Este estádio de futebol e atletismo na Machava foi construido pelo Clube Ferroviário liderado na altura pelo Eng. Sousa Dias. Teve também contribuição especial dos associados, e grandes apoios da empresa e do governo. Foi inaugurado em 1968 com lotação para 32 000 (ou 45 000?) pessoas e continuou sendo o mais importante estádio de Moçambique até recentemente. Era servido por estradas e também por caminho de ferro a partir da estação Central de Lourenço Marques numa viagem de cerca de 20 minutos (na parte final com um ramal expressamente construído).
A foto de cima é de Carlos Alberto Vieira do livro "Recordações de Lourenço Marques" e nela podem-se ver em cima à esquerda algumas carruagens de combóio.
Vista aérea no dia da inauguração Bancadas laterais: a do marcador no topo sul (esquerda) e a da porta da maratona no topo norte (direita) |
Memorabilia da inauguração com o jogo amigável entre selecções A de futebol de Portugal e Brasil |
Informação do jogo aqui: Pelé que era a estrela do Brasil não alinhou mas jogaram Carlos Alberto, Tostão, Rivelino e Jairzinho (os dois marcadores da vitória do Brasil por 0 - 2) que dois anos depois seriam campeões do mundo no México. Pela selecção principal de Portugal (na sua primeira apresentação no "ultramar") e que tinha sido terceira classificada do campeonato do mundo realizado em Inglaterra dois anos antes, jogaram três naturais de Moçambique incluindo o capitão Coluna e os defesas Armando Manhiça e Hilário. Mas a super estrela da selecção portuguesa Eusébio também natural de Moçambique não pode jogar devido a lesão.
Bancada central da tribuna |
Bancada central da pira para a chama olímpica oposta à da tribuna |
Bancada do marcador |
Portões em ferro com emblema do Clube Ferroviário |
As quatro fotos recentes que estão em cima são deste site com a devida vénia.
Vista para sudoeste aproximadamente Foto recente com relvado artificial e com pista de atletismo aparentemente abandonada. |
Nota-se na foto de cima à direita a entrada para o tunel da porta da maratona sob a bancada de topo norte. Para o fundo vê-se a parte inferior do Vale do Infulene onde atravessam as estradas e linhas de Caminho de Ferro para a Matola e seguindo para a África do Sul e Suazilândia, depois um recanto do estuário e a zona do Lingamo/Matola.
Vista para sudoeste - oeste aproximadamente. Em primeiro plano as instalações de suporte ao estádio Ao fundo, mais visível do que na foto anterior, a cadeia da Machava |
Localização geográfica - Google Earth (GE) actual Norte para cima, Sul para baixo. Cidade de Maputo para Sudeste |
Na imagem GE vê-se que parece ter havido recuperação das instalações de suporte mas vê-se também que a zona para sul do estádio está à pinha em processo (aparente) de urbanização informal.
Ver situação deplorável em 2014 nesta reportagem do jornal desafio. Para além dos dois postais do estádio visto em cima há bastante memorabilia à venda no Delcampe e outros sites dedicados a esses produtos. Eis umas amostras para quem estiver disposto a investir ou recordar:
Cronologia do SIPA
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1962 - aprovação do anteprojecto do estádio; 1963 - início da terraplanagem do local de construção; 1965 - início da construção das bancadas; 1968, 30 junho - data da inauguração, tendo à época uma capacidade para cerca de 32 000 espectadores; 1975, 25 junho - o estádio foi o local simbólico para a proclamação da independência moçambicana. |
Em 2006 este site contou a história completa do estádio mas parece estar desactivado. Entretanto ficou um cache que quem souber manusear o google conseguirá encontrar. |
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