A FOTO 1 é uma imagem do filme Lourenço Marques de Filipe Solms de 1950 que é disponibilizado pela Cinemateca Portuguesa.
FOTO 1
Na zona antiga em Lourenço Marques em 1950 |
FOTO 1 com marcas
Verde: muro de vedação a norte do recinto do porto Azul claro: Travessa da Catembe do lado norte Azul escuro: Travessa da Catembe do lado sul Roxo: Travessa do Tenente Valadim Laranja: Rua Araújo Castanho claro: prédio da firma Paulino Santos Gil (PSG) na esquina Branco: muro dum terreno vazio Vermelho e castanho escuro: ver a seguir |
A casa marcada a vermelho e castanho na FOTO 1 foi até 1906 o estúdio dos fotógrafos Lazarus na esquina da Rua Araújo com a Travessa da Catembe. Na FOTO 1 está vista pelas traseiras e pelo lado poente que dá para a Travessa.
O mesmo local aparece numa foto publicada por Santos Rufino em 1929 com vista do Hotel Carlton para leste = nascente da Baixa e que revemos a seguir:
FOTO 2
Rosa: Rua Consiglieri Pedroso
Roxo: Travessa do Tenente Valadim
Laranja: Rua Araújo (destas três paralelas ao estuário, a mais a sul)
Azul claro: sobre a Travessa da Catembe do lado norte, perpendicular ao estuário
Outras cores: ver em baixo
Essas outras cores da FOTO 2 dizem respeito à casa na esquina que até pelo menos 1929 se prolongava para trás do seu corpo principal virado para a Rua Araújo. Mas como se vê na FOTO 1, em 1950 o que tinha estado da linha vertical vermelha para a esquerda tinha sido demolido (a parte da construção sob a seta vermelha na FOTO 2) e aparecia aí na FOTO 1 (na esquina entre as Travessas da Catembe e do Tenente Valadim) um espaço onde estavam acumuladas embalagens. O muro parecia corresponder à parte inferior da parede dessa construção anterior. Na foto dos anos 60 que se mostrou no artigo anterior esse espaço continuava sem construção.
A situação actual do local pode ser vista na FOTO 3 de Google Earth. É possível que se tenha entretanto reconstruido a construção na zona da seta vermelha porque me parece ver aí agora telhados de zinco.
FOTO 3
Finalmente podemos recordar uma foto de cerca de 1968 do lado norte da Travessa da Catembe, depois do seu cruzamento com a Rua Araújo e antes da Av. 28 de Maio, actual M. de Inhaminga. É do livro Xilunguíne onde o autor Alexandre Lobato afirmava se tratar das paredes mais antigas da cidade porque foi aqui o seu núcleo fundador, o chamado presídio.
FOTO 4
De onde se tirou a FOTO 4 seria inicialmente muito próximo da praia antes de se terem feito os aterro para o porto a partir de digamos 1890. O nome desta travessa deve assim estar relacionado com o ver-se bem daqui a Catembe na margem sul do estuário.
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