Vamos ver a Companhia Industrial da Matola fundada em 1948 ou na minha terminologia da altura a fábrica das bolachas. Usarei fotos modernas e antigas.
FOTO 1
Companhia Industrial da Matola nos anos 60 |
FOTO 2
FOTO 3 - vista aérea
O logo actual parece-me semelhante ao antigo
Este edifício deve ser o da administração e dos anos 40-50,
mas não o consegui localizar no resto das fotos
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FOTO 4
A foto foi tirada do topo dum dos edifícios principais, os que estão na FOTO 1 e com a seta preta na FOTO 3. Ao longe o estuário e ao fundo ao centro esquerda vê-se a antiga Lourenço Marques, actual Maputo. Vê-se também perto os depósitos da refinaria. |
Segundo um leitor os silos da seta "verde" onde está escrito "STEMA" foram construidos nos anos 90 e são por isso muito posteriores à instalações originais da CIM.
Na FOTO 5 aparecem quatro setas que estão ligadas à FOTO 3 (mas o silo da seta verde ainda não constava dela).
FOTO 5
Para além do edifício principal ao fundo (suponho que silos mais andares de fabrico ao lado) mostra-se a correspondência de mais duas setas da FOTO 3 |
Os dois edifícios x e y da FOTO 5 não aparecem na FOTO 4 pois estão mais afastados do estuário. O acesso a esta fábrica faz-se pelo interior pois as estradas principais rodeavam o estuário pelo vale do Infulene (ver aqui ao fundo nas imagens aéreas).
FOTO 6
Acesso à fábrica é pelo interior. O estuário fica para o fundo como se pode posicionar na FOTO 4 pelas duas setas do silo e do edifício principal. |
FOTO 7
Outra imagem que suponho sejam da zona da administração como é a FOTO 2. Essa zona não aparecia na FOTO 3 e deveria ficar para seu o canto superior direito |
FOTO 8
Na CIM nos anos 60, máquinas de fazer BOLACHAS! |
FOTO 9
Inauguração oficial em 1952 |
Vê-se na FOTO 9 que edifício principal em 1952 tinha menos blocos (para lado do interior) do que se via nas FOTOS 1 e 3.
Ver outra foto aérea aqui de 1964.
E mais uma história da carochinha com final infeliz no HoM. Houve a família do senhor José Fogaça Moniz de Bettencourt que era natural de Moçambique e como ela muitas outras que pensavam viver num mundo normal de pessoas de bem e que em vez de comer camarões e beber Laurentinas todos os dias pouparam algum do dinheiro que ganhavam a trabalhar. E com muitos outros sócios que não conheciam aplicaram-no em 1951 nesta fábrica para se fazerem mais destes edifícios, comprar mais máquinas e material de escritório e expandir este negócio. E tudo correu razoávelmente bem durante uns 23 anos, as bolachas e as farinhas que a fábrica produzia tinham muita qualidade e até na Europa se vendiam, a família foi tendo o justo rendimento do seu dinheiro e na fábrica muitas pessoas tinham empregos estáveis. Mas um dia apareceram uns senhores iluminados que acharam que sabiam tudo e que assim é que ia ser bom e bonito e fizeram tantas mudanças que a fábrica começou a funcionar mal e finalmente disseram às famílias como a Bettencourt que a fábrica já não era delas. E assim foi mas depois a fábrica ainda passou a funcionar pior e já ninguém queria a suas bolachas e as máquinas encravavam, etc. Depois de uns anos quase ao abandono vieram a Moçambique outros senhores que falavam inglês dizer aos senhores iluminados que o melhor era oferecer esta fábrica a alguém que a pusesse a funcionar de novo. E eles assim fizeram para que os senhores que falavam inglês não ficassem chateados. E agora a fábrica tem um dono novo e a familía Bettencourt ficou só com o papel que dizia que tinha sido com o seu esforço que ela se tinha feito, há muito muito tempo. E para se esquecerem dessa triste história resolveram por esse papel à venda no e-bay.
Ver outra foto aérea aqui de 1964.
E mais uma história da carochinha com final infeliz no HoM. Houve a família do senhor José Fogaça Moniz de Bettencourt que era natural de Moçambique e como ela muitas outras que pensavam viver num mundo normal de pessoas de bem e que em vez de comer camarões e beber Laurentinas todos os dias pouparam algum do dinheiro que ganhavam a trabalhar. E com muitos outros sócios que não conheciam aplicaram-no em 1951 nesta fábrica para se fazerem mais destes edifícios, comprar mais máquinas e material de escritório e expandir este negócio. E tudo correu razoávelmente bem durante uns 23 anos, as bolachas e as farinhas que a fábrica produzia tinham muita qualidade e até na Europa se vendiam, a família foi tendo o justo rendimento do seu dinheiro e na fábrica muitas pessoas tinham empregos estáveis. Mas um dia apareceram uns senhores iluminados que acharam que sabiam tudo e que assim é que ia ser bom e bonito e fizeram tantas mudanças que a fábrica começou a funcionar mal e finalmente disseram às famílias como a Bettencourt que a fábrica já não era delas. E assim foi mas depois a fábrica ainda passou a funcionar pior e já ninguém queria a suas bolachas e as máquinas encravavam, etc. Depois de uns anos quase ao abandono vieram a Moçambique outros senhores que falavam inglês dizer aos senhores iluminados que o melhor era oferecer esta fábrica a alguém que a pusesse a funcionar de novo. E eles assim fizeram para que os senhores que falavam inglês não ficassem chateados. E agora a fábrica tem um dono novo e a familía Bettencourt ficou só com o papel que dizia que tinha sido com o seu esforço que ela se tinha feito, há muito muito tempo. E para se esquecerem dessa triste história resolveram por esse papel à venda no e-bay.
Acção da CIM de 1951 (será de um aumento do capital). Infelizmente não vale o preço do papel. |
Informação do site da companhia donde foram retiradas a maioria das imagens recentes
Ao longo do seu funcionamento entre os anos 1948 e 1980 altura em que a empresa foi intervencionada pelo estado, ocorreram várias transformações que incluíram a instalação de moagens de milho e trigo de maior capacidade, e de fábricas de bolachas, doces e chocolates. Em 1995, com a privatização da CIM E.E., foi constituída a nova sociedade comercial Companhia Industrial da Matola (CIM) SARL. ... A CIM tem orgulho de ser a mais antiga indústria alimentar Moçambicana que, ao longo de várias décadas e de forma contínua e sustentável, tem alimentado a população Moçambicana.
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