Porto de LM - cais de minérios da Matola dos anos 60 (1/3)

Saindo da cidade de Maputo, antiga Lourenço Marques, depois do vale do Infulene entramos na zona geográfica da cidade da Matola para onde os CFM expandiram as instalações a partir de 1935 pelo menos. Vemos aqui o cais de minérios no Língamo construído ao lado de onde o Rio Matola se alarga e/ou o estuário se abre.
Cais de minérios na Matola (Língamo) na imagem mais recente
Foto de Pereira de Lima nos anos 60
Cais de minério na Matola (Língamo)
com tudo o que se via em cima bem identificável

A foto de cima é origináriamente do Facebook de Humberto da Silva Almeida tendo sido corrigida e reproduzida com a devida vénia. Deve ser duma revista publicada no final dos anos 60, início dos 70. 
Agora uma foto mais recente mas com tudo mais ou menos na mesma, parece-me pois os "paus de carga" pintados de branco estão no navio.
Cais do minério com o vale do Infulene para a direita

Para completar, uma vista antiga do cais de minério visto do lado da Matola e em que o lado ocidental da actual cidade de Maputo estaria para o fundo à direita (foto de René Speur).
Cais de minério a operar em meados dos anos 60

E vista semelhante em tempos recentes (foto do Jornal Domingo em 2016)
Cais de minério na Matola

Dum livro sobre o porto de Lourenço Marques publicado pelos CFM em 1965 consta o seguinte texto: "A 4 milhas de distância (do cais da cidade) existe o Cais da Matola com 164 metros, que se destina à descarga de combustiveis liquidos a granel. Possui instalações apropriadas e condutas que ligam os navios-tanques aos depósitos de gasolina existentes, com uma capacidade de 160 000 toneladas. Nesta área, em zonas conquistadas ao mar, construiu-se um cais e armazéns para manuseamento de madeiras de firmas particulares. Ainda nesta zona existe um novo cais, de 208 metros de comprimento, com instalações próprias para o manuseamento mecânico de minérios a granel, com a velocidade de carregamento de cerca de 2 000 toneladas por hora, o que lhe dá lugar cimeiro entre os portos africanos. ....Com o funcionamento do novo cais da Matola, todos os minérios a granel passam a ser aIi carregados, abrindo assim mais espaço para navios no Cais Gorjão".

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