A foto seguinte é de Santos Rufino e foi publicada cerca de 1929 e por isso mostrará a igreja da missão católica de S. José, Maputo anterior à actual de 1935 e que vimos aqui:
FOTO 1
Igreja de madeira e zinco na missão de S. José de Lhanguene |
A seguir outra foto da mesma igreja retirada da publicação de Maria Isabel Roque intitulada "Património de influência missionária portuguesa em Moçambique", originalmente de 2003 e disponível em slideshare aqui:
FOTO 2
Mesma igreja de madeira e zinco que a da FOTO 1 |
Do lado direito dessa igreja estava um grande edifício de alvenaria que me parece não se via na FOTO 1 de c. de 1929. Vê-se melhor o que existia aí na foto seguinte da mesma origem:
FOTO 3
Mesma igreja de madeira e zinco, árvore quase encostada e edifício grande para o lado direito para que olha |
A foto seguinte permite esclarecer a função e ver melhor esse edfício grande da FOTO 3, ainda segundo a publicação de Maria Isabel Roque:
FOTO 4
Albergue feminino da missão de S. José, visto nas FOTOS 2 e 3 à direita |
Como a construção maior da FOTO 4 provávelmente existe ainda, deve ser possível saber-se onde ficava a igreja das primeiras fotos mas ....
Voltando atrás no tempo, o autor luso-moçambicano Alfredo Pereira de Lima (APL) sobre a missão católica de S. José de Lhanguene no livro "Edifícios Históricos de Lourenço Marques" diz que foi iniciada por uma capela em 1892 à qual em 1893 tinha sido acrescentada uma casa para missionários e uma escola e que em 1894 essa capela foi vandalizada como dissemos aqu. Na página 115 do livro APL diz que depois "outra igreja se ergueu perto da que fora destruída" o que me parece prevalece em relação ao que menciona também de ter sido a sua "reconstrução". O FB Obras de Alfredo Pereira de Lima mostra uma foto do que terá sido a "primitiva capela do Lhanguene" que insiro a seguir junto à igreja da FOTO 1:
Ainda de acrescentar que na publicação de Maria Isabel Roque no slide 27 aparece uma construção diferente dessas duas mas é não dito o que ela era:
Voltando atrás no tempo, o autor luso-moçambicano Alfredo Pereira de Lima (APL) sobre a missão católica de S. José de Lhanguene no livro "Edifícios Históricos de Lourenço Marques" diz que foi iniciada por uma capela em 1892 à qual em 1893 tinha sido acrescentada uma casa para missionários e uma escola e que em 1894 essa capela foi vandalizada como dissemos aqu. Na página 115 do livro APL diz que depois "outra igreja se ergueu perto da que fora destruída" o que me parece prevalece em relação ao que menciona também de ter sido a sua "reconstrução". O FB Obras de Alfredo Pereira de Lima mostra uma foto do que terá sido a "primitiva capela do Lhanguene" que insiro a seguir junto à igreja da FOTO 1:
MONTAGEM 1
Capela (inserção) e igreja (imagem principal): não vejo relação física entre elas, por isso excluo que a igreja tivesse sido reconstrução da capela |
FOTO 5
Construção em madeira e zinco em Lhanguene no final do século XIX, de funcão desconhecida |
Eduardo de Noronha em "O distrito de Lourenço Marques" de 1895 escreveu o seguinte: "O padre António Dias Simões, parocho de Lourenço Marques, levantou á sua custa e por intermedio de alguns donativos bem pouco importantes, uma capella no L'Hanguene, a cerca de ? kilometros da cidade. Por ter conseguido realisar essa installaçâo, foi louvado por portaria de junho de 1892. Quando o bispo de Hymeria (D. António Barroso) visitou o districto achou a idéa magnifica, e com a tenacidade e boa vontade que lhe é peculiar, tratou imediatamente de aproveitar aquella simples capella para d'ella fazer o núcleo de uma missão.
A 21 de junho de 1892, foi-lhe dado o nome de Missão de S. José do L'Hanguene e a 30 dezembro do mesmo anno, nomeado superior d'ella o padre Augusto Soares Pinheiro. Quasi toda a populaçíío da cidade, portuguezes e estrangeiros, em homenagem ao bispo, concorreram com o seu óbolo em dinheiro e materiaes para a realisaçâo desse projecto. As obras publicas reberam ordem do governo para proceder á consttução e em pouco tempo, estava estabelecida na ampla casa de madeira e zinco, destinada para residência do missionário portuguez, uma esla para os indígenas e uma pequena igreja.
Até hoje é a única tentativa que se tem realisado, e que foi mais devida á iniciativa partilar de um sacerdote, ajudado pelo prelado, do que ao effeito geral de um plano conscienciosamente debatido. Também se montou uma capella e escola no Maputo, funccionando por ora só a escola por não haver capellão".
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