Como disse no artigo anterior não é muito claro que Emily Fernandes da Piedade, que até ao início dos anos 90 tinha casado com Thomas Lee, tivesse mesmo vendido a sua Red Light Canteen a Cockney Liz em 1887. Pelos textos presumo que a Red Light Canteen terá continuado a existir depois desse ano, o quererá dizer que tinha estado em local diferente donde Cockney Liz construíu ou adquiriu os seus dois edifícios, o Royal Albert Hall e o Hotel Central de que já vimos fotos. Assim a Red Light Canteen terá existido pelo menos desde 1886 e ter-se-á mantido para lá de 1887, mas como nem sei a rua onde esteve não a consigo encontrar nas fotos antigas de Barberton.
Apesar disso e já que "ando" pela Barberton "do Far-West", aproveito para a conhecer antes de voltar a falar de Emily e do seu marido Thomas Lee.
Vamos aqui ver melhor a Pilgrim Street desses tempos e que ficava um pouco mais acima na encosta para a colina do que a Crown Street onde ficava o Royal Albert Hall e o Hotel Central. Nas últimas décadas do século XIX (19) a Pilgrim, de que vimos nesta foto do artigo anterior a sua passagem pela Market Square (praça do mercado) e que estava marcada a "verde claro", e como veremos agora nas FOTOS 1 e 2 do seu lado mais a oeste era uma rua larga e em curva. A rua foi evoluindo com o tempo por exemplo com a pavimentação do piso a feitura dos passeios mas é essencialmente a mesma do início e disso falo aqui. Inicialmente a Pilgrim Street era uma das duas ruas mais importantes mas com o crescimento da cidade para o lado do vale = norte e para oeste para onde o crescimento da Pilgrim St. foi limitado, acabou a Crown Street por ser se tornar a principal artéria nesta zona histórica como se pode ver no google maps.
Apesar disso e já que "ando" pela Barberton "do Far-West", aproveito para a conhecer antes de voltar a falar de Emily e do seu marido Thomas Lee.
Vamos aqui ver melhor a Pilgrim Street desses tempos e que ficava um pouco mais acima na encosta para a colina do que a Crown Street onde ficava o Royal Albert Hall e o Hotel Central. Nas últimas décadas do século XIX (19) a Pilgrim, de que vimos nesta foto do artigo anterior a sua passagem pela Market Square (praça do mercado) e que estava marcada a "verde claro", e como veremos agora nas FOTOS 1 e 2 do seu lado mais a oeste era uma rua larga e em curva. A rua foi evoluindo com o tempo por exemplo com a pavimentação do piso a feitura dos passeios mas é essencialmente a mesma do início e disso falo aqui. Inicialmente a Pilgrim Street era uma das duas ruas mais importantes mas com o crescimento da cidade para o lado do vale = norte e para oeste para onde o crescimento da Pilgrim St. foi limitado, acabou a Crown Street por ser se tornar a principal artéria nesta zona histórica como se pode ver no google maps.
FOTOS 1 e 2
 |
| Vistas semelhantes da Pilgrim St. da parte mais alta = a oeste para a central (Market Sq. para o fundo) com os edifícios principais do lado da colina |
1. o mais próximo era o bar The Globe, edifício restaurado no google streetview;
2. depois de se passar a President Street que cruzava aí a Pilgrim (ver aqui agora ao centro) estava um outro colocado numa plataforma mais elevada. Pouco depois veio a ser adaptado e chamava-se Horse Shoe por isso não devia ser a Canteen de Emily (aqui edifício dos anos 40 nesse local);
3. depois desse, o terceiro bar com uma tabuleta. Fui ver se a sua última palavra seria CANTEEN mas era (KIMBERLEY) TAVERN pelo menos na FOTO 2 (foi depois ai construído o Phoenix Hotel e aqui versão dos anos 40)
Este site presume mostrar que a Red Light Canteen seria num destes três bares mas desconfio muito ...
A única outra tabuleta de bar visível nas fotos de antigas de Barberton que encontrei é duma KENTISH TAVERN que ficava na Crown Street (ver uma das fotos aqui) e por isso a pista da Red Light Canteen da "nossa" Emily fica por aqui gélida até ver.
Mais para o fundo das FOTOS 1 e 3 vemos o primeiro edifício de dois pisos da jovem Barberton, o Lewis & Marks que foi restaurado há pouco, é monumento nacional e está no mercado. Sobre o edifício diz o artigo "The architect was Arthur Hubert Halder. In later years the cast-iron verandah was removed, the building plastered, and a third storey added. It served for many years as the central offices for Eastern Transvaal Consolidated Mines".
FOTO 3
 |
| Lewis & Marks (L&M) building de 1887 (mais fotos no artifacts). Frente para a Pilgrim Street. |
Este edifício foi construido pela sociedade dos primos anglo-lituanos de religião hebraica Isaac Lewis (1849-1927), que segundo a Agência Telegráfica Judaica "was one of the most forceful and successful members of the group of mining and industrial promoters which include Rhodes, Barnato and Alfred Beit, and which brought about the extraordinary financial and political development of South Africa" e de Sammy Marks (magnata das minas e outros grandes empreendimentos, com casa/museu perto de Pretória aqui) de quem já falámos.
Já tinhamos visto este edifício do lado esquerdo de esquina nesta foto do artigo anterior e podemos ver melhor na foto seguinte como ele era quando foi construído, como foi dito só com dois pisos, a parede exterior em tijolo aparente e com a cobertura da varanda.
FOTO 4
 |
| à esquerda da esquina: fachada do L&M para a parte superior da Praça do Mercado, onde estava um edifício com varanda à direita da esquina: fachada do L&M virada para a Pilgrim St. e que se via ao longe na FOTO 2 ao centro esquerda |
Agora uma foto tirada mais junto do L&M Building:
Podemos ainda ver o resto da Pilgrim Street, fotografada do L&M Building para a parte mais baixa da cidade a leste do centro, na foto seguinte:
FOTO 5
 |
| à esquerda da esquina do L&M Building: fachada virada para a parte superior da Praça do Mercado |
FOTO 6
 |
| Foto tirada do L&M Building para as grandes colinas ao fundo com a Praça do Mercado em primeiro plano e a Pilgrim Street descendo para o vale |
Ao centro da praça e acima da Pilgrim Street vemos na FOTO 4 um edifício, na FOTO 5 outro que pode ser o mesmo mas ter recebido varandas laterais adicionais e por isso parecer mais largo e na FOTO 6 não esta lá nenhum. As três fotos foram tiradas em 1887 ou depois dado que nas duas primeiras está lá o edifício L&M que é desse ano e que foi de cima dele que a FOTO 6 foi tirada. Por isso o tamanho da Praça do Mercado foi alterado mas não sei dizer se as FOTOS 4 e 5 são anteriores ou posteriores à FOTO 6. Mas pela lógica suponho que a FOTO 6 seja anterior às outras duas, isto é que os edifícios das FOTOS 4 e 5 tenham vindo ocupar a parte superior da praça que inicialmente tivesse estado vazia. Suponho também que a FOTO 5 é a mais recente destas três porque esse edifício central estava aí maior.
À esquerda da FOTO 6, uns 50 metros depois da esquina a sudeste da Pilgrim St. com a Market Square vê-se um armazém "PARKER WOOD", que vendia artigos de construção e para a casa, como se vê expostos ca fora e nas montras na foto a seguir do FB Barberton Bliss:
À esquerda da FOTO 6, uns 50 metros depois da esquina a sudeste da Pilgrim St. com a Market Square vê-se um armazém "PARKER WOOD", que vendia artigos de construção e para a casa, como se vê expostos ca fora e nas montras na foto a seguir do FB Barberton Bliss:
FOTO 7
 |
Armazém de PARKER WOOD na Rua Pilgrim de Barberton
que se vê a descer para a direita = leste em direcção ao vale
|
E se pouco depois de ter passado pelo Parker Wood voltássemos a olhar para trás = para oeste na Pilgrim Street, a imagem seria a seguinte:
FOTO 8
 |
| Vista para a parte mais alta da Pilgrim Street com o L&M Building das FOTOS 3 a 5 à esquerda, depois da Praça do Mercado |
Por falar em Praça do Mercado, a letragem da foto seguinte dizia que o estúdio de Thomas Lee era lá (noto que nesta foto era dito que era perto por isso não sei se houve mudança de local do estúdio entre as duas):
Não sei em que rua ficava o armazém da FOTO 9 também do FB Barberton Bliss mas consegue-se descobrir aqui (molegenealogy) que William Ogilvy Rae era residente em Barberton e que com a esposa e a filha (Jessie e Ada Winnifred) foram passageiros de primeira classe partindo do porto de Durban no Natal no que acabou por ser a derradeira viagem do navio Drummond Castle em 1896. Este naufragou já em águas europeias e sobre isso dissemos aqui: o Drummond Castle ... veio a naufragar ao largo da Bretanha (costa Atlântica francesa) já próximo do destino Inglaterra com 243 passageiros e tripulantes de que se salvaram só 3. Não sei se os Rae iriam de férias ou se iriam definitivamente para a Europa mas perderam aí a vida e podemos ver aqui que uma Maude Hammond de Barberton também faleceu nesse naufrágio e há mais informação aqui no geni.
No próximo artigo falarei mais da actividade de Thomas Lee como fotógrafo relativamente às minas que foram a base do desenvolvimento desta região a partir de 1883.
Como disse antes eis alguns dos sites donde extraio muitas destas fotos e info com a devida vénia:
FB Barberton Bliss
Molengenealogy
Barberton History and Mining Museum (FB)
Barbeton Buzz photo: 1 - 2 -3 - 4 - 5 (fotos com o quadro cor de rosa)
Fotos e "estórias" no FB
Mpumalanga happenings
Muitas das fotos devem ter sido reproduzidas do livro Barberton Photo Album de Hans Bornman
FOTO 9
Tendo essa orientação geral de o estúdio de Thomas Lee (marido da "nossa" Emily e autor de algumas fotos de LM) ser na Market Square ou redondezas tentei encontrá-lo nestas fotos mas não consegui. Noto que no sahistory há outra foto de boa qualidade dita ser da Market Square de Barbeton que seria vista da colina para o vale = norte mas não a consigo fazer corresponder com as outras, nem lá descobrir o estúdio. |
| Foto de Thomas Lee, Market Square Studio, Barberton, Transvaal |
Não sei em que rua ficava o armazém da FOTO 9 também do FB Barberton Bliss mas consegue-se descobrir aqui (molegenealogy) que William Ogilvy Rae era residente em Barberton e que com a esposa e a filha (Jessie e Ada Winnifred) foram passageiros de primeira classe partindo do porto de Durban no Natal no que acabou por ser a derradeira viagem do navio Drummond Castle em 1896. Este naufragou já em águas europeias e sobre isso dissemos aqui: o Drummond Castle ... veio a naufragar ao largo da Bretanha (costa Atlântica francesa) já próximo do destino Inglaterra com 243 passageiros e tripulantes de que se salvaram só 3. Não sei se os Rae iriam de férias ou se iriam definitivamente para a Europa mas perderam aí a vida e podemos ver aqui que uma Maude Hammond de Barberton também faleceu nesse naufrágio e há mais informação aqui no geni.
No próximo artigo falarei mais da actividade de Thomas Lee como fotógrafo relativamente às minas que foram a base do desenvolvimento desta região a partir de 1883.
Como disse antes eis alguns dos sites donde extraio muitas destas fotos e info com a devida vénia:
FB Barberton Bliss
Molengenealogy
Barberton History and Mining Museum (FB)
Barbeton Buzz photo: 1 - 2 -3 - 4 - 5 (fotos com o quadro cor de rosa)
Fotos e "estórias" no FB
Mpumalanga happenings
Muitas das fotos devem ter sido reproduzidas do livro Barberton Photo Album de Hans Bornman
Comentários