Já falamos da firma de modas Eduardo Silva (ES) que nos anos 30 se situava na Rua Consiglieri Pedroso. No Livro de Ouro de M. Helena Bramão dizia-se: O primeiro estabelecimento do ES teve lugar na Praça 7 de Março, num edifício onde primitivamente se encontravam as instalações da Alfândega da República da África do Sul passando em seguida para a esquina da mesma Praça com a Rua da Lapa, no mesmo sítio onde hoje se encontra o Prédio Fonte Azul.
É sobre esse segundo estabelecimento de que vamos aqui falar por imagens, embora em primeiro plano apareça sempre o quiosque Chalet.
FOTO 1
Quiosque CHALET (conforme a legenda na foto) engalanado em primeiro plano na esquina nascente = leste / norte da Praça EDUARDO (SILVA) atrás à direita |
Vê-se na FOTO 1 que a linha do eléctrico vinha da Consiglieri Pedroso e virava (à esquerda) para a alta da cidade depois de passar no topo norte da Praça.
Para nos localizamos melhor, eis a situação da FOTO 1 no mapa de 1914
Seta amarela: vista da FOTO 1 Bola branca: Quiosque CHALET Roxo: actual Av. Machel em frente ao aos Prédios Rubi e Fonte Azul (se fosse agora) Laranja: Rua Lapa Vermelho: Loja Eduardo SILVA Verde claro: Café Beiruth, depois Centro Comercial Rosa: Cinema Edison/Gil Vicente fase I Azul: Casa Holandesa Laranja: Rua Lapa Verde escuro: Praça actual 25 de Junho Bola amarela: donde foi tirada a FOTO 4 (ver em baixo) |
Contráriamente ao que dizia M. Helena Bramão, o ES não ficava na esquina com a Rua Lapa. Como se pode confirmar nas outras fotos, nessa esquina ficava o Café Beiruth (ver descrição em baixo desta mensagem), depois chamado o Centro Comercial. Mas já se vê na FOTO 1 que para a esquerda do ES há um telhado mais baixo por isso do edifício que realmente fazia essa esquina.
Noto também que a Praça em 1914 tinha ao meio a ligação entre as actuais Ruas Bagamoyo, antiga Araújo e Timor Leste, antiga Alexandre Herculano. Agora a Praça é contínua de norte a sul.
FOTO 2
Muito semelhante à FOTO 1, EDUARDO ...em frente |
FOTO 3
Foto tirada mais para o centro da praça dos que as FOTOS 1 e 2 ED ... mais para a direita |
FOTO 4 (pormenor da letragem)
Vista da praça semelhante à FOTO 3 com a loja para o fundo do centro para a direita |
Na FOTO 4 que é semelhante à FOTO 3, embora seja pouco visível dá para se intuir que na frente mais alta da loja estavam escrita duas palavras as quais seriam EDUARDO e SILVA, ficando-se assim sem dúvida de qual seria essa firma que já sabiamos das anteriores ser um EDUARDO.
Agora uma foto tirada do ponto marcado com a BOLA amarela no MAPA mostrando que essa loja do EDUARDO SILVA não ficava na esquina. Nesta foto não se vêm as letras inscritas nos dois prédios a seguir à esquina a partir do entroncamento da Rua Lapa com a praça
mas confirmam-se as posições explicadas em cima
FOTO 5 Vista do lado norte da praça 7 de março com o CHALET kiosk ao fundo |
Andando um pouco para a esquerda (norte) de onde era o Eduardo Silva estávamos na entrada da Rua Lapa (ver mensagem). Os fotos em baixo são da primeira ou segunda década do século XX (20) mais ou menos como nos postais em cima.
FOTO 6
Cruzamento da recta Amarela com a Roxa no MAPA O local do Café Beiruth na esquina é agora da Papelaria Académica no Prédio Fonte Azul |
FOTO 7
A entrada na Rua Lapa (laranja no mapa)
vista a partir da actual Av Machel (roxo no Mapa)
Foto tirada um pouco mais para trás do que a foto 6
e virado mais de frente para a Rua Lapa
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Com esta mensagem ficamos assim a conhecer o Eduardo Silva e este canto da Praça onde estava o CHALET KIOSK (quiosque).
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O Beiruth - sobre ele diz o historiador laurentino Alexandre Lobato em Xilunguíne: o famoso Beiruth de longo balcão com bancos altos, numa velha casa térrea, bar concorrido, popular e deliciosamente fresco, com as suas velhas ventoínhas lentas, de pás largas, suspensas de do tecto de tábuas em ambiente todo a verde-claro, o retábulo das garrafas pela parece acima. Era um grande centro de política e de cerveja.
Não sei se AL esteve lá para confirmar mas pelo que vejo na FOTO 6 por mim imaginaria mais que fosse um tasco ...
O Beiruth - sobre ele diz o historiador laurentino Alexandre Lobato em Xilunguíne: o famoso Beiruth de longo balcão com bancos altos, numa velha casa térrea, bar concorrido, popular e deliciosamente fresco, com as suas velhas ventoínhas lentas, de pás largas, suspensas de do tecto de tábuas em ambiente todo a verde-claro, o retábulo das garrafas pela parece acima. Era um grande centro de política e de cerveja.
Não sei se AL esteve lá para confirmar mas pelo que vejo na FOTO 6 por mim imaginaria mais que fosse um tasco ...
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