Recordo que o Hospital da Cidade de Lourenço Marques (actual Maputo) que antecedeu o que vai ser descrito nesta mensagem foi aqui explicado.
Segundo o HPIP, o novo Hospital da cidade que iria ser chamado Dona Amélia (antes da república) e se chamou depois Miguel Bombarda e Central (a partir dos anos 60) foi iniciado em 1904. Em baixo da mensagem temos a cronologia do SIPA muito precisa que diz que a primeira construção duma enfermaria foi em 1906 e que em 1912 se concluiram as obras dum grande conjunto de edifícios, o que quer dizer que foi a partir de 1912 que passou a ser um verdadeiro Hospital.
Por sua vez Alfredo Pereira de Lima (APL) no livro "Pedras que já não falam" de 1972 escreveu que em Setembro de 1905 foi lançada a primeira pedra deste hospital segundo projecto do Eng. Roma Machado e que teve depois alterações introduzidas pelo Eng. Vicente Ferreira. A sua primeira enfermaria ficou concluída no início de 1909 e o complexo só ficaria concluído em 1912 e foi nessa altura que para ele foi transferido o anterior Hospital Militar e Civil da encosta da Maxaquene.
Na wikipedia sobre o Governador-Geral de Moçambique Alfredo de Magalhães que oficiou de Fevereiro de 1912 a Março de 1913 é dito que "promoveu" a abertura do Hospital Miguel Bombarda (e que mandou adaptar a Liceu o edifício do antigo hospital) o que corresponde à data do SIPA se este "promoveu" significa "cortar a fita".
É de 1911 a primeira imagem datada de uma construção no Hospital que é esta em baixo. Quando o SIPA diz que o Hospital (nessa primeira fase) foi concluido em 1912 não é obrigatório que tudo tenha sido concluido simultâneamente. Por isso este edifício pode efectivamente ter sido concluído em 1911 mas de facto vê-se que a sua construção ou era recente ou não estava completa ainda (tábuas na zona circundante). Não há assim contradição entre o 1911 desta foto e o 1912 do SIPA.
Por sua vez Alfredo Pereira de Lima (APL) no livro "Pedras que já não falam" de 1972 escreveu que em Setembro de 1905 foi lançada a primeira pedra deste hospital segundo projecto do Eng. Roma Machado e que teve depois alterações introduzidas pelo Eng. Vicente Ferreira. A sua primeira enfermaria ficou concluída no início de 1909 e o complexo só ficaria concluído em 1912 e foi nessa altura que para ele foi transferido o anterior Hospital Militar e Civil da encosta da Maxaquene.
Na wikipedia sobre o Governador-Geral de Moçambique Alfredo de Magalhães que oficiou de Fevereiro de 1912 a Março de 1913 é dito que "promoveu" a abertura do Hospital Miguel Bombarda (e que mandou adaptar a Liceu o edifício do antigo hospital) o que corresponde à data do SIPA se este "promoveu" significa "cortar a fita".
É de 1911 a primeira imagem datada de uma construção no Hospital que é esta em baixo. Quando o SIPA diz que o Hospital (nessa primeira fase) foi concluido em 1912 não é obrigatório que tudo tenha sido concluido simultâneamente. Por isso este edifício pode efectivamente ter sido concluído em 1911 mas de facto vê-se que a sua construção ou era recente ou não estava completa ainda (tábuas na zona circundante). Não há assim contradição entre o 1911 desta foto e o 1912 do SIPA.
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Foto Cunha de 1911 retocada e colorida e parecia pronto
mas na original via-se que estava em obras |
Este é o Edifício Principal do Hospital Miguel Bombarda, Serviços Administrativos. Ao fundo, à esquerda e à direita, vê-se uma ou mais enfermarias. Por volta de 1929 este edifício estava assim:
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| Foto de Santos Rufino de 1929 |
E por volta de 1938 estava assim:
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Rosa: Edifício Principal ou Central do Hospital
Amarelo: Av. Pinheiro Chagas, actual Mondlane
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E em 1962 estava assim, em foto de Harrison Forman disponibilizada pela Universidade de Wisconsin - Milwaukee:
O edifício de 1911 foi demolido ainda nos anos 60 e mais ou menos na sua posição está agora um edifício moderno. Mas por exemplo nota-se que a praça em frente resulta ainda da que foi desenhada na origem que se podia ver cima (com duas ovais ao centro).
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| Vista da praça de acesso para a fachada principal, para norte-nordeste |
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| Actualmente no mesmo local do Hospital Central de Maputo |
PLANOS do HOSPITAL
Vamos agora ver como evoluiram os planos para o Hospital segundo três mapas ou planos iniciais da cidade:
MAPA de 1903-1906
Hospital previsto mais ou menos para a zona actual, mas sem muito detalhe
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MAPA de 1906
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| NEW HOSPITAL |
Estava previsto este NOVO HOSPITAL ocupar um só um quarteirão no eixo Norte-Sul que teria sido entre a actuais Avs Mondlane, antiga Pinheiro Chagas e Maguiguana (a avenida seguinte mais a norte no mapa sem nome visível, depois Latino Coelho). Nota-se também que o Hospital ficaria mesmo no limite da cidade definido por uma estrada de circunvalação. Só mais tarde terá sido possível a continuação da urbanização em quadrícula para a zona Nordeste da cidade como se explicou aqui. Assim passamos para o MAPA de 1926 quando se tinha feito acordo com a DBLS para o Hospital ter mais terreno. Nesta altura outro planeador colonial tinha decidido que era melhor reservar 3 quarteirões para o Hospital. Isto "em altura" pois em "largura" parece que essa continuou sem alterações. Foi uma boa decisão pois apesar de se terem construído novos Hospitais na cidade e se ter instalado neste recinto novos edifícios/serviços/especialidades (por exemplo na parte Norte junto à actual Av. Agostinho Neto que aqui em 1926 estava totalmente inocupada) e a Faculdade de Medicina no lado poente nos anos 60 do século XX, ainda parece haver agora espaço livre para novas construções. Este era o MAPA de 1926 em que só a metade de baixo do recinto estava ocupada mas a parte de cima (até à actual Av Agostinho Neto) estava delimitada.
MAPA de 1926
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| Rosa: Edificio Principal de 1911 Amarelo: actual Av Mondlane Azul: actual Av Neto |
SIPA
Cronologia dos primeiros anos do HCM até 1914
1900 - expropriação dos terrenos onde seria construído o Hospital; elaboração do primeiro plano geral, que compreendia a construção de seis enfermarias duplas (duas para clínica geral, duas para doenças contagiosas e duas para sifilíticos, (*1), farmácia, lavandaria, cozinha, residência das Irmãs Hospitaleiras, Residência do Diretor, Casa de médicos e necrotério;
1906 - construção de um pavilhão enfermaria, projetado em Lisboa;
1907-1908 - construção de uma casa de primeiro andar para o Diretor dos Serviços;
1909-1910 - construção de um pavilhão destinado aos quartos particulares de 1ª classe;
1910 - aberto concurso para a conclusão do Hospital;
1910-1912 - execução das obras;
1912 - conclusão das obras, compreendendo o hospital nessa data um edifício de primeiro andar (destinado principalmente aos serviços administrativos), um edifício para laboratório (adaptação do primitivo projeto de residência para dois médicos), lavandaria, sala de operações, casa mortuária, edifício de primeiro andar para residência de médicos e enfermeiros (adaptação do edifício primitivamente destinado à casa das Irmãs Hospitaleiras), cozinha, edifício de primeiro andar para residência do chefe de serviço, edifício com 21 quartos e 18 camas para doentes, edifício de internamento (com 30 camas) e de cirurgia, edifício de internamento com 30 camas para doentes de medicina, edifício de internamento com 29 camas (enfermaria geral feminina), edifício de enfermaria e maternidade, edifício de internamento de pediatria (24 camas), dois edifícios para internamento de doentes com doenças infetocontagiosas, edifício de internamento para militares. (*2);
1914 - vedação do recinto hospitalar;
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