Continuo o artigo anterior em que falámos da difícil transferência do Zambeze para o sul de Moçambique e depois da participação na campanha militar portuguesa de 1895 das lanchas Sabre e Carabina.
Como dissemos o comandante da Sabre foi Ivens Ferraz que podemos agora conhecer em fotos do arquivo da marinha (aqui foto dele melhor da wikipedia em 1900):
Guilherme Ivens Ferraz como Capitão Tenente |
Guilherme Ivens Ferraz esteve muitos anos em Moçambique, foi capitão dos portos de Lourenço Marques (LM) e Inhambane de 1895 a 1889 ("acaba em Bazaruto a área da juridiçáo da capitania dos portos de Lourenço Marques e Inhambane, que dirigimos de 1885 a 1899", escreveu ele) e mesmo presidente da Câmara de LM em 1897. Marcou portos, fez estudos de rios e da costa e com esses conhecimentos publicou a "Descripção da costa de Moçambique de Lourenço Marques ao Bazaruto" que já mencionámos. Esta publicação tem um detalhe histórico e científico mostrando que Ivens Ferraz foi mais um esforçado militar português que entra no meu espírito para a galeria dos mal reconhecidos pelas novas autoridades moçambicanas e presumo que também pelas portuguesas actuais.
Na carreira militar desempenhou funções de responsabilidade internacional (sua mãe era de origem açoriana / inglesa e ele era primo do explorador do continente africano Roberto Ivens), chegou ao posto de Vice Almirante, reformou-se em 1931 e foi depois presidente da Cruz Vermelha Portuguesa.
Na carreira militar desempenhou funções de responsabilidade internacional (sua mãe era de origem açoriana / inglesa e ele era primo do explorador do continente africano Roberto Ivens), chegou ao posto de Vice Almirante, reformou-se em 1931 e foi depois presidente da Cruz Vermelha Portuguesa.
Passamos agora para fotos do comandante da lancha Carabina, Alfredo Caçador, as três primeiras do arquivo da Marinha:
Como a primeira foto das três dá a entender Alfredo Caçador era oficial de carreira e vê-se na segunda que chegou à patente de capitão-tenente pelo que foi oficial superior, passando a ser tratado por comandante em vez de tenente. A falta de mais informação na net sobre ele (da parte militar deve estar no arquivo da Marinha mas era preciso procurar) não quer dizer que tivesse menos valor que Ivens Ferraz mas a vida de marinheiro era dura e implicava longas ausências da "metrópole" e por isso Caçador pode mais tarde ter optado por outra carreira / profissão com menor visibilidade pública (parece-me que há fotos destas que são tiradas depois de os militares terem abandonado o serviço activo).
E outra foto de Alfredo Pedreira Caçador (na foto da esquerda de cima estava mal escrito, Pereira), agora da revista Serões n. 23 de 1907:
Alfredo Caçador, comandante da Carabina
na campanha de 1895 do Incomáti e Limpopo
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Como a primeira foto das três dá a entender Alfredo Caçador era oficial de carreira e vê-se na segunda que chegou à patente de capitão-tenente pelo que foi oficial superior, passando a ser tratado por comandante em vez de tenente. A falta de mais informação na net sobre ele (da parte militar deve estar no arquivo da Marinha mas era preciso procurar) não quer dizer que tivesse menos valor que Ivens Ferraz mas a vida de marinheiro era dura e implicava longas ausências da "metrópole" e por isso Caçador pode mais tarde ter optado por outra carreira / profissão com menor visibilidade pública (parece-me que há fotos destas que são tiradas depois de os militares terem abandonado o serviço activo).
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