Já aqui expliquei a importância das fotos feitas pelos "cooperantes" internacionais que viveram em Maputo nos anos em que Moçambique alinhou internacionalmente com os paises que tinham na altura regimes comunistas.
Bastantes dessas fotos são de GM que era "cooperante" da RDA e que foram publicadas no Panoramio. Aí em resposta a um comentador que criticava alguém (lógicamente que teria sido uma portuguesa) que tinha feito uma campa na Lourenço Marques da altura para o cão, GM disse que os portugueses tinham vivido em Moçambique como faraós.
Comentei ao senhor GM mais ou menos isto que desenvolvo agora:
"Que em minha opinião os moçambicanos teriam o direito de pensar assim dada a disparidade existente entre os seus níveis de vida e os dos portugueses em média nos "tempos coloniais". Mas que um "cooperante" da RDA que foi para Moçambique viver nas melhores casas que os Portugueses tinham deixado feitas e que ía abastecer-se em lojas francas enquanto que nesse momento moçambicanos morriam à fome (e como viveu lá 3 anos fez isso aparentemente sem ter problemas de consciência), viesse agora dar lições de moral aos portugueses para mim era tragicómico. Para mais o comunismo já tinha acabado há 25 anos de morte natural e o senhor GM tinha tido mais que tempo para analisar a falácia em que tinha estado envolvido e que tinha tentado impingir aos Moçambicanos".
Se bem me lembro o senhor GM não me respondeu, por isso o assunto volta aqui à baila e completa-se em baixo.
Comentei ao senhor GM mais ou menos isto que desenvolvo agora:
"Que em minha opinião os moçambicanos teriam o direito de pensar assim dada a disparidade existente entre os seus níveis de vida e os dos portugueses em média nos "tempos coloniais". Mas que um "cooperante" da RDA que foi para Moçambique viver nas melhores casas que os Portugueses tinham deixado feitas e que ía abastecer-se em lojas francas enquanto que nesse momento moçambicanos morriam à fome (e como viveu lá 3 anos fez isso aparentemente sem ter problemas de consciência), viesse agora dar lições de moral aos portugueses para mim era tragicómico. Para mais o comunismo já tinha acabado há 25 anos de morte natural e o senhor GM tinha tido mais que tempo para analisar a falácia em que tinha estado envolvido e que tinha tentado impingir aos Moçambicanos".
Se bem me lembro o senhor GM não me respondeu, por isso o assunto volta aqui à baila e completa-se em baixo.
Então está assim apresentado o senhor GM e ficam aqui em duas mensagens as suas fotografias, que do meu ponto de vista, têm mais interesse da cidade de Maputo e que foram feitas cerca de 1980 (cinco anos depois da independência de Moçambique). Algumas outras fotos de GM foram já usadas no HoM e como tal referênciadas.
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| Rua da Mesquita entre a Spanos (loja à esquerda) e o Martha da Cruz antigo para o fundo da arcada |
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Polana, vista para a Baía
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| Bairro da Polana. Grandes espaços para a madame GM para passear o querido cão. Rua da Nevala à direita, baía para o fundo. Igreja Católica ao centro. |
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| Outra vista para outro lado da baía. Projecto de Pancho Guedes no canto inferior esquerdo |
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| O célebre Hotel Polana nas proximidades. À esquerda: varanda de apartamento no alto do Prédio Parque |
Conclusão:
Deduz-se que GM vivia na melhor zona da cidade e muito provávelmente no Prédio Parque que era dos mais recentes, caros e exclusivos e que foi projectado pelo arquitecto mais famoso talvez de toda a África. E GM cheio de "superioridade moral" ainda acha que os portugueses todos é que tinham vivido como faraós.
GM faz-se de burro:
- os "colonos normais" que eram a grande maioria, com o seu trabalho a ganhar 5 ou 6 contos por mês alugavam nas Malhangalenes e Alto Maé apartamentos de qualidade média ou suficiente, ou faziam casas simples nos subúrbios da Machava ou de Benfica, etc com empréstimo do banco;
- os "colonos normais" há bastantes anos que tinham o salário inconvertível para moeda forte, por isso o que ganharam ficou enterrado em Moçambique;
Ao contrário, os "cooperantes" herdaram as flats como as do Prédio Parque gratuitamente onde os "colonos normais" nunca entraram. E os "cooperantes" ganhavam mais que os "colonos normais" tinham ganho e receberam o seu dinheirinho em USD e no fim partiram todos satisfeitos com ele para as suas terras.
Deduz-se que GM vivia na melhor zona da cidade e muito provávelmente no Prédio Parque que era dos mais recentes, caros e exclusivos e que foi projectado pelo arquitecto mais famoso talvez de toda a África. E GM cheio de "superioridade moral" ainda acha que os portugueses todos é que tinham vivido como faraós.
GM faz-se de burro:
- os "colonos normais" que eram a grande maioria, com o seu trabalho a ganhar 5 ou 6 contos por mês alugavam nas Malhangalenes e Alto Maé apartamentos de qualidade média ou suficiente, ou faziam casas simples nos subúrbios da Machava ou de Benfica, etc com empréstimo do banco;
- os "colonos normais" há bastantes anos que tinham o salário inconvertível para moeda forte, por isso o que ganharam ficou enterrado em Moçambique;
Ao contrário, os "cooperantes" herdaram as flats como as do Prédio Parque gratuitamente onde os "colonos normais" nunca entraram. E os "cooperantes" ganhavam mais que os "colonos normais" tinham ganho e receberam o seu dinheirinho em USD e no fim partiram todos satisfeitos com ele para as suas terras.
Herr GM:
SE tivesse respondido ao seu leitor que "alguns portugueses" tinham vivido como (relativamente falando) faraós, eu estava de acordo (se tinham merecido ou não é outra história).
SE tivesse respondido que a senhora da campa para o cão era maluca e que casos desses há em todo o lado, eu estava de acordo.
Assim com o que disse vi-me obrigado a responder e com esta mensagem ficam as "contas saldadas"="account settled" consigo e com os outros "cooperantes" que não tenham feito um exame de consciência sobre os "colonos" e sobre os moçambicanos! Obrigado pelas fotos que são muito boas.
Ass: Curioso.
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| A campa para o Banzé, que levou GM a concluir que os portugueses em Moçambique viviam como faraós |
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