Escola Joaquim Araújo (actual Estrela Vermelha) - revista geral (2/5)

Na sequência da mensagem anterior que abordou os pavilhões de A. (entrada) a E.(salas de desenho) da Escola Governador Joaquim Araújo (actual Escola Secundária Estrela Vermelha) onde se leccionavam as matérias consideradas mais importantes, vamos continuar a descrever as construções e organisação espacial dos seus outros edifícios e elementos constitutivos. 
Um diagrama-mapa com a posição exacta do que aqui se descreve aparecerá na mensagem 4 sobre este tema (depois de a verem podem voltar atrás e rever tudo).

F. Pavilhão-ginásio inclui duas salas de ginástica para além dos balneários e outros espaços de serviço). 
à direita: ginásio
à esquerda: entrada para o parque de estacionamento
de automóveis pela Av. Guerra Popular (ex General Machado)
ao fundo: lado nascente do pavilhão para salas de desenho de 2 pisos.
G. Pavilhão da Mocidade Portuguesa ocupa um só piso, com um salão de festas e a copa. 
Estamos aqui no extremo norte dos pavilhões lectivos da escola. 
O Pavilhão da M. P. é o edifício por trás da jovem de cabelo comprido.
Fica do lado nascente=leste da escola e no mesmo alinhamento
das salas de trabalhos manuais masculinos 

(que se vêm retirados para a direita e que ficam do lado poente=oeste).
Onde se vêem as 3 + 3 janelas ao lado da galeria 
era o bar/cafetaria (deve ser a referida copa).
Para a direita avança para terminar dentro de 5 a 10 metros 
a galeria principal ao centro da escola.
As escadas à direita e o caminho em primeiro plano descem para a piscina 
e demais zona desportiva situada do meio para o topo norte do recinto da escola.

H. Sala de canto coral - ficava isolada uns 40 metros à esquerda do ponto de onde foi tirada a foto de cima. Ficava no fim da galeria coberta do lado nascente=este e perto do ginásio. Não encontro fotos dessa sala que era um pequeno anfiteatro aproveitando o declive do terreno.

I. Zona desportiva no lado norte do recinto e num plano inferior aos dos pavilhões escolares que estão para trás deste ponto
A zona desportiva tinha piscina, campos de vólei, basket e rinque=andebol mais pista de atletismo em redor (ou só de um dos lados?) dum grande espaço central livre.


Descida do fim da galeria coberta principal para a grande zona
 desportiva do lado norte do recinto.
Piscina à entrada dessa zona visível ao fundo 

Piscina de 33 metros desactivada mas com planos para ser recuperada
pelo clube de natação Os Tubarões
Ao centro da zona desportiva de costas para o norte. 
Piscina em primeiro plano e os pavilhões escolares
num plano superior ao fundo (do lado sul).
Do lado direito (poente=oeste) são habitações adjacentes à escola.

J. Outras áreas
Zona limite da escola do lado norte e poente=oeste completamente abandonada
Era estacionamento das bicicletas e área de recreio
e ficava em frente ou paralela ao pavilhão 

das salas de trabalhos manuais masculino. 
Fazia face à Rua Eng. Ferreira Maia (actual da Munhuana).

Algumas imagens desta e da mensagem precedente foram retiradas da reportagem de TV (imagens de video) que principalmente fala dos problemas de insegurança para os alunos causados por malfeitores baseados no vizinho mercado Estrela Vermelha que se instalou em terrenos livres existentes no tempo colonial/provincial. 
Jovem aluno na entrada falando para essa reportagem.
Algumas áreas da escola como os jardins aqui à vista

 (o da entrada e o "prado" à direita entre a secretaria e as salas de desenho)
 estão bem tratados mas as áreas livres mais recuadas tem um aspecto desolador.

De notar que esta zona da cidade nos tempos coloniais/provinciais, como seria de esperar, era "perfeitamente respeitável" pois continha a sede dos autocarros municipais, a Padaria Moçambique, a Casa de Educação da Munhuana, a Padaria Saipal e o Prédio Valente todos marcas da cidade antiga já mostradas no HoM. Em frente à escola (Av. Serrão - Dausse) estava a Liga de Protecção (Defesa?) dos Animais 
Vem isto mais ou menos a propósito de o HPIP, digamos serviço oficioso português, se referir à escola dizendo "Localizada entre populações de fracos recursos económicos, foi desenhada em 1959 ....". Claramente referem-se ao passado e só vejo duas hipóteses para dizerem isso: 
a. ou querem dizer que acham "que a escola era boa demais para tais populações",ou
b. "que a escola era fraca por causa das populações". 
Tanto em relação a uma como à outra das hipóteses, eu deveria recordar ao HPIP que em Portugal a monarquia e o sangue azul acabaram há mais de 100 anos, que o direito à instrução é universal e que os pais dos alunos da escola, morando perto ou longe do local e tendo profissões mais ou menos remuneradas, concerteza que davam aos filhos alimentação para poderem estudar e educação para não danificarem a escola, fosse ela boa ou má. E mesmo que o HPIP se queira referir à situação actual penso também que os pais dos alunos actuais continuam a querer para os seus filhos o que queriam os pais de há 50 anos. Por isso não percebo a ideia de o HPIP fazer essa referência aos recursos económicos das populações quando se trata de património arquitectónico. Podiam ser mais claros da próxima vez por favor? É que aqui o escrevinhador é um bocado para o burro.

Escola Técnica Elementar Governador Joaquim Araújo

Uma das turmas masculinas talvez em 1965/66. Boa disposição geral.

Escola do "povão" para dois anos entre a primária e o ensino secundário técnico
(seguiam-se as escolas comercial ou industrial). 
Poucos anos mais tarde tornou-se 
escola preparatória também para o ramo do liceu.
Estes alunos tinham tido aula de desenho mas o senhor ao centro de sotaina 
era o professor de religião e moral (Padre Gaspar?).
No meu tempo o uniforme era uma jaqueta/balalaica azul.
A escola era mista (rapazes e raparigas) 
mas com turmas separadas.
foto do site da escola

A foto de cima foi tirada no primeiro andar sobre a galeria coberta lateral e entre as salas de desenho e o ginásio. Isto só era aberto para ocasiões especiais, à esquerda vê-se o parque de estacionamento junto à actual Guerra Popular e ao fundo a administração junto à actual Av. Dausse.

Video do interior da escola de 2008

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