O arquitecto luso-moçambicano Pancho Guedes (PG) foi incumbido de projectar três pavilhões temporários em 1957 na zona arborizada do antigo aterro da Maxaquene perto do estuário e que serviram para uma exposição oficial preparada para a visita do presidente da república portuguesa Craveiro Lopes a Moçambique
As fotos seguintes são do flickr oficial de PG e da altura da exposição. Não sei se os pavilhões foram demolidos imediatamente depois do encerramento da exposição mas não vi traço posterior deles. Na mesma altura, nas proximidades e dentro do mesmo estilo destes pavilhões temporários foi construído o Restaurante Zambi mas tendo-se aí adoptado um método de construção e os materiais para poder ser definitivo.
Na primeira destas fotos vemos o pavilhão do Turismo o que condiz com a informação disponível de que eles eram para o Turismo, a Rádio e as Artes.
As fotos seguintes são do flickr oficial de PG e da altura da exposição. Não sei se os pavilhões foram demolidos imediatamente depois do encerramento da exposição mas não vi traço posterior deles. Na mesma altura, nas proximidades e dentro do mesmo estilo destes pavilhões temporários foi construído o Restaurante Zambi mas tendo-se aí adoptado um método de construção e os materiais para poder ser definitivo.
Na primeira destas fotos vemos o pavilhão do Turismo o que condiz com a informação disponível de que eles eram para o Turismo, a Rádio e as Artes.
Entrada no pavilhão do Turismo com telhado construido em pranchas de madeira, aqui visto do interior |
Pormenor da estrutura e cobertura em madeira dum dos pavilhões, também visto do interior |
Vendo-se o tipo de cobertura feita em pranchas nas fotos de cima podemos reconhecer os pavilhões nas fotos seguintes. Note-se que eles não se confundem com a construção do Restaurante Zambi pois a cobertura deste é em placa de betão liso na parte externa e no interior vê-se que é suportado por vigas em betão armado.
Na foto de baixo vê-se o telhado dum dos pavilhões do lado externo.
Pavilhões para exposição com cobertura em tábuas colocadas longitudinalmente como se via do interior |
Temos agora uma foto dos mesmos pavilhões tirada de ponto mais afastado:
Mesmos pavilhões vendo-se para lá deles um telhado piramidal com a cúpula iluminada |
Agora uma vista do lado oposto que dá para entender que o telhado com a cúpula iluminada que aparecia no foto de cima pertence a uma construção relacionada com os pavilhões mas que parece estar separada deles:
O telhado com a cúpula iluminada pertence a uma cabana próxima dos pavilhões |
A foto seguinte acho que permite constatar que a cabana referida em cima estava colocada entre os pavilhões e as traseiras do Zambi. Estas são bem reconhecíveis pela letra "R" em itálico colocada por cima da sua cobertura (revê-lo aqui em pormenor na sétima foto).
Como o edifício do Restaurante Zambi fica junto à antiga Av. Paiva de Andrade que fazia de marginal do estuário (ver a zona aqui e aqui), conclui-se que os pavilhões temporários para exposição ficavam no espaço um pouco para noroeste do Zambi.
Confirmam-se essas posições através desta foto já conhecida com o Zambi em construção ou nos acabamentos e que deixa ver a já referida cabana dos pavilhões por trás dele. A foto dá também ideia da extensão dos pavilhões pois este iriam da cabana para oeste = poente = esquerda da foto.
No site oficial de PG a respeito dos seus edificios torcidos mostra-se uma imagem dos pavilhões mas não é aí muito explicito que o texto se refira a eles dado que o foco parece ser o Zambi. É aí provávelmente mais uma discrepância entre o texto e as imagens, como acontece por exemplo para o stiloguedes XIX (MY ARCHED AND SOMEWHAT ROMAN MANNER) onde se fala primordialmente da Casa Vermelha mas onde aparece (perdida) a foto doutro seu projecto de casas geminadas.
Comentários