Palácios Euclidianos (ver explicação em baixo da mensagem).
Depois de mostrar a Casa Salm vamos agora ver outra residência projectada por Pancho Guedes (PG) dentro deste conceito de casas geométricas. É a Residência Boesch de 1968, também é um projecto para clientes "estrangeiros" (era uma família suíça) e no Bairro da Sommerschield.
FOTO 1
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Vamos rodar em torno da casa no sentido contário aos dos ponteiros do relógio, seguindo da posição donde foi tirada a FOTO 1 para a direita.
FOTO 2
Continuando a rodar em torno da casa no sentido contário ao dos ponteiros do relógio, seguimos para a direita da posição das FOTOS 2 e 3 para a esquina seguinte.
FOTOS 4
à esquerda: verde
à direita: vermelho
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FOTO 5
vê-se a Ilha da Xefina ao fundo à esquerda à esquerda: vermelho à direita: laranja (rodei esta foto horizontalmente de 180 graus) |
A fachada que se vê à direita na FOTO 5 é a mesma que se vê na FOTO 1 à esquerda, fazendo face à Rua D. João IV, que na altura da FOTO 5 ainda não devia estar aberta.
Projecto com marcas:
Google Earth actual
Laranja: fachada face à Rua D. João IV Vermelho, verde e azul: ver cores em cima. Branco: Av. do Zimbábue, ex D. João II Rosa: Av. Nyerere, continuação da ex António Enes |
PG dixit: Casa Boesch stands on a corner site in Sommerschield. It is a house making many beginnings at various symmetries which are then interrupted by the order and needs of the rooms. The many small openings on the two inner façades are bound together by various horizontal and vertical elements which strongly activate those façades.
AMÂNCIO D’ALPOIM (PANCHO) GUEDES: a biographical ESSAY por Cedric Green
http://www.guedes.info/venice06/venice04.htm
Tradução e adaptação HoM
Stiloguedes: Muitos dos projectos de Pancho Guedes que se seguiram à sua visita de estudo à Europa (em 1952 e em que a arquitectura das cidades italianas, de Le Corbusier e principalmente de Gaudi em Barcelona foram as influências fundamentais) eram demasiado incomuns para os seus clientes e por isso muitos deles não passaram no papel.
Mas muitos outros clientes tiveram fé nele e deixaram-lhe mão livre. A casa Leite Martins, a Padaria Saipal e o bloco de apartamentos Prometheus foram os primeiros exemplos que tinham sido concebidos ainda antes da viagem europeia. Estes edifícios tal como o « Leão Que Ri» caracterizados por formas pontiagudas, secções curvas complexas, espaços, telhados em concha (ou em asa), chaminés esculpidas, e integrando murais e esculturas, foram a sua expressão mais característica e a que ele chamou de 'stiloguedes'. Foi com estes projectos que Pancho Guedes atraiu a atenção internacional no início dos anos 60 quando foram publicados em revistas de arquitetura britânica e francesa .
Palácios Euclidianos: Depois das experiências na Europa, enriquecido por leituras e estudos, Pancho Guedes voltou para Moçambique com um vocabulário alargado de formas. Quando não se ajustava um puro "stiloguedes" criou projectos altamente ordenados com composições geométricas complexas de volumes e espaços retangulares a que chamou «Palácios Euclidianos». Exemplos disso são a Casa Salm, a casa Almiro do Vale, a "Casa do frontão quebrado” (broken pediment), e a Residência Boesch aqui mostrada.
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