Doca da Capitania e Capitania Building(s) na Baixa de Lourenço Marques, actual Maputo (1/2)

Vamos em dois artigos ver ou rever as principais construções executadas na zona conquistada ao estuário para sul da fortaleza e da praça 7 de Março, actual 25 de Junho original.
Começamos com quatro fotos do site da DRISA (Digital Railway Images of South Africa) que suponho estivessem originalmente relacionadas com o fomento do turismo sul-africano para Lourenço Marques, actual Maputo e que vão de 1921 a 1935. 

FOTO 1 de 1935
Vista da Doca da Capitania do lado de terra = norte para o lado do estuário = sul
com uma escadaria em primeiro plano

Na FOTO 1 aparece à direita o lado mais a poente = oeste da Doca da Capitania, a primeira construção em que focaremos. 
Ao fundo da FOTO 1 para lá do limite sul da doca, um molhe sobre estacas de betão que servia também de ponte-cais, vê-se elevado o canhão dum navio de guerra aí atracado, numa zona que parecia reservada para esse efeito. 
Nota-se que o acesso do lado da terra para a ponte-cais do lado direito = poente estava limitado por um muro alto em pedra que o isolava do resto das instalações portuárias que começavam a partir daí. Se fossemos até ao fundo desse acesso vêr-se-ia como na FOTO 2 a doca a partir do seu canto a sudoeste para o seu canto a nordeste (note-se que esta é a foto vista aqui mas com mais qualidade) 

FOTO 2 de 1931
Verde claro: fim do parapeito do lado a poente da Doca da Capitania, 
fazendo a esquina que se via na FOTO 2 ao centro direita
Rosa: pavimento do molhe de protecção da doca do lado exterior, até à sua entrada
Castanho claro: molhe de protecção da doca do lado leste, até à sua entrada
Azul: bombordo e popa de navio em reparação na Doca Seca
Preto: entrada na Doca Seca encerrada por comporta
Roxo: ponta do prédio do Allen Wack com varanda no primeiro andar
Castanho escuro: Hugh Le May com tabuleta do tipo da que viamos aqui em 1911
Branco: vedação do lado oeste da Doca Seca que vimos doutra perspectiva nesta foto
Amarelo: Capitania do porto
Laranja: armazém presumo que do estaleiro da Doca Seca (zona agora assim)
Verde: aterro da Maxaquene aparentemente ainda sem árvores

Olhando agora do molhe de protecção "rosa" da FOTO 2 e dum seu ponto ao lado da entrada na doca para o seu canto a noroeste temos a foto que deu origem ao conhecido postal e que foi publicada por Santos Rufino em 1929.

FOTO 3 de 1921
Vista da Doca da Capitania para o seu canto a noroeste, 
aparecendo por perto o edifício do relógio completo

À esquerda da FOTO 3 aparece o edifício do Teatro Varietá e à direita o Capitania Building(s)
A FOTO 4 seguinte foi tirada mais ou menos na mesma direcção que a anterior mas com o campo de visão muito mais reduzido. É-lhe também posterior uns dez anos, tendo nesse intervalo de tempo sido construído um armazém perto do canto a noroeste da doca, o qual se via aqui nas duas primeiras fotos do lado oposto.

FOTO 4 de 1931
Doca da Capitania, escadaria perto dum dos seus cantos a noroeste (o mais a sul), 
armazém aí com aspecto recente e parte do edifício do relógio à direita

Nesta FOTO 4 aparece a construção com escadarias assimétricas de embarque / desembarque da Doca da Capitania e de que tinhamos falado principalmente aqui e aqui. Vê-se aí com nitidez que a escadaria do lado poente = à esquerda tinha um primeiro lanço da plataforma central para uma intermédia e que depois um lanço final até ao nível da água e embarcações  qual estava na direcção / sentido de norte para sul. A escadaria do lado oposto, para o centro / nascente da doca tinha um só lanço.
Continua no próximo artigo ainda sobre a doca mas mais sobre o Capitania Building(s).

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