Parque de campismo de Lourenço Marques nos anos 70 (2/2)

Falámos aqui do parque do campismo da praia do Miramar e temos agora três imagens (talvez capturas de video pois são um tanto fluídas) relacionadas pois mostram o seu exterior. Foram publicadas por Peter Pope num grupo de FB, pensava eu no Cidade de Maputo mas não as encontro lá agora.
Este local foi pouco fotografado no passado e por isso estas imagens devem trazer boas recordações para os antigos laurentinos. Para os maputenses causarão certamente estranheza pois será agora difícilmente reconhecível tantas as mudanças aí ocorridas nos últimos 40 ou 50 anos (mais fotos antigas da zona aqui).
Imagens de baixo ao alto da barreira ao longo da actual Av. Craveirinha
(goople maps)

Segundo esclarece 
Manuel Arnaldo da Silva
 no FB Alto-Maé estas imagens que são da mesma ocasião e locais próximos, serão de depois da independência de Moçambique ... "no final dos anos 70, princípio da década de 80, havia racionamento de combustível e um sistema de senhas para se poder abastecer as viaturas. As bombas nem sempre tinham combustível e quando este aparecia, originava estas bichas, com os condutores a empurrarem os seus carros". E mais concretamente sobre o local "
Era a fila para abastecer combustível na bomba do ATCM em frente ao Miramar durante o racionamento"
Para contextualizar melhor a situação, eu já tinha posto um tanto de lado a explicação de que a fila seria dum pico na chegada de turistas ao parque de campismo no início da estação de férias dado que não se vê as famílias dos condutores nem nos carros nem por perto e que o VW à frente tem um porta bagagens metálico por cima mas que está vazio. 
Tinha posto também inicialmente a hipótese de se ter tratado dum racionamento na sequência da guerra israelo-árabe do Yom Kippur em Outubro de 1973 em que os países árabes restringiram o fornecimento de crude a Portugal e África do Sul (se bem me lembro o Irão do Xá, na altura pró americano, tentou cobrir o déficit mas a alteração certamente que não foi imediata) mas nem sei se tal terá resultado uma racionamento de combustível em Moçambique, por isso a explicação de Manuel Arnaldo da Silva deve ser a correcta.

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