Jardim botânico, actual Tunduru: muros antigos dos lados noroeste e norte (44/)

Continuando a mini-série iniciada aqui sobre o jardim botânico de Lourenço Marques, actual Maputo, mais sobre a vedação para o exterior (muros, grade) e entradas com os portões de ferro dos lados noroeste e norte do terreno do jardim. Este como se pode ver na planta do artigo anterior tem o desenho dum pentágono, com quatro lados ortogonais concordantes com a retícula da cidade e precisamente o lado a noroeste cruzado em relação a ela. O lado a noroeste é limitado pela antiga Rua Henrique de Sousa, actual (devia ser das traseiras) do Hotel Clube. 
A primeira foto é tirada nessa rua do exterior para o interior (que se vê através do gradeamento) e estamos para norte da entrada principal e praceta e como o terreno sobre para norte estamos a cota de terreno mais elevada.

FOTO 1
Muro acompanha a descida do terreno para a direita que é 
o lado da entrada principal e finalmente da Baixa da cidade
Podemos ver o interior do jardim nas proximidades em foto de Matt Smith de 2009, antes da reabilitação:

FOTO 2
Num caminho entre o lado da Rua H. de Sousa e a praceta da entrada principal
Voltando ao exterior duas fotos mostrando a parte central e inferior da antiga Rua Henrique de Sousa com o muro a noroeste do jardim (em mau estado na altura e cerca de 2009:

FOTO 3
Descida da rua H. de Sousa para a praceta com o muro do jardim à esquerda
FOTO 4
Subida da encosta da Maxaquene pela Rua Henrique de Sousa 
com o muro à direita notando-se queda de fragmentos de reboco 
Noto que a casa do jardineiro ficava para cima da rua na FOTO 4, onde se vê uma parede mais alta que o muro.
Passamos agora para a primeira de duas fotos de Homer L. Shantz (1876–1958) de Outubro de 1919 (University of Arizona - colecção shantz) provando que nessa data o muro baixo actual com a grade já existia e podemos deduzir pelo bom desenvolvimento da sebe que não devia ser muito recente. Esta foto penso ser da esquina na parte superior da Rua Henrique de Sousa vista nas FOTOS 3 e 4 pelo que o jardim estaria para lá da vedação (esta zona apareceu aqui a propósito dum acidente de trânsito nas FOTOS 3 e 4): 

FOTO 5
para a esquerda da esquina: Rua da Rádio a subir para o consulado britânico
para a direita: Rua Henrique de Sousa a descer para a praceta da entrada principal
Do lado sul da actual Rua da Rádio ou seja ao centro do topo norte do jardim podiamos ver a evolução da sua vedação à margem de fotos feitas à igreja paroquial:

FOTOS 6
antes: vedação talvez de caniço para cá = oeste da casa
depois: muro actual do jardim com a grade
Há outra foto de posição semelhante às de cima (aqui FOTO B com o motociclista) em que parecia que a vedação era uma sebe, do que concluiríamos que o muro actual deve ter sido a primeira vedação sólida. 
Vejamos de novo a entrada a norte do jardim pela Rua da Rádio e os seus dois pilares na foto da (afinal parece que eterna) dicotomia sócio-económica de Ricardo Rangel: 

FOTO 7
Vê-se o clube de ténis na mesma direcção  da FOTO 4 daqui 
à esquerda da entrada após o caminho ladeando um talhão de jardim
Penso que a segunda foto de Homer Shantz de 1919 (foto só das travel notes), porque me parece ser em curva seria abaixo da entrada principal, e por isso já não na face a noroeste mas na face a oeste do jardim:

FOTO 8
Muro aqui seria comparado com a curvatura da FOTO 3 do artigo anterior
No próximo artigo falaremos da vedação noutras faces do jardim, a sul e a leste.

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