Prédio castanho de Lourenço Marques, actual Maputo fotografado por Lebreiro Henriques

Já referi aqui que Rui Lebreiro Henriques é o inspiradíssimo autor de algumas fotos utilisadas com a devida vénia no HoM. Numa nova pesquisa no seu album no flickr de fotos de Maputo em 2013 encontrei mais algumas interessantes que reproduzirei com a devida vénia. 
Este prédio fica na esquina da Av. Kankhomba antiga Gomes Freire com a Rua Sirti, antiga Marechal Gomes da Costa e deve ser do final dos anos 60, início dos 70.


FOTO 1
Fachada mais comprida na Rua Sirti, virada a nascente = leste
FOTO 2
Prédio castanho mais ao longe visto da Av. Kankhomba 
no cruzamento com Av. Cabral, antiga Pero de Alenquer. 
antigo self (residência universitária) fica na outra esquina deste cruzamento do lado esquerdo da Av. Kankhomba.
Na FOTO 2, antes do prédio castanho, vê-se um cinzento mais baixo que veremos a seguir. É um hotel que à primeira vista parecia um acrescento  a uma residência que seria originalmente dos anos 40/50 mas que deve ser completamente novo como veremos na FOTO 4.


FOTO 3
Hotel em estilo art deco revivalista, com o prédio castanho de cima à esquerda
Como se pode ver na FOTO 4 que é dos anos 50 ou início dos 60 o terreno do Hotel estava vazio, pelo que se põe de lado a hipótese de ter havido aí uma residência art-deco / modernista que tenha dado origem ao edifício actual, que será assim uma construção recente e de raíz.

FOTO 4
Laranja claro: Av. Kankhomba antiga Gomes Freire
Verde claro: Rua Sirti, antiga Marechal Gomes da Costa.
Roxo: terreno que veio a ser do primeiro prédio
 à direita da FOTO 2 (estação de serviço BP)
Azul claro: terreno que veio a ser o do Hotel da FOTO 3
Castanho claro: casa que foi demolida para dar lugar 
ao prédio castanho das FOTOS 1 e 2
A vista aérea para nascente = leste de cima é um pormenor da foto de Carlos Alberto Vieira publicada no seu álbum de fotografias "Recordações de Lourenço Marques" e já aqui usada diversas vezes ao falar-se desta zona da cidade entre a Carreira de Tiro, o Hospital e a Polana.
Esta era nos tempos provinciais portugueses uma zona eminentemente residencial e onde a alguma construção em altura tinha começado junto às avenidas principais nos anos 60. Este prédio era ainda um pouco excepção por ser no interior do bairro mas parece que a tendência seria de se substituir aí as vivendas que vinham dos anos 40/50, pelo menos as regras de planeamento não o pareciam impedir. Dois exemplos de prédios altos desse tempo nessa zona: 
- prédio na Massano de Amorim, actual Tung no cruzamento também com a Rua Sirti do prédio castanho;
- prédio (sem cognome) um pouco mais para nordeste e no interior do quarteirão na Rua João Belo, a que fica acima da actual Sirti para o lado do Hotel Polana.

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