Continuando a série de fotos da cidade de Lourenço Marques com machimbombos clássicos vamos vê-los na segunda avenida mais longa da cidade, a Av. Pinheiro Chagas actual Mondlane de Maputo. Boa parte destas fotos já foram publicadas aqui mas agora vêmo-las doutra maneira. Por acaso todas são de vistas para nascente = leste da cidade.
Na FOTO 1 estamos neste cruzamento da Av. Pinheiro Chagas com a Av. Luciano Cordeiro, actual Luthuli. Recuaremos daqui para poente = oeste para terminar no coração do Alto Maé.
FOTO 1
Para o final dos anos 60. Na transição para o quarteirão seguinte para nascente à direita vê-se um machimbombo entre aqui e aqui, passando pela Av. Gen. Machado, actual Guerra Popular. À esquerda para lá desse cruzamento está este quarteirão. |
Na FOTO 2 vemos um típico machimbombo dos Serviços Municipalizados de Viação (SMV) de cor vermelha a subir para o Alto-Maé. O local de onde a FOTO 2 foi tirada é dois quarteirões para poente de onde foi tirada a FOTO 1.
FOTO 2
Foto provávelmente de meados dos anos 60, anterior à de cima. Este machimbombo estava aqui e via-se por trás dele o prédio da Pastelaria Suíça. Ao lado direito dele um espaço aberto. |
A FOTO 3 seguinte não tem machimbombos mas é útil pois dá a vista o próximo quarteirão mais para poente = oeste. Vê-se nela reclames luminosos nos postes de iluminação como se via na FOTO 1 e que surgiram na cidade digamos na segunda metade dos anos 60. A FOTO 1 é por isso posterior à FOTO 2 apesar desta última ser a cores.
FOTO 3 (de José Valongueiro com a devida vénia)
Foto dos anos 70, não sei se de antes ou de pouco depois da independência. O prédio alto à direita foi construido onde havia o espaço aberto na FOTO 2 |
Chegamos agora ao último grande quarteirão da actual avenida Mondlane, uns 400 metros para poente do local donde foi tirada a FOTO 3.
FOTO 4
Na FOTO 5 em baixo vêm-se à esquerda, virados em direcção à Polana e com o Prédio Lourenço Marques próximo, um machimbombo dos SMV e um autocarro doutra companhia. O prédio alto à direita de que se falou na FOTO 3 está na FOTO 5 com a empena a ser pintada (com os rectângulos horizontais) e também se vê que não havia reclames nos postes. Por isso a FOTO 5, em linha de tempo, foi tirada entre a FOTO 2 (a mais antiga, sem reclames nos postes e sem o dito prédio) e a FOTO 3 (mais moderna, com reclames e com o prédio construído e completamente pintado).
Na FOTO 6 estamos mais ou menos na posição da FOTO 5 mas vê-se para a frente que a Av Pinheiro Chagas tinha ganho uma faixa ajardinada central que não se via nas FOTOS 4 e 5. Tinham também surgido os reclames nos postes de iluminação já vistos nas FOTOS 1 e 3.
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Machimbombo Mercedes do final dos anos 60 - início dos 70. que seguia para a actual Av. da Zâmbia vendo-se a nova faixa central ajardinada por trás |
A FOTO 7 seguinte foi tirada mais em cima do fim da avenida e vemos aí um arranjo da parte central diferente do que havia nas FOTOS 4 e 5. Como se vê também a faixa central ajardinada no cruzamento seguinte como se via na FOTO 6, deduzo que os arranjos e correspondentes ajustes de trânsito nos dois últimos cruzamentos da Av Pinheiro Chagas tenham sido feitos simultâneamente.
FOTO 7
À direita (é o sul) um machimbombo Mercedes dos mais modernos como o da FOTO 6 e a sair da paragem como os da FOTO 4. |
Quanto a marcas dos machimbombos, para além dos Mercedes, se bem me lembro os mais antigos da FOTO 4 eram de marca inglesa talvez Albion ou BMC e os da FOTO 3 eram (British) Leyland. Também houve Volvo no início dos anos 60 uns com o V bem visivel na grelha e outros sem. Todos os destas fotos são já de cabine avançada mas alguns dos mais antigos tinham o ruidoso motor ao lado do condutor.
FOTO 8
Vista recente da Av. Mondlane do Alto-Maé para a Polana (leste) a partir do local da quatro últimas fotos. |
As três fotos a preto e branco usadas nesta mensagem com a devida vénia são de Carlos Alberto Vieira e foram publicadas no seu sensacional álbum "Recordações de Lourenço Marques" da Aletheia Editores.
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