Pandora - a caixa de surpresas de Pancho Guedes em Lourenço Marques (actual Maputo)

No prédio à direita na foto, na esquina e no rés do chão, estava a loja Pandora "que recebe uma evocação especial no HoM pelos motivos abaixo expostos".
antiga Loja Pandora no R/C na esquina, ao lado do semáforo com vermelho
Esquerda: Av Eduardo Mondlane subindo para nascente
Direita: Av Vladimir Lenine descendo para a Baixa
Prédios dos anos 60 no lado sul na Av. Eduardo Mondlane. Polana para o fundo.
À direita a  Av Vladimir Lenine, antiga Castilho, descendo para a Baixa.
Na foto de cima vê-se a antiga Casa do Porto encostada do lado sul do prédio da Pandora.

ex loja Pandora na esquina à direita
Igreja Evangélica à esquerda
Av. Eduardo Mondlane, vista para nascente ao meio
Pancho & Dori = Pandora

Ver fontes em baixo: Nos anos 60 Pancho Guedes e a sua esposa Dori (Dorothy Ann Phillips, já falecida) fundaram a loja Pandora para vender artigos de decoração, mapas velhos e livros. Mas ficavam com tantos dos artigos que deveriam ser para vender que, se a loja não foi um grande sucesso, contibuiu para aumentar a colecção de objectos do casal. 
Por outras palavras devia ser mais fácil a Pancho Guedes convencer "a intelligentzia" a comprar-lhe os projectos do que a comprar os artigos da loja. Para o Curioso (ainda em formação) a Pandora parecia-lhe uma loja de candeeiros e estantes com cores alaranjadas e meio vazia de coisas e clientes. O nome pensava eu que estava ligado à Caixa de Pandora que é uma expressão "utilizada quando se quer fazer referência a algo que gera curiosidade, mas que é melhor não ser revelado ou estudado, sob pena de se vir a mostrar algo terrível, que possa fugir de controle." Conclui-se agora que o nome jogava também os dos seus criadores. 
Também me recordo que o logo da Pandora era diferente do resto mas na net não o encontrei para já (talvez se encontre lá, ainda pendurado nas paredes).

Na primeira foto, se se visse, para o lado direito da foto estaria a Missão Suíça. No prédio da Pandora um pouco para a esquerda = nascente penso que ficava o café Arco-Íris.

Fontes do texto
Caixa de Pandora
http://www.sohistoria.com.br/ef2/mitologiagrega/p1.php

Pancho Guedes ensaio


His life was punctuated by dramas, the greatest of which ended his most creative period in Mozambique, which lasted from 1949 to 1974, when the colonial government collapsed after a period of very confused strife and bloodshed. For 25 years he had designed and built an enormous number of buildings, a veritable city, working with just 2 draughtsmen, with much of his time spent on site, supervising the artisans crafting forms and details that were beyond their normal experience of building. 

Over most of this period he was creating sculptures in wood, helped by one carpenter and a wood carver. Many of these were related to the ‘stiloguedes’ buildings, some were models for imaginary temples or monumental totems, others followed themes that he was pursuing in his painting – fantastic boats, plants, animals and figures. 

By this time he had built up an enormous collection of books, African art, his own paintings, woodcarvings and drawings which filled two houses and apartments in the ‘Smiling Lion’. In the 1960’s he and Dori started a shop called ‘Pandora’ to sell fittings, old maps and books, but they wanted to keep so much of what they ordered and bought that the shop was not a great success, but the collection grew.

When the political situation deteriorated, Dori sent their 9 year old daughter Catarina off to relatives in South Africa, and soon after, as the state of chaos in Lourenço Marques deepened, they hastily loaded up two lorries with the most valuable things and headed for the border. After many adventures, they reached safety, but with many possessions and all their investments left behind. Then began a new phase of their life.

Comentários