Tramways/eléctricos de LM - fotos de Lu Shih Tung nos anos 50 e posição de carro eléctrico na Av. 24 de Julho
Continuo a recordar o excelente trabalho do fotógrafo Lu Shih Tung agora com parte duma vista aérea muito conhecida da cidade de Lourenço Marques, actual Maputo.
FOTO 1
Foto de Lu Shi Tung da zona da Maxaquene cerca de 1955 |
A FOTO 1 é uma vista um pouco para norte da barreira da Maxaquene, entre a Av. Brito Camacho, actual Lumumba que surgiria na parte inferior da foto e a Av. 24 de Julho que se vê a meio da foto atravessando quase na horizontal.
Nessa foto localizarei os pontos de maior interesse da zona:
FOTO 1 com marcas
Linha rosa: Av. 24 de Julho Linha carmesim (mais a norte): Av. Pinheiro Chagas, actual Mondlane Linha laranja: Av. Princesa Patrícia, actual Allende Azul e verde claro: limite a nordeste do bairro modernista dos anos 40 Preto: Consulado Alemão, depois Associação dos Naturais, agora em ruína Verde escuro: Rapoza grounds do abastecimento de água potável Roxo: Colégio Barroso Castanho: esquina onde se construiu o prédio da pastelaria Pigalle nos anos 50/60 |
Nesta zona nos tempos iniciais da cidade tinham-se construído vivendas de prestígio das quais muitas se mantinham ainda nos anos 50 como se pode observar. No entanto e como justificarei a seguir o meu interesse principal na FOTO 1 é o edifício marcado a vermelho que fica do lado norte da Av. 24 de Julho tal como os dois que estavam para a sua direita = leste até ao cruzamento com a Av. Princesa Patrícia.
Segue-se uma conhecida foto dos eléctricos ou tramways de Lourenço Marques que tinha anteriormente aparecido e noutra versão neste artigo.
FOTO 2
Carro eléctrico na Av. Francisco Costa, depois Av. 24 de Julho que atravessa a cidade de leste a oeste e onde na maior parte foi instalada linha de eléctrico |
A FOTO 2 se não for de antes de 1910 não deve ser muito posterior devido ao nome pré republicano atribuído à avenida. À esquerda está um edifício de boa construção e desenho refinado com arcadas do rés do chão que fui infrutíferamente tentando localizar noutras fotos.
Sabia que a FOTO 2 era com vista para a Polana dada a posição da linha do eléctrico em relação ao separador central (bem identificada por exemplo aqui). Parecia ainda estar-se em ligeira subida (relativa) a que se seguia uma zona em geral plana. Ora a Av. 24 de Julho tem uma subida acentuada do centro da cidade até à zona da antiga pastelaria Pigalle pelo que a FOTO 2 deve mostrar o trecho da avenida desse ponto até à sua extremidade na Polana. Como esse trecho tem 1 200 metros de comprimento e pelo que se vê na FOTO 2 até ao fundo da avenida não me parecia que ela tivesse sido tirada muito para a frente da Pigalle. Mas só com esses elementos não tinha conseguido encontrar o edifício da FOTO 2 nas poucas fotos antigas que conheço da zona.
Sabia que a FOTO 2 era com vista para a Polana dada a posição da linha do eléctrico em relação ao separador central (bem identificada por exemplo aqui). Parecia ainda estar-se em ligeira subida (relativa) a que se seguia uma zona em geral plana. Ora a Av. 24 de Julho tem uma subida acentuada do centro da cidade até à zona da antiga pastelaria Pigalle pelo que a FOTO 2 deve mostrar o trecho da avenida desse ponto até à sua extremidade na Polana. Como esse trecho tem 1 200 metros de comprimento e pelo que se vê na FOTO 2 até ao fundo da avenida não me parecia que ela tivesse sido tirada muito para a frente da Pigalle. Mas só com esses elementos não tinha conseguido encontrar o edifício da FOTO 2 nas poucas fotos antigas que conheço da zona.
E estava nesse pé quando António Botelho de Melo do site delagoabayworld informou lembrar-se bem dessa casa nos anos 70 e que ela ficava na Av. 24 de Julho do lado oposto à antiga Pigalle e é para se observar isso que se juntam aqui as FOTOS 1 e 2.
FOTO 2 com marcas
Conhecendo-se agora o local da FOTO 2, a partir da vivenda da marca amarela que na FOTO 1 se vê estar na esquina noroeste do cruzamento das avenidas 24 de Julho e Av. Princesa Patrícia, podemos detectar esse cruzamento na FOTO 2 (é a Av. Princesa Patrícia na linha cor de laranja). Um pouco para a frente dele é possível que existisse já a Igreja metodista Wesleyana mas não se consegue ter a certeza na FOTO 2.
Em relação à situação da FOTO 1, não sei o que aconteceu depois ao prédio da marca vermelha que existiu então até aos anos 70 mas o seu terreno (google maps) está agora livre. O prédio da marca azul existe ainda e falamos sobre ele aqui. O da marca amarela na esquina foi demolido para no final dos anos 50 ou no início dos 60 dar lugar ao prédio da Pastelaria Princesa.
Em relação à situação da FOTO 1, não sei o que aconteceu depois ao prédio da marca vermelha que existiu então até aos anos 70 mas o seu terreno (google maps) está agora livre. O prédio da marca azul existe ainda e falamos sobre ele aqui. O da marca amarela na esquina foi demolido para no final dos anos 50 ou no início dos 60 dar lugar ao prédio da Pastelaria Princesa.
É provável que a FOTO 2 seja da mesma altura das fotos de carros eléctricos ou tramways que vemos neste artigo e respeitantes a uma zona um pouco para oeste = poente da antiga Pigalle. A FOTO 3 desse artigo deve ter sido tirada virando-nos para trás em relação à FOTO 2 deste artigo e caminhando (descendo a avenida) para poente uns duzentos metros, pelo que penso completamos agora um pouco mais o conhecimento da Av. 24 de Julho nos primeiros anos.
NB 1: Esta FOTO 2 confirma a impressão de outras de que as primeiras construções na Av. 24 de Julho foram feitas do seu lado norte, certamente por aí o terreno ser mais elevado nalguns trechos e por aí as vivendas ficarem com a frente virada para o estuário, que na altura não ficava muito longe.
NB 2: A Av. 24 de Julho termina do lado nascente = leste no seu entroncamento na actual Av. Nyerere, antiga António Enes um local que se chamava antigamente Ilha dos Galegos e de que se podem ver fotos com eléctricos cerca de 1910 e de 1929 clicando nessas duas hiperligações.
NB 3: Mais informação sobre a linha de eléctrico da Polana aqui.
NB 1: Esta FOTO 2 confirma a impressão de outras de que as primeiras construções na Av. 24 de Julho foram feitas do seu lado norte, certamente por aí o terreno ser mais elevado nalguns trechos e por aí as vivendas ficarem com a frente virada para o estuário, que na altura não ficava muito longe.
NB 2: A Av. 24 de Julho termina do lado nascente = leste no seu entroncamento na actual Av. Nyerere, antiga António Enes um local que se chamava antigamente Ilha dos Galegos e de que se podem ver fotos com eléctricos cerca de 1910 e de 1929 clicando nessas duas hiperligações.
NB 3: Mais informação sobre a linha de eléctrico da Polana aqui.
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