Falámos no artigo anterior do conjunto de edifícios do Colégio de Santa Maria tendo aí posto a hipótese (forte) do mais moderno ter sido desenhado por Pancho Guedes e ser o chamado projecto de ampliação da Escola das Irmãs na Polana listado pelo Arq. Miguel Santiago.
Vejamos uma foto relativamente recente da Polana para sul com o estuário na transversal ao fundo e esse antigo colégio em primeiro plano (original iStock):
Vejamos uma foto relativamente recente da Polana para sul com o estuário na transversal ao fundo e esse antigo colégio em primeiro plano (original iStock):
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| Rosa: fachada principal do edifício mais antigo do Colégio de Santa Maria, incluindo o que em 1961 parecia ser o corpo central do conjunto Vermelho: ampliação suponho que de PG Preto: terraço do edifício mais antigo Carmesim: fachada do edifício mais antigo para a antiga Av. Pinheiro Chagas Seta branca: na direcção da entrada pelas traseiras para o Colégio Laranja claro: Av. Nyerere, antiga António Enes Verde claro: Av. Mondlane, antiga Pinheiro Chagas Azul claro: Av. Tivane, antiga Couceiro da Costa |
Podemos falar do Colégio de Santa Maria e de algumas das suas curiosidades usando informação duma profunda conhecedora do local e da instituição nos anos 60/70.
A instituição era uma organização católica de freiras dominicanas, na sua quase totalidade austríacas que era a nacionalidade da Madre Superiora e com duas freiras alemãs e uma inglesa. Dedicavam-se ao ensino de alemão e inglês em aulas regulares com horários diurnos e ao arrendamento de quartos com alimentação a estudantes trabalhadoras num lar feminino que tinha cerca de 40 pensionistas. As freiras comunicavam em inglês à mistura com algo em português, encarregando-se os empregados africanos mais antigos de traduções quando necessário.
Quanto aos edifícios e sua utilização, do lado da Av. António Enes era a entrada principal comum aos dois edifícios. Eles estavam interligados por dentro e por isso não se distinguiam específicamente.
O principal (mais antigo) que ficava do lado direito e tinha dois andares (três pisos) ficava entre as Avs. Pinheiro Chagas e António Enes e tinha um jardim a rodeá-lo nessa esquina.
À direita da entrada comum era a capela onde era celebrada missa diáriamente de manhã e que era aberta ao domingo ao público. Por trás da capela era a área restrita chamada conventual onde as freiras viviam.
A instituição era uma organização católica de freiras dominicanas, na sua quase totalidade austríacas que era a nacionalidade da Madre Superiora e com duas freiras alemãs e uma inglesa. Dedicavam-se ao ensino de alemão e inglês em aulas regulares com horários diurnos e ao arrendamento de quartos com alimentação a estudantes trabalhadoras num lar feminino que tinha cerca de 40 pensionistas. As freiras comunicavam em inglês à mistura com algo em português, encarregando-se os empregados africanos mais antigos de traduções quando necessário.
Quanto aos edifícios e sua utilização, do lado da Av. António Enes era a entrada principal comum aos dois edifícios. Eles estavam interligados por dentro e por isso não se distinguiam específicamente.
O principal (mais antigo) que ficava do lado direito e tinha dois andares (três pisos) ficava entre as Avs. Pinheiro Chagas e António Enes e tinha um jardim a rodeá-lo nessa esquina.
À direita da entrada comum era a capela onde era celebrada missa diáriamente de manhã e que era aberta ao domingo ao público. Por trás da capela era a área restrita chamada conventual onde as freiras viviam.
Ao meio do edificio depois do hall de entrada ficava a sala de refeições e cozinha. Na parte de trás do edificio à esquerda e no jardim ficavam as instalações dos empregados.
O edifício da esquerda era o mais moderno e tinha quatro pisos e estava já construído em 1962. O seu acesso era à esquerda depois da entrada comum e tinha no rés-do-chão salas de aulas. Acedia-se também por aí às escadas para os seus três pisos superiores que serviam para o lar. Cada piso dispunha de 6 quartos duplos, mais 3 individuais atrás e os chuveiros e casas de banho.
As traseiras do lar e o seu jardim, por onde entravam e saiam os empregados, davam para a actual Av. Tivane, antiga Couceiro da Costa.
Pode ver-se o exterior de parte do que é descrito acima na imagem seguinte. Na esquina vê-se a copa duma grande árvore mas não estou seguro que o mencionado jardim exista ainda porque ao nível do solo e como disse no artigo anterior houve muitas transformações (zinhas) e o local está básicamente irreconhecível em relação ao que era em 1961 e tinha sido certamente idealizado por Pancho Guedes:
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| Preto: terraço do edifício mais antigo (aqui na direcção leste -.oeste) Carmesim: fachada dele para a Av. Mondlane, antiga Pinheiro Chagas Branco: direcção da entrada traseira pela antiga Av. Couceiro da Costa Laranja claro: Av. Nyerere, antiga António Enes Verde claro: Av. Mondlane, antiga Pinheiro Chagas Azul claro: Av. Tivane, antiga Couceiro da Costa |
Finalmente este local central da Polana visto provávelmente nos anos 70 em foto de Carlos Gil publicada no grupo de Facebook Kanimambo LM. A frente do edifício principal (mais antigo) do Colégio de Santa Maria não se vê pois estava recuada em relação à do edifício moderno mas via-se a sua traseira e frente para a Av. Pinheiro Chagas
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Vermelho: ampliação "moderno tropical" do Colégio de Santa Maria
Carmesim: fachada do edifício mais antigo para a antiga Av. Pinheiro Chagas
Laranja claro: Av. Nyerere, antiga António Enes
Verde claro: Av. Mondlane, antiga Pinheiro Chagas
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Nesta foto via-se que para cá do edifício moderno havia uma casa térrea no espaço que depois foi ocupado pelo actual Hotel Avenida, que só foi construido já neste século XXI (21).
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