O edifício na parte de baixo era do tipo das cantinas "coloniais" mas com um primeiro andar recuado e foi-lhe entretanto acrescentada uma marquise nova no terraço construída "às 3 pancadas".
O prédio streamline da esquina à esquerda e toda esta zona já foram referidos especialmente nesta mensagem.
Seguindo mais uns metros ao longo da Rua João Albasini havia uma antiga cervejaria mesmo ao lado do Vila Franca
Nestas duas fotos está parte do coração do antigo Alto-Maé (A-M) com o antigo Variedades, o antigo BNU, o Bazar Rajá e várias cervejarias nas redondezas.
Falta a melodia mas conhecendo marchas de Lisboa e lendo com ritmo de marcha o refrão para mim sai naturalmente com uma melodia à "Casa Portuguesa", tom para cima ou para baixo (aqui no youtube o original por Amália Rodrigues orquestrada para fado, por acaso letra e música criados em LM por Reinaldo Ferreira, Vasco Matos Sequeira e Artur Fonseca respectivamente, aqui ao piano com ritmo de marcha):
Marcha do Alto Maé
Mapa actual? Vermelho: Vila Franca Roxo: Cervejarias Solar Familiar e Douro(?) Verde: Bazar Rajá Azul: antigo Variedades Cinzento: antigo BNU Ângulo castanho: vista de baixo |
Cruzamento da Av Eduardo Mondlane com a Av da Zâmbia (para a direita) |
A vista de cima corresponde ao ângulo desenhado a castanho no mapa de cima. Daqui vê-se o "triângulo" histórico do Alto-Maé mais parte da actual Praça 21 de Outubro à direita. Em primeiro plano está a moderna estátua de Mondlane olhando para a avenida com seu nome para nascente.
Passemos à marcha músical. O blog http://poramaisb.blogspot.com/ publica marchas da cidade de L.M. dos anos 40 entre as quais a do A-M. Imagino que por essses tempos os bairros tinham uma identidade mais própria do que por exemplo nos anos 60 onde já tudo era (auto)móvel. Para este bairro afastado da Baixa (poder económico) e da Ponta Vermelha (poder político) e predominantemente operário ou "mui pequeno" burguês esse despique das marchas devia ser um momento interessante.
Nesta marcha infelizmente falta a 1a estrofe. Na 2a fala-se do operário o que é apropriado, o "uma só fé" devia ser a "fé no trabalho ou entreajuda" pois no sentido religioso havia no bairro muitos comerciantes e habitantes "indianos", ou seja hindus ou muçulmanos. No refrão a "nobreza da tradição portuguesa" devia ser piada aos "finórios inglesados" doutros bairros.Falta a melodia mas conhecendo marchas de Lisboa e lendo com ritmo de marcha o refrão para mim sai naturalmente com uma melodia à "Casa Portuguesa", tom para cima ou para baixo (aqui no youtube o original por Amália Rodrigues orquestrada para fado, por acaso letra e música criados em LM por Reinaldo Ferreira, Vasco Matos Sequeira e Artur Fonseca respectivamente, aqui ao piano com ritmo de marcha):
Marcha do Alto Maé
1ª Estrofe
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Refrão
Alto Maé
É bairro da simpatia
Canta sempre noite e dia
Como aqui não há igual.
Alto Maé
Vive ali toda a nobreza
Da tradição portuguesa
Cá da nossa capital
2ª Estrofe
É lá que vive o operário
Com a sua ganga honrada
É a sua namorada
Riqueza do seu sacrário
É gente duma só fé
É bairro como nenhum
Pois são todos só por um
Neste nosso Alto
Maé.
Refrão
Alto Maé ...
Comentários
Ai se eu pudesse voltar ao passado não saia de lá não!