Quem era o senhor ou a família Salm de Lourenço Marques (LM) com posses para contractar Pancho Guedes (PG) como arquitecto e para investir em 1963 na vivenda impressionante vista nesta e nesta mensagens?
Já vimos que na Baixa havia uma firma de suponho transitários chamada Miller, Weedon & Salm sediada no Prédio Spence. A Miller Weedon parece existir ainda na RSA ligada a viagens por isso suponho que se tenha associado em Moçambique ao expert local Salm.
Já vimos que na Baixa havia uma firma de suponho transitários chamada Miller, Weedon & Salm sediada no Prédio Spence. A Miller Weedon parece existir ainda na RSA ligada a viagens por isso suponho que se tenha associado em Moçambique ao expert local Salm.
Como já dissemos noutra mensagem nos anos 50-60 na fachada do antigo "Prédio da Clarabóia" da Baixa esteve escrito JACQUES SALM E CIA Lda. Mas o nome era muito mais antigo na cidade pois fez publicidade na planta da cidade de 1903:
 |
| Jacques Salm, talvez ainda em nome individual, em 1903. Caixa Postal 93. Agente transitário e comerciante de produtos. |
Nesta publicidade talvez dos anos 50 podemos confirmar que o nome, agora numa firma, continuava activo no ramo dos portos e transportes em LM a que tinha acrescentado a representação de firmas.
Numa descrição de um visitante sobre a comunidade judaica de LM vê-se que um senhor E. Salm (de origem holandesa) era o presidente dessa comunidade em 1926:
"Jewish life in Lourenco Marques had never been generally of strong and solidifying content. A possible reason for such a state of affairs is that Lourenco Marques Jewry was composed generally of individuals of most diverse background, both geographically and otherwise. It will be agreed that a trend like this does not tend to encourage and desired communal cohesiveness. An example to substantiate the above comment, these were the members of the Executive Committee of the Lourenço Marques Hebrew Congregation when Dr Landau consecrated the synagogue in 1926:
President – Mr E Salm, a Hollander
Treasurer – Mr L Rygor, a Russian
Hon. Secretary – Mr Z H Muller, a Romanian
Committee – Mr J Barnett, a Britisher, Mr C Mosiff, a Pole & Mr Glazer, a Russian
Shamas – Mr Joseph Levy, a Jerusalemite."
O citado E Salm devia ser Ernest Salm que segundo Alfredo Pereira de Lima foi sócio da sociedade "Cardoso Hotel Syndicate, Ltd" que entre 1920 e 1929 foi proprietária do hotel que originalmente tinha sido do Comandante Cardoso.
Ver aqui a campa de Ernest Salm falecido em 1927 no cemitério hebraico da actual Maputo.
Ver aqui a campa de Ernest Salm falecido em 1927 no cemitério hebraico da actual Maputo.
Segundo Philipp Schauer a casa dos azulejos azuis na Polana era de Victor Salm de nacionalidade inglesa e foi ele também o proprietário da vivenda projectada por PG.
 |
| Antiga Casa Salm na Polana/Ponta Vermelha |
Um dos primeiros projectos de Pancho Guedes em 1950 foi uma Estufa de Jardim para Magdalen Salm Velosa. Velosa devia ser o nome do fundador e era ainda o nome porque era conhecida a Empresa Indústrial de Tabacos produtora por exemplo dos cigarros FV (Fábrica Velosa) e 365. Pancho Guedes fez também a Residência Velosa na Sommerschield mas aí não sei se era também para o ramo Salm Velosa.
 |
| Esqueiro publicitário aos cigarros 365 da Fábrica Velosa |
Se os Salm (Ernest, Jacques, Victor e Magdalen) aqui referidos estão relacionados entre si não sei, mas é provável que sim.
Uma interessante lembrança da firma Salm e de tempos idos ...
Uma interessante lembrança da firma Salm e de tempos idos ...
 |
| VW da Jacques Salm frente à estação dos Caminhos de Ferro |
Comentários