Na "pesquisa" para o HoM tinha visto escrito "forno crematório" nos mapas de Lourenço Marques (LM), actual Maputo mas associava-o aos crematórios de cemitérios que seria qualquer coisa pequena. Eis senão quando aparecem duas fotos que me fazem o flash-back completo:
Agora foto dum período de cheias junto ao Bairro Indígena com em primeiro plano o exército português ajudando uma madame cocuana e em segundo plano o mesmo forno crematório visto do lado da chaminé (listas laranja/castanho e branco se bem me lembro):
As duas fotos de cima completam-se:
A FOTO 1 foi tirada da Av. de Angola para noroeste (antes do forno crematório, seguindo-se para o Aeroporto para a direita).
A FOTO 2 foi tirada também na Av. de Angola mas para sudoeste isto é depois de passar o forno crematório para quem seguia para o Aeroporto (o Alto-Maé estava para o fundo à esquerda).
As cheias e o formo crematório, que devia fazer parte do depósito de lixo urbano, deviam estar ligados, quer dizer o local do depósito do lixo deve ter sido escolhido precisamente para tentar aterrar a zona mais baixa onde ocorriam as cheias.
A FOTO 1 foi tirada da Av. de Angola para noroeste (antes do forno crematório, seguindo-se para o Aeroporto para a direita).
A FOTO 2 foi tirada também na Av. de Angola mas para sudoeste isto é depois de passar o forno crematório para quem seguia para o Aeroporto (o Alto-Maé estava para o fundo à esquerda).
As cheias e o formo crematório, que devia fazer parte do depósito de lixo urbano, deviam estar ligados, quer dizer o local do depósito do lixo deve ter sido escolhido precisamente para tentar aterrar a zona mais baixa onde ocorriam as cheias.
Esse local pode-se ver na parte de baixo (mapa de 1940) da composição seguinte. Também se pode ver que já em 1925/26 havia um forno crematório para incenerar o lixo mas noutro local dentro da cidade.
E é ocasião para ver os camiões e local dos serviços municipais do lixo que deviam trazer o material para o depósito de lixo e para ser incenerado no forno crematório ou incenerador, cerca de 1943:
Camião de recolha do lixo de LM |
Mas também li nalgum lado que o serviço de recolha de lixo era contratado à firma Paulino dos Santos Gil (pode ser importante saber em que período). E mais veículos dos serviços municipais de limpezas, regas e transportes:
Nas fotos de cima pode-se ver que o depósito camarário onde ficavam estes camiões era ao lado (para oeste) dos Serviços Municipalizados de Viação (SMV), o grande hangar com aberturas largas em cima. Isso quer dizer que onde se tiraram estas fotos viria a ser o terreno a ser ocupado pela escola actual Estrela Vermelha, uns 20 anos mais tarde. E também quer dizer que o primeiro forno crematório era exactamente nessa mesma zona, mais precisamente no quarteirão abaixo do dos SMV.
Nesta mensagem e noutras que se seguirão sobre diversos temas utilisarei fotos reproduzidas da publicação Moçambique Documentário Trimestral que foi digitalizada e incorporada na Biblioteca Digital da Memória de África através de protocolo para a cedência de conteúdos assinado entre a Caixa Geral de Depósitos e a Fundação Portugal-África.
Nesta mensagem e noutras que se seguirão sobre diversos temas utilisarei fotos reproduzidas da publicação Moçambique Documentário Trimestral que foi digitalizada e incorporada na Biblioteca Digital da Memória de África através de protocolo para a cedência de conteúdos assinado entre a Caixa Geral de Depósitos e a Fundação Portugal-África.
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