Stiloguedes mais: prédios na Baixa e pilone dos cimentos

Vamos rever aqui quatro projectos muito diferentes do Arq. Pancho Guedes em Lourenço Marques, actual Maputo e subúrbios.
Primeiro o prédio Abreu, Santos e Rocha que na primeira fase tinha só R/C e dois andares tendo-lhe sido depois acrescentados mais 5 pisos. Podemos imediatamente confirmar essa evolução pela diferença de cor no mural de seixos em foto mais ou menos recente:
Vista para nordeste com o mural de seixos do lado da Av. Guerra Popular 
fazendo esquina com a Rua Consiglieri Pedroso
Com mais detalhe, a evolução do prédio Abreu observada em conjunto com a evolução do seu mural:
à esquerda: mural e prédio com a altura inicial
ao centro: mural e prédio actual
à direita: desenho de PG para o mural inicial e a sua ampliação 
Notam-se algumas diferenças entre o desenhado e o executado, inclusivé para o mural inicial mas temos de compreender que trabalhar com seixos da natureza não é tão controlável como trabalhar com materiais produzidos industrialmente. Cada seixo tem uma cor, brilho, rugosidade, volume e forma próprios e a sua selecção para se ajustar a certos padrões era manual e por isso sempre subjectiva. Sobre o prédio Abreu e suas firmas ver também aqui.
A foto seguinte pode relacionar-se com quatro dos projectos de PG na Baixa três deles em torno da praça dos caminhos de ferro (ver mais aqui). Foi tirada do prédio Sanguinhal vendo-se o Octávio R. Lobo (mais aqui) ao centro direita e o Abreu à direita da foto, estes dois vistos pelas traseiras, e com o prédio Spence visto pela fachada virada a norte, para a Rua Consiglieri Pedroso.
Vista para sul com o Spence azulado 
e o Octávio R. Lobo em tons claros
Entre o prédio do Octávio R. Lobo e o outro com o mesmo número de pisos ao lado e que estava para a sua esquerda = leste = nascente na Rua Consiglieri Pedroso (actualmente INAS) tinha ficado encravada uma casa antiga que parece não foi substituida ainda. Noto que o desenho do prédio Octávio R. Lobo teve também de ser adaptado devido à frente estreita do seu terreno.
Mais uma vista destes prédios a partir da Praça Mac Mahon, actual dos Trabalhadores presumo que para o fim dos anos 60 (foto fotold.com com a devida vénia):
Prédio Abreu, Santos e Rocha na esquina, do Octávio R. Lobo vê-se uma nesga
 e o prédio Spence e Lemos à direita na outra esquina
Passamos ao pilone colocado à entrada da Fábrica de Cimento de Champalimaud no subúrbio da Matola:
Letras CIMENTOS e MATOLA na extremidade de cada peça

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