Santos Rufino publicou nos seus albuns fotográficos duas das fotos que aqui aparecem, no capítulo dos usos e costumes etnográficos do sul de Moçambique. Terão interesse no aspecto sociológico etc. mas a FOTO 1 chamou-me a atenção por ser uma vista inédita em fotos antigas. À direita temos um kiosk = quiosque que indica ser junto ao Mercado/Bazar pois na baixa da cidade de Lourenço Marques donde esta foto seria suponho que só aí os havia.
FOTO 1 de Santos Rufino publicada em 1929
Grupo de vendedoras de macala = carvão vegetal cerca de 1929 |
Acho que estas senhoras estão em frente à porta principal do mercado/bazar (fica do lado sul), provávelmente a caminhar para lá ou para contornar o edifício pelo lado poente = oeste. Em frente está o kiosk que ficava perto da esquina das Avs. da República e Paiva Manso. Surpreendeu-me estar mais afastado da esquina do que eu pensava. A fiada de árvores que se vê à esquerda das madames é a do limite a sul do quarteirão do mercado. Para a esquerda das árvores está a Av. da República e do outro lado da avenida está a esquina do Martha da Cruz. Prédio mais alto para o fundo é o Bridler. O tira teimas final é ver-se uma frente de prédio com forma triangular com círculo ao centro acima das costas da segunda madame e que é dum prédio (de facto há duas dessas frentes lado a lado mas na FOTO 1 só havia abertura para se ver uma) que ainda existe. Nesta mensagem esse prédio ou par de prédios aparece marcado a castanho escuro.
Temos a seguir duas vistas da Av. da República junto ao mercado e para nascente = leste e onde indico as posições de parte do que se vê na FOTO 1.
Temos a seguir duas vistas da Av. da República junto ao mercado e para nascente = leste e onde indico as posições de parte do que se vê na FOTO 1.
MONTAGEM 1
Amarelo: posição do grupo de madames Verde: às árvores à esquerda da FOTO 1 Laranja: a face do kiosk que se via na FOTO 1 (do lado de lá) Castanho: a Av. da República |
O que fica mais para a esquerda da Av. da República na FOTO 1 não é visível na MONTAGEM 1.
Em baixo está um dos quiosques colocados nos cantos do quarteirão do Bazar. Como não sabemos a posição exacta deste não vale a pena estar a compará-lo com a da FOTO 1. Nesse ve-se que as escadas estavam viradas para a esquina mais próxima (a sudoeste) do bazar.
A segunda foto etnográfica de Santos Rufino publicada em 1929 e apresentada em baixo lançou-me uma nova questão:
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FOTO 4
Vendedora de macala às casas da cidade colonial |
FOTO 5
Fogões a carvão |
Os meus pais eram bastante saltimbancos e a certa altura usaram-se em casa estes fogareiros a petróleo Petromax, que no primeiro mundo seriam de campismo pelo que leio agora.
FOTO 6
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