Continuamos os artigos sobre o Aterro da Maxaquene que foi construído entre 1915 e 1920 na enseada da Maxaquene, reentrância do estuário que ficava entre a Ponta Vermelha e o lado este da Praça 7 de Março, actual 25 de Junho, em Lourenço Marques, actual Maputo. Aqui vamo-nos focar sobre o lado ocidental do aterro ou o lado oriental da Baixa da cidade.
Vamos previlegiar imagens e um único mapa será usado para melhor as localizar. E vamos caminhar para trás no tempo, começando nos anos 90 do século XX (20) e acabando por volta de 1900.
FOTO 1 de 1991
(nota: actualmente toda a zona que se via arborizada está ocupada)
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| Vista da Baixa (Prédio 33) para nascente=leste, ex Av da República à direita ver seta verde no mapa em baixo quase toda a área à vista até à barreira ao fundo foi criada com o aterro. Em relação aos anos 70: do lado esquerdo e centro sem alteração. Este era um "pulmão verde" na cidade; do lado direito, no terreno do antigo Luna Parque, alguma ocupação adicional. |
FOTO 2 de cerca de 1938
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| ver seta preta no mapa em baixo |
Na zona do aterro ao fundo é bem visivel que ainda não há qualquer construção.
Entre a barreira e o aterro o grande espaço rectangular ao centro direita é o campo do Sporting. Mais para a direita dele ficava o Campo do Desportivo, nesses tempos.
FOTO 3 de 1929
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| ver seta castanha escura no mapa em baixo Vista do aterro entre a antiga câmara e o estuário por trás do armazém da Capitania do Porto. A casa na borda do aterro/estuário vê-se também na FOTO 5. |
FOTO 4 de cerca de 1922
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ver seta vermelha no mapa em baixo
Azul: Capitania do Porto
Verde claro: actual Rua de Timor Leste,
antiga Alexandre Herculano / N. Senhora da Conceição Laranja: Rua da Imprensa Amarelo: Actual Av. 25 de Setembro, antiga Av. de República |
Diz Alexandre Lobato em relação à FOTO 4 que em 1922 as casas da cidade tinham ficado paradas no limite do poente = oeste do aterro. E nos anos 70 a cidade construída nesse eixo tinha avançado talvez mais uns 200 metros para leste mas tinha parado aí como se vê na FOTO 1 e deixado ainda a maior parte do aterro livre.
Alexandre Lobato diz que a marca envolvida pelos traços amarelos é uma via férrea para a Praia Polana que antecedeu o eléctrico para a Polana.
FOTO 5 de cerca de 1922
ver seta vermelha no mapa em baixo
Estamos no limite leste da Praça 7 de Março ao lado da fortaleza
de que se vê a muralha no canto inferior esquerdo da foto.
Na FOTO 5 estamos a olhar para leste (nascente) um pouco mais para sul do que olhando paralelamente ao estuário. Em primeiro plano está aterro novo, depois está a doca seca que deve ter sido feita ao mesmo tempo que o aterro (ou melhor foi uma ausência de aterro), e mais ao fundo o aterro da zona que depois correspondeu à Marinha e à Fazenda. Do lado esquerdo a Capitania e o seu armazém também edificados sobre aterro. O estuário estava ao lado da casa que se vê elevada para o fundo à direita e que é a mesma que se via ao fundo à esquerda na FOTO 3.
Para finalizar duas fotos pré-aterro desta zona oriental da baixa de Maputo.
FOTO 6 de depois de 1901
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| ver seta castanha clara no mapa em baixo Vê-se o paiol, depois a antiga câmara de 1901 e o estuário na baixa-mar quase logo por atrás. |
FOTO 7 de entre 1899 e 1908
mas provávelmente para o fim desse período
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| ver seta cinzenta central no mapa em baixo |
Na FOTO 7 junto à barreira vê-se uma estrada e carris que suponho serem dum combóio para a Polana. Isso queria dizer que tinha já sido aberto caminho nas rochas que impediam a passagem para a praia da Polana por baixo do promontório da Ponta Vermelha ao fundo.
E saltando agora para o presente com uma foto tirada no sentido contrário ao da FOTO 1 e no local onde até aos anos 90 terminavam as construções nesta avenida.
FOTO 8 recente
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| ver seta carmim (crimson) pequena apontada para a esquerda no mapa em baixo Onde a foto foi tirada é zona aterrada assim como nos cerca de 100 metros daí para a frente na actual Av 25 de Setembro |
MAPA de 1925/26
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Representadas as indicações dadas nas legendas e fotos de cima
Linha cinzenta adicionada ao mapa: a orla natural do estuário
antes de se fazer o aterro (tudo aproximado)
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