Pontes de embarque na Catembe - mais fotos e descrição. Comportas feitas com batelões?

Publicámos aqui um artigo sobre estas pontes de embarque na margem sul do estuário de Maputo, antigo do Espírito Santo e pelos comentários dum leitor concluímos que houve duas: uma antiga de cerca de 1910 só para passageiros e uma construída em 1970 para automóveis e passageiros. 
Temos duas novas fotos que explicam melhor a confusão inicial que aconteceu por as duas pontes estarem quase lado a lado e por isso na quarta foto da mensagem anterior parecia que a estrutura da ponte antiga era encimada pela plataforma da ponte mais moderna, quer dizer que as imagens das duas se fundiam criando uma ilusão quase perfeita. 
Podemos agora ver as duas pontes separadamente. A primeira foto é do FB de Carlos Monteiro com a devida vénia: 
A ponte antiga desactivada fotografada da ponte de 1970,
vistas para a costa do estuário
A ponte de 1970 à esquerda e que é mais longa,
e o extremo norte da ponte antiga à direita dela
Agora adaptação da informação do leitor sobre a ponte de 1970: A ponte nova para atracação dos ferry-boats na Catembe conjuntamente com a que existe em Maputo, antiga Lourenço Marques, em frente da antiga Fazenda, foi mandada construir pelos Caminhos de Ferro e a empreitada foi executada pela firma "Engenheiros Constructores, Ltda". Foram inauguradas em 1970 e a direcção técnica da obra esteve a cargo do Engº Fernando Alberto Faria Neves. A técnica desenvolvida foi de estacas de betão com molde de tubo perdido, até uma distância determinada, e depois uma ponte de ferro basculante, que apoiada num batelão, acompanha as baixas e subidas da maré de forma a permitir o tráfego de veículos.
Noto que na última foto da mensagem anterior se vê o referido batelão, onde está de pé o senhor marinheiro. A ponte de ferro basculante que lhe está acoplada aparece óbviamente aí e aqui também aparece na segunda foto, identificando-se bem por ser a estrutura mais à esquerda com o parapeito em tubo formando Vs. A parte fixa da ponte, construída em betão, começa onde está o primeiro par de postes de iluminação e vai daí até terra.
A ponte do lado de Maputo aparece aqui vista ao longe.

Nesta mensagem sobre o aterro da Maxaquene disse que a passagem entre o estuário (no exterior do muro de suporte) e a antiga enseada a drenar (no interior do muro de suporte) devia oscilar para fazer de comporta. O objectivo era na maré alta essa passagem ser tapada para não penetrar água do estuário para dentro da zona a aterrar e na maré baixa a passagem ser aberta para a água do interior escorrer para o estuário. Ora uma estrutura do tipo batelão, colocada em calhas e com chapa alta bem encostada ao lado exterior da entrada faria isto e era simples. Terá sido essa a solução adoptada em 1915?

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