Sobre os grandes armazéns John Orr e sua primeira localização na cidade de Lourenço Marques (LM), actual Maputo falamos nestes artigos. Vamos aqui ver o que acabaram por ser as instalações definitivas dessa empresa em LM e num edifício construído no estilo modernista no inicio dos anos anos 50.
O edifício ocupava quase metade do seu quarteirão da Baixa da cidade que do lado oposto,o lado leste = oriental, é ocupado pelo antigo Prédio Nauticus, actual Emose havendo ao centro, do lado norte, ainda um terreno vazio.
Aqui a fachada principal do prédio do John Orr, poucos anos após a sua inauguração em 1953:
FOTO 1
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| Fachada principal para a Av. da República em 1955 (Lu Shih Tung n. 245 retocada) |
Passamos agora para uma foto de 1968 tirada da Av da República, actual 25 de Setembro aparecendo o edifício do John Orr à esquerda e a Travessa da Maxaquene ao centro da foto, aqui a ser vista de norte para sul. A foto é do Arquivo Histórico de Moçambique (Colecção Iconográfica da Câmara Municipal de Lourenço Marques - Icon 441):
FOTO 2
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| à esquerda: esquina a noroeste e fachada virada a poente = oeste do John Orr à direita: Prédio Santos Gil e atrás deste com as varandas salientes o Prédio Cardiga |
Recuando uns 80 anos para o passado em relação à foto anterior, para o ano de 1908, podemos ver na FOTO 3 a travessa da Maxaquene e à esquerda a esquina onde vieram a ficar as instalações do John Orr:
FOTO 3
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| Travessa da Maxaquene ao centro da foto vista da Av D. Carlos, depois da República, actual 25 de Setembro passando na transversal |
FOTO 4
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| Ano de 1964 - foto de José Alexandre Russell via delagoabayworld |
Na FOTO 4 temos a Travessa da Maxaquene vista no sentido de sul para norte. Para o fundo, vê-se a esquina a SW do John Orr à direita após o cruzamento com a Rua J. Lapa (Slovo?) e vê-se depois a sua fachada lateral virada a poente = oeste (a que também aparece de perfil à esquerda da FOTO 2) até à actual Av. 25 de Setembro.
Passemos ao edifício actualmente na posição do antigo John Orr. Aparece aqui em primeiro plano a sua esquina entre a Av 25 de Setembro, antiga da República na transversal à esquerda com a Travessa da Maxaquene à direita seguindo no sentido para sul. Esta era então a esquina à direita da FOTO 1 e à esquerda na FOTO 2:
FOTO 5
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| Prédio actualmente do BCI visto de esquina (foto FB Alto-Maé) |
Comparando este edifício com o que o do tempo do John Orr só temos a certeza que ocupam a mesma posição. Os dois têm as mesmas coberturas sobre os passeios que são curvas nas esquinas embora para cima sejam em ângulo (totalmente dantes, parcialmente agora). Para além disso constata-se que têm aproximadamente as mesmas dimensões exteriores mas quanto à altura a inicial era enganadora dado a fachada não ter ocupação no interior na parte superior como veremos depois. Mas também há grandes diferenças, por exemplo há uma entrada na esquina onde dantes estava ai uma montra mas na FOTO 5 (e melhor na FOTO 6) vê-se uma entrada central que existia no prédio antigo. No final parece-me que o edifício é mesmo mas que lhe fizeram grandes alterações de forma a passar dos dois pisos que tinha para os três actuais. Há um pormenor que me aponta para isso pois vejamos uma comparação do lado a leste do edifício "antes" e "depois"
MONTAGEM 1
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| azuis: mesma faixa vertical na parede a leste do prédio vermelho: aberturas na mesma posição |
Noto que o edifício do BCI (história do banco na wikipedia) também já teve o aspecto seguinte e penso que antes do que se viu na FOTO 5
em que aparece com as fachadas planas.
FOTO 6
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| BCI visto na mesma posição que a FOTO 6 |
No site delagoabayworld está uma foto do John Orr em 1985 ainda inaltrado depois da independência de Moçambique e por isso antes da alteração para BCI. Viam-se aí as duas referidas entradas do lado da Av. da República e como dissemos em cima a da direita agora deixou de existir ou melhor passou para a esquina próxima. .
Sobre como foi esta zona logo depois de se ter aberto a actual Av. 25 de Setembro em parte sobre o antigo pântano por volta de 1890 ver a mensagem, nomeadamente a FOTO 1.
Continuaremos no próximo artigo desta série a olhar para o edifício do John Orr dos anos 50 em diante.
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