Voltamos ao Hotel Club de Lourenço Marques, actual Centro Cultural Franco - Moçambicano em Maputo para reparar em alguns pormenores interessantes.
Começamos com uma foto de 1933 da frente do hotel publicada na revista O Ilustrado:
Começamos com uma foto de 1933 da frente do hotel publicada na revista O Ilustrado:
FOTO 1
Grupo na escadaria da fachada principal do Hotel Clube para a Av. Aguiar, depois D. Luis e actual Samora |
Vemos à esquerda à entrada da escadaria e sobre um pedestal uma esfera, tal como na foto seguinte mais ou menos actual:
FOTO 2
A Banda Dugê (youtube) na escadaria do Hotel Clube com a esfera ao lado e a placa de Património Cultural do edifício |
Vistas mais recentes dos sites boavistamaputo e do centro cultural (CCFM) mostram a escadaria, a esfera e o seu pedestal:
FOTOS 3 e 4
Fachada principal completa e posição da escadaria frente à entrada principal |
Agora olharei para os suportes do telhado do rés do chão em ferro forjado ou fundido, os antigos e os actuais:
Agora fotos do interior do edifício que se mostram o antigo reabilitado querem dizer que era um edifício com decoração muito sofisticada pelo menos nas partes comuns:
FOTOS 6
Janelas numa saliência vistas do interior e exterior (as três centrais). |
A foto do interior é espectacular mas não consigo encontrar agora quem terá sido o(a) autor(a). Presumo que a saliência da FOTO 6 seja a que na FOTO 3 aparece acima do balde vermelho no passeio.
Mais uma foto recente:
Mais uma foto recente:
FOTO 7
Outro pormenor de porta no mesmo estilo da saliência |
Informação do SIPA completa
Hotel Clube / Hotel Europa / Centro Cultural Franco-Moçambicano
Hotel dos séculos 19 e 20. Conjunto composto por vários edifícios, apresentando o original uma planta rectangular regular, desenvolvendo-se em dois pisos, sendo a sua principal marca o abundante uso do ferro como elemento estrutural e decorativo do edifício, especialmente ao nível das varandas, num tipo de arquitectura colonial passível de ser encontrada nas principais cidades sul-africanas (Joanesburgo, Cidade do Cabo, Durban), cujos edifícios terão servido de influência.
Materiais: Tijolo; ferro.
Descrição: Conjunto composto por vários edifícios e corpos, de plantas rectangulares. O edifício original (situado na parte E. do conjunto) apresenta uma planta rectangular, desenvolvendo-se em dois pisos, com alpendre a todo o perímetro com tecto em madeira, sendo replicado no piso superior por uma varanda, também a todo o comprimento da sua fachada, sustentada por finos e trabalhados pilares de ferro, que se apresentam como os elementos mais definidores do edifício. Paredes em tijolo aparente. No piso térreo abrem-se ao alpendre mais de uma dezena de portas, possuindo ainda o edifício duas bow windows (janelas semi-circulares projectando-se para fora da fachada do edifício) na fachada principal. No piso superior existência apenas de portas abrindo-se à extensa varanda. Os edifícios novos reproduzem, numa linguagem contemporânea, a estrutura do edifício original, contendo longas varandas sustentadas por pilares, bem como na configuração e cor do telhado (azul clara) e na cor exterior das paredes pintadas em tom alaranjado, próximo ao dos tijolos.
Acessos: Avenida Samora Machel nº 468, voltado à Praça da Independência, no gaveto com a Rua da Rádio.
ARQUITETO - CONSTRUTOR: Rochelle & Smith (1898); Wells & Inc (1898). A companhia Rochelle & Smith (de Joanesburgo) foi em 1902 o construtor do King Edward Hotel, em Port Elizabeth (África do Sul).
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