Este prédio deve ter sido construído nos últimos anos da presença portuguesa em Moçambique e segundo tenho visto foi dos Correios. Ficava na Av. Álvares Cabral, actual Manganhela precisamente nas costas da histórica sede dos Correios na baixa de Lourenço Marques, actual Maputo.
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Prédio visto do Jardim com a Av. Manganhela pelo meio |
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Visto um pouco mais de longe com o Prédio 33 ao fundo (mais sobre este local aqui) |
As fotos de cima são recentes. A que se segue é de cerca de 2010 e do site www.sulafrica.blogspot.com e é usada aqui com a devida vénia e um pouco reenquadrada.
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Prédio visto pelo telhado ao longo da Av. Manganhela |
Do lado direito está a parte mais baixa do jardim actual Tunduru. Outros prédios conhecidos nas redondezas são depois deste dos Correios, à esquerda o Aziz e mais para o fundo o Pott/Avenida, na esquina da Av. Manganhela com a Samora está o S. Jorge, na esquina diametralmente oposta o Lusitana e para a direita dele o bar do Gil Vicente e o seu cine-teatro.
Entre este prédio dos Correios e o S. Jorge parece haver um prédio mais baixo que desconheço. Por aqui era a paragem dos Transportes Oliveiras na Baixa que não sei se teriam um edifício aqui e se seria esse.
Segue-se uma foto gentilmente cedida por Fernanda Simões que deve ser do final dos anos 50 e que dá uma vista da Maxaquene para a Baixa da cidade com a Matola no horizonte, começando por uma diagonal sobre o jardim.
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Carmesim: local do prédio ainda inocupado Azul escuro: prédio S. Jorge na esquina das Avs. Manganhela e Samora |
Neste terreno não foram feitas construções modernas durante muito tempo e continuavam aí construções que me pareciam ser de madeira e zinco de cerca de 1890-1900. Penso que o motivo para isso acontecer foi a indefinição nos planos para a zona como se explica com um estudo de ocupação feito em 1944, por isso anterior ao do centro cívico na esplanada do estuário o qual foi feito nos anos 50. Planeava-se instalar nesta zona repartições públicas dando continuidade ao que já existia pois salvo os prédios privados com fachada para a Av. Samora e que ocupavam uma largura duns 60 metros, o resto deste grande quarteirão daí para nascente = leste eram edifícios públicos tal como tinha sido definido logo em 1890 quanto se começou a urbanizar o antigo pântano, ou espaços vazios,.
Estudo para repartições públicas: duas vistas opostas do quarteirão
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Carmesim: o que estava planeado para o local em foco nesta mensagem, topo noroeste deste grande quarteirão predominantemente do Estado Roxo: Av. Álvares Cabral, actual Manganhela Laranja claro: actual Av. Lenine e Rua da Imprensa Castanho: prédio Breyner & Wirth, actual Ministério Verde e azul: actuais sedes dos Correios e Biblioteca Rosa: cinema Scala Amarelo: Casa Coimbra, agora demolida Preto e branco: Av. da República, actual 25 de Junho Vermelho: prédio maior do estudo que nunca se chegou a fazer e para onde está previsto um arranha céus (o terreno é dos Correios). |
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