Baixa de Lourenço Marques dos anos 30 no boletim da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro

Continuamos com fotos do boletim da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro disponiblilizado pela hemeroteca digital da Câmara Municipal de Lisboa. Essa publicação procurava acompanhar o progresso dos territórios ultramarinos de Portugal mostrando alguns dos marcos de modernidade que lá iam aparecendo.  
Aqui quatro fotos seleccionadas de diversos números e que mostram a Baixa de Lourenço Marques, actual Maputo na primeira metade dos anos 30 do século XX (20).
Avenida Buildings (prédio Pott) em 1934
De relativo interesse vê-se na fachada virada a nascente = leste do prédio Pott uma loja com reclame das máquinas de costura Singer e ao lado dela um joalheiro que me parece ser ou E. McRock ou E. Nichols, mas essas pistas não me levam depois a nada de concreto. 
Para o lado poente da Baixa o que se podia ver na foto de cima para poente = oeste do Avenida Buildings (prédio Pott) merecendo alguma atenção havia: 
Amarelo: Fábrica Vitória na esquina das actuais Avs. Guerra Popular e 25 de Setembro, 
já com a primeira e segunda formas e vendo-se a chaminé por trás
Vermelhoprimeiro bloco separado da Fábrica Vitória de 3 pisos
Verdesegundo bloco separado da Fábrica Vitória que em 1934 
devia estar em construção

Rosa: Av. da República, actual 25 de Setembro, de leste para oeste

Roxo: prédio do beiral, fachada lateral virada a nascente =  leste

Laranja: telhado da secção do prédio Ja Assam na Av. Manuel de Arriaga, actual Marx

Azul claro: edifício da Compagnie Génerale d'Électricité
Verde claro: kiosk do bazar no canto nordeste (vários na MONTAGEM 1)
A uns 500 metros para sul da Fábrica Vitória que referimos para a foto de cima ficava a praça Mac Mahon, actual dos Trabalhadores e do seu lado poente a estação de caminhos de ferro (ver aqui na FOTO 5 as duas construções).


Praça Mac Mahon e estação dos CFM em 1932 ainda sem o monumento
Em 1932 viam-se ainda na praça as linhas de alimentação eléctrica suspensas e os carris dos carros eléctricos colocados no pavimento. Este meio de transporte teve aqui o término principal até 1936, ano em que foi desactivado. 
Passando para o coração da Baixa, imediatamente para nascente da fachada do Avenida Buildings da primeira foto e separado pela Av. D Luis, actual Samora outro boletim da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro de 1932 apresenta o edifício do Scala que tinha sido inaugurado no ano anterior.
Edifício do Scala em 1932 a ser visto para nordeste
Via-se na foto de cima a curva da linha de alimentação suspensa para o carro eléctrico que vinha da praça Mac Mahon e que seguia para a praia da Polana pela Av. da República passando em frente ao cinema Scala que corresponde à frente do edifício mais elevada.
Para a esquerda da esquina da foto anterior e prosseguindo uns 300 metros para norte pela Av. D. Luis aparecia a entrada para o jardim botânico da cidade:
Praceta, arco de 1924 e entrada para o jardim Vasco da Gama em 1932

Comentários