Maputo também é terceiro mundo - Mais vistas da Av. Guerra Popular até à Av. Min

Voltamos ao tema do contraste notório nas ruas de Maputo entre por exemplo a selecta zona desta última mensagem ou desta e a degradada zona poente = oeste da baixa. 
Nesta mensagem tinhamos interrompido a subida pela Av. Guerra Popular, antiga General Machado no cruzamento com a Av. Fernão de Magalhães. Vimos aí o prédio na esquina sudeste desse cruzamento e agora vamos continuar esse percurso começando pelo prédio na esquina em frente dele (o da esquina nordeste), quer dizer atravessando a Av. Fernão de Magalhães para o quarteirão seguinte. 
Noto de novo que chama-me mais a atenção nestas fotos a situação social nas ruas do que os edifícios ou o urbanismo, por isso tento combinar os dois aspectos no relato.
FOTO 1
Esquina nordeste do cruzamento da Av. Guerra Popular (na transversal)
com a Av. Fernão de Magalhães (para o fundo, à direita).
Edifício com "buracos"
 já conhecido desta mensagem.



FOTO 2
Para localizar-se, procure nas FOTOS 1 e 2 o sinal de trânsito rectangular 
de fundo azul e seta branca (sentido .... qualquer coisa)
O prédio de esquina da FOTO 1 está à direita
nesta vista da Av. Guerra Popular para a Av. Fernão de Magalhães
que se vê para nascente = leste. 
Vê-se isto (antes do prédio em obras)
do lado de lá do do seu cruzamento com a Av. Magaia
Este quarteirão (de que veremos também as FOTOS 3 e 4 em baixo e que terminará na FOTO 5 no cruzamento da Av. Guerra Popular com a Av. Josina) começa na esquina da FOTO 1 e óbviamente dele faz parte a parte esquerda (norte) da FOTO 2 
FOTO 3
Quarteirão da Av. Guerra Popular
 entre a Av. Fernão de Magalhães para a direita e a Av. Josina para a esquerda. 
À direita vê-se o lado norte do edifício da esquina da FOTO 1
Na FOTO 3, tirada ao fim da tarde, podemos observar que depois do mercado de rua visível nas FOTOS 1 e 2, a maioria dos vendedores ambulantes e clientes tinham partido para os subúrbios (na maior parte dos casos) e havia um retorno à normalidade, salvo o lixo sobrante da azáfama anterior.
Na FOTO 4 suponho que à direita esteja um edifício que se encadeia com o que está à esquerda na FOTO 3, notando-se tanto na FOTO 3 como na 4 o declive correspondendo à subida para a alta da cidade do lado esquerdo.

FOTO 4
Av. Guerra Popular ao centro do quarteirão 
entre as Avs. Fernão de Magalhães para a direita e Josina para a esquerda
Na FOTO 4 por trás do prédio com lâminas horizontais vê-se as traseiras destes prédios da Av. Magaia, antiga Paiva Manso
Como vimos nesta mensagem, o prédio de que se já se vê a parte mais a sul à esquerda da FOTO 4 é o Juma Manzil de 1931 e até ao qual, como se pode ver na FOTO 5, se prolonga o mercado de rua da Av. Guerra Popular que começamos a ver no HoM desde o seu cruzamento com a Av. Manganhela. 

FOTO 5
Edifício Juma Manzil na esquina sudeste do cruzamento da
Av. Guerra Popular (com a baixa da cidade para a direita)
com a Av. Josina, antiga 5 de Outubro, 
onde se vêm prédios talvez dos anos 60.
Lembro que na esquina diametralmente oposta à do Juma Manzil (i.e. na esquina noroeste) está o edifício Lau Cam Soi. Na FOTO 5 vê-se a sombra das suas formas arredondadas, ao sol de depois do meio-dia. 
Do quarteirão acima do Juma Manzil, isto é do que fica entre as Avs. Josina e Min, antiga Av. Andrade Corvo não temos aqui foto. O edifício que se vê na FOTO 6 em baixo é já no quarteirão acima da Av. Min e fica exactamente na esquina nordeste do cruzamento dela com a Av. Guerra Popular.


FOTO 6
Vendedores ambulantes na esquina nordeste 
do cruzamento das Avs Guerra Popular (na transversal)
 com a Av. Min (ao lado esquerdo subindo para a alta)
Pelo percurso que temos feito pela Av. Guerra Popular até chegar a este cruzamento, percebe-se agora que sua envolvente degradada (que foi a que me fez primeiro reflectir no HoM ainda que bastante "tecnocráticamente" nos assuntos da gritante pobreza desta zona e na desigualdade com outras da cidade de Maputo) não se tratava de um caso pontual. Lembro que cerca de 1890 esteve previsto ser aqui (a uns 100 metros do cruzamento da FOTO 5) residência do Governador Geral o que teria conduzido a que tivesse sido aqui a zona dita fina da cidade nos tempos coloniais e que com alta probabilidade o continuasse a ser agora. Coisas do destino ...

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