Continuando com a série da doca da Capitania ainda existente no porto de Maputo, vemos no canto inferior direito da FOTO 1 (de fotoi e que esteve à venda no site delcampe.net) que será dos anos 50 ou início dos 60, uma construção dentro duma reentrância no interior da doca que foi depois preenchida como se explicou aqui no segundo artigo desta série.
Essa construção tinha um plataforma elevada central que penetrava na doca e no seu extremo a sul havia duas escadarias assimétricas que desciam para os lados leste e oeste de modo a possibilitar o embarque e desembarque dos passageiros. Via-se nesta foto a escadaria mais directa para o lado esquerdo = leste da plataforma, por isso em direcção ao centro da doca.
Essa construção tinha um plataforma elevada central que penetrava na doca e no seu extremo a sul havia duas escadarias assimétricas que desciam para os lados leste e oeste de modo a possibilitar o embarque e desembarque dos passageiros. Via-se nesta foto a escadaria mais directa para o lado esquerdo = leste da plataforma, por isso em direcção ao centro da doca.
FOTO 1
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| Foto tirada do limite da doca a norte (terra) para o limite a sul (estuário) com a escadaria para a direita = oeste = ponte |
Ao fundo da FOTO 1 via-se um chaminé preta que seria dum navio atracado do lado de fora da doca, aí no início a leste da ponte-cais Gorjão.
Com a FOTO 2 seguinte que já conhecemos daqui e é da chegada de Carmona 1939 pode ver-se ao fundo o canto a sudoeste da doca da Capitania:
FOTO 2
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| Em 1939 sobre a plataforma central da construção na reentrância na doca com o seu molhe sul ao fundo e a ponte-cais daí para a direita |
Podemos acompanhar a evolução do desenho desta doca relativamente a essa construção com as escadarias através das duas plantas seguintes:
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| à esquerda: em 1925/26 não aparecia reentrância por isso não haveria a construção à direita: em 1941 aparecia a reentrância na qual coloquei a construção das escadarias |
O que se observa em 1941 é expectável pois era o mesmo que aparecia nas FOTOS 1 e 2, a primeira uns dois anos posterior e a segunda uns dois anos anterior à planta. Todavia o que está na planta de 1925/26 é estranho dado que presumo que a construção com as escadarias de embarque / desembarque na doca existiu antes dessa data como se podia ver nas fotos antigas do primeiro artigo desta série. De facto a doca só podia funcionar havendo essas escadarias para possibilitar o embarque / desembarque de passageiros entre o nível da água e o nível da Baixa da cidade a norte da doca. A evolução e situação desta doca nos anos 50/60 foi também mostrada aqui.
Temos agora mais uma foto do interior da doca e de cerca de 1929. Ela foi tirada de cima do molhe a sul da doca e por isso mostra-a no sentido oposto ao das duas fotos de cima.
FOTO 3
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| Edifício do relógio à esquerda, Capitania Building para o fundo à direita = norte e ao fundo a estátua de António Enes para a esquerda = oeste |
Para o fundo ao centro desta foot está o canto a NW da doca (aqui ao centro), para a sua direita está o muro mais a norte na direcção leste - oeste.
Passando dos anos 20 / 30 da foto de cima para o início de 1961 temos de novo uma foto do site da Universidade de Wisconsin Milwaukee (UW-M) que faz parte do arquivo da American Geographical Society Library e da autoria de Harrison Forman. Seguindo a dica dum leitor podemos agora descobrir o nome dum dos navios atracados no interior da doca da Capitania como tinhamos visto neste artigo.
FOTO 3
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| Navio de pilotos atracado do lado interior da doca |
Pormenor da FOTO 3
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| Navio de pilotos da barra MAGUL |
Podemos ver uma imagem actual da doca na mesma direcção da FOTOS 1 e 2 e constatar que ao fundo o molhe fechando-a do lado do estuário e que fica em linha com a ponte-cais para a sua direita = oeste, deve ter sido substituido, quando não sei:
FOTO 4
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| Ao fundo para a esquerda, o molhe sul da doca da Capitania é agora maciço em vez de feito em estacas como ao tempo das FOTOS 1 e 2 |
Concluiremos no próximo artigo esta série sobre a doca da Capitania e as construções nas suas redondezas desde os anos 10/20 até aos tempos actuais.
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