Fizemos aqui a apresentação de René Speur, o jovem marinheiro holandês que passou por Lourenço Marques em meados dos anos 60 e que, certamente sem ter consciência disso, nos deixou notáveis fotos da cidade e suas gentes dessa altura.
Vimos que ele fotografou o início da Av. Paiva Manso, actual Magaia que limita o quarteirão do Mercado Municipal (Bazar) do lado poente e veremos agora que ele esteve lá dentro e o que captou em imagem.
Dia de trabalho e compras num dos corredores da zona das barracas a norte da zona coberta do Mercado |
Mesma zona das barracas vendo-se uma das paredes da zona coberta. Turistas sul africanas ou suas colegas do navio nos vegetais |
Na mesma zona, uma madame levando um frango para a refeição |
A gaiola dos frangos |
Sob a zona coberta dedicada ao peixe e marisco, olhando para oeste = poente |
Como vemos aqui, inadvertidamente René Speur captou dois ingredientes fundamentais da gastronomia local, os camarões e os frangos. Captou também na primeira foto algo que não é habitual em fotos de Lourenço Marques, senhoras europeias a trabalhar de avental.
Volto à minha questão de como é possível que quase só visitantes estrangeiros que estiveram um ou dois dias na cidade e um fotógrafo profissional (Carlos Alberto Vieira) tenham feito destas fotos. Onde estão as que os residentes amadores de fotografia terão feito? Não fizeram? Foram para o lixo? Estarão para ir? Vão ser leiloadas na Sotheby's?
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