de informação (texto) à distância através de código de Morse (era um senhor com jeito para as invenções, não confundir com o simpático animal) constituido por combinações de traços e pontos. Era a tecnologia possivel pois os sistemas de transmissão e principalmente de rádio ainda não tinham qualidade suficiente para transmitir directamente o sinal de voz com as suas imensas variações de amplitude e frequência. Mais ou menos isto funcionava assim para uma aplicação chamada telegrama: O Sr X de L.M. quer mandar uma mensagem ao Y de Luanda. O Sr X vai ao correio da Baixa e escreve uma mensagem e paga pelo número de palavras. Um operador no correio digita a mensagem num interruptor, os traços-pontos eléctricos vem por cabo para esta estação e daqui são amplificados e transmitidos para o ar mais ou menos dirigidos para a de Luanda. As antenas da estação TSF de Luanda captam o sinal, amplificam-no e mandam-no para o correio de lá. Um operador ouve uns pi-pi-pis (que começam por "alô Luanda - esta é uma mensagem do Sr. X para o Sr. Y que mora na ...) e escreve-os num papel. Alguém vai a casa do Sr. Y entregar-lhe a mensagem. Se compararmos com o tempo que levaria uma carta num navio dar a volta ao Cabo e fazer escala em Luanda os telegramas da TSF eram um grande avanço. Mas quem tem agora um telemóvel na mão e vê umas antenas espalhadas nos terraços dos prédios ou mesmo escondidas por trás de anúncios publicitarios difícilmente pode imaginar que dantes era preciso toda esta instalação que se vê em cima e para fazer um serviço bem pior.
Quanto à transmissão, nessa época as perdas na transmissão eram grandes e a potência transmitida tinha de ser elevada. Não se vê a linha de alimentação de energia aérea paea a estação TSF e o edifício também parece nao ter chaminé para gerador pelo que devia ser alimentada por cabo electrico. O Hotel Polana muito próximo tinha geração própria e podia dar uma ajuda nas falhas prolongadas!
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