Qualquer Estado organizado precisa de dinheiro para funcionar e dum instrumento para cobrar os impostos. Moçambique desenvolveu-se com dinheiro: os engenheiros de 1877, o fotógrafo Manuel Romão Pereira de que temos as imagens mais antigas de obras na cidade, todos desde os trabalhadores mais simples aos mais formados esperavam os seus salários ao fim do mês, isto só para considerar o factor trabalho. Os edifícios anteriores da Finanças/Fazenda em Lourenço Marques, actual Maputo podem ser vistos aqui.
Este foi o prédio principal da Fazenda / Finanças antes da Independência de Moçambique (parece que era chamado Palácio das Repartições mas a Direcção Provincial de Finanças devia ser o principal utilisador).
Edifício de cerca de 1955 que penso é agora o Conselho de Ministros Fachada virada para o estuário |
Fachada virada para nascente = leste |
Vista a partir do estuário |
Vista para o estuário em 1970 vendo-se que era um edifício em forma de L Ao lado direito, edifício do Comando naval |
Talvez no final dos anos 60 ou início dos 70 |
Vista do alto da barreira da Maxaquene em 1955 e parecia em finalização |
Segundo artigo do jornal O Século de Lisboa em 1948 o aterro da Maxaquene, nessa altura ocupado pela mata de eucaliptos e casuarinas, era ainda considerado reserva de terreno para o futuro desenvolvimento da cidade. Em 1952 mantinha-se a intenção de manter esse parque verde prevendo-se que novos edifícios públicos que fossem necessários se concentrassem em volta da Câmara Municipal. Mas por motivos que não são explicados no artigo três anos depois, em 1955, a construção do projectado Centro Cívico tinha começado e pelo edifício das Finanças visto em cima. Seguindo o modelo definido para o resto do projecto (ver a variante de 1951 nesse artigo) e como se pode ser nas fotos de cima as fachadas do rés do chão do edifício eram em arcadas e o primeiro andar dava para uma varanda coberta sobre as arcadas.
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