"Palacete de Azulejos" - Tribunal e Câmara

O "Palacete de Azulejos" como agora é conhecido mas a que Alfredo Pereira de Lima (APL) chamava "Casa de Azulejos" é anterior ao ano de 1879 pois foi nesse ano vendido a um novo proprietário. É agora um dos mais antigos da cidade.
A Câmara Municipal de Lourenço Marques, criada em 1875, estava numa casa alugada possivelmente na Rua Araújo segundo APL e em 1888 arrendou este edifício que ficava na então estrada marginal antes dos aterros do porto. A avenida chamou-se depois 18 e 28 de Maio e agora é a M. Inhaminga. O edifício destacava-se na altura por ter dois pisos e ser coberto a azulejos. 

"Palacete de Azulejos" na actual Av. M. de Inhaminga
Pormenor: Os azulejos têm longa vida
mas as paredes (pelo menos) infelizmente
precisam de reparações
Verde: antiga Av. 18 e depois 28 de Maio (agora Inhaminga)
Azul: "Palacete de Azulejos", no lado norte da Av.
Vermelho: onde agora há um predio alto
Laranja: Hotel Central na esquina das Ruas
da Mesquita e Araújo (actual Bagamoyo)
"Palacete de Azulejos" nos anos 50/60
 onde funcionava a firma de despachante Sprackett.
 Tinha sido conservado e restaurado no início do século 20

A câmara municipal depois passou em 1894 para o prédio de Baptista de Carvalho e depois, em 1901, passou para o edifício próprio que foi construído um pouco abaixo do Paiol.
Ao Tribunal Judicial não sei o que aconteceu depois de se instalar em 1895 no Baptista, mas quando a Câmara saiu para o edifício onde está agora, este aqui passou a ser um tribunal.

Voltando à Casa dos Azulejos e seu património neste caso o jardim há a seguinte referência (negativa) a ela na tese de doutoramento de Lisanda Franco de Mendonça "Conservação da arquitetura e do ambiente urbano modernos : a baixa de Maputo", página 339 do pdf  "Segundo o Estudo, a Casa dos Azulejos tinha sido objeto de intervenções grosseiras pela Empresa Estatal que a tinha ocupado destruindo-lhe o “bonito jardim antigo nas traseiras”, o único na zona, que ia até à Rua de Bagamoyo, para fazer um estacionamento. As obras tinham sido “interrompidas, mas os danos causados ao património urbano [...] [eram] irreparáveis” (Estudo da Valorização da Baixa de Maputo, 1984b: 39)."(descarregar daqui). 

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