Este edifício do Estado ficava na esquina da Praça 25 de Junho, antiga 7 de Março com a Rua Bagamoyo, antiga Major Araújo. Tratava-se da Repartição Central de Estatística, Conselho de Câmbios e Biblioteca Histórica de Moçambique que foi projectado em 1936 e concluído em 1939.
Construção inicial da Estatísca de 1939 - "estética Art Deco pouco ornamentada" com corpo central arredondado e decorado com listas horizontais |
O projecto da Estatística que foi realizado, a três dimensões |
O átrio do primeiro andar da Estatística vendo-se a janela em curva do corpo central junto à qual rodavam as escadas à direita |
Secção de máquinas da Repartição Técnica da Estatística, também em 1939 |
O escritório da Feira Mundial de Nova York ao vivo: "Offices at Work” exhibit, |
E eram entre outras coisas estas contas e estes diagramas que estes senhores e madames da Estatística de Moçambique faziam:
Dez anos até 1937: era mesmo uma maravilha ou no mundo do faz-de-conta? |
Nesse edifício estava instalado também o Conselho de Câmbios de que se vê uma parte na foto de baixo também de 1939:
Gabinetes do presidente e do secretário do Conselho de Câmbios |
Em 1947 foi feito um projecto de ampliação do edifício e que deve ter sido executado pouco depois. Sobre este edifício e sua redondezas nos anos 50 ver aqui.
Sobre o edifício da Estatística texto do Arq. André Ferreira "OBRAS PÚBLICAS EM MOÇAMBIQUE, Inventário da produção arquitectónica executada entre 1933 e 1961" muito ligeiramente adaptado quanto às datas.
"Uma das obras mais importantes desta época é o edifício-sede da Repartição Central de Estatística, Conselho de Câmbios e Biblioteca Histórica de Moçambique. A sua escala, visibilidade urbana e estética inovadora colocam-no numa posição de vanguarda sem paralelo na arquitectura pública construída em Moçambique durante a década de 30.
O edifício ocupa o gaveto de um quarteirão adjacente à Praça ..., núcleo antigo da cidade e - até essa data - centro político e económico, iniciando um ciclo de renovações ... que teria o seu culminar na década de 40.
A implantação em gaveto constitui uma solução eficaz, embora bastante “clássica”, para conferir destaque urbano ao edifício, estando neste caso resolvida através de um volume cilíndrico de esquina, rótula de ligação formal e funcional entre dois corpos paralelepipédicos de dois andares.
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