Mais uma foto da ponte-cais Gorjão no porto de Lourenço Marques (LM), actual Maputo do site da DRISA, Digital Railway Images of South Africa. Foi tirada em 1947 para o fim do cais por esses tempos e olhando-se para nascente e como veremos relaciona-se com exportações duma empresa sul-africana.
FOTO 1 de 1947
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| Ao lado dos armazéns frigoríficos com carga de toranjas (grapefruit) |
As embalagens de cartão de fruta tinham estado nos armazéns frigoríficos e estariam agora a saír para as câmaras frigoríficas dum navio acostado à direita..
Sobre este tema dizia um livro dos CFM de 1965 de que o frigorifico para fruta tinha "capacidade de 75 000 caixas" e estava construïdo de forma a permitir o carregamento directo das caixas para os navios atracados, o que se pode agora verificar.
Tinhamos visto uma foto dos armazéns onde apareciam as placas como aquela em que a lingada de caixas de fruta (aqui, do saxónico sling) assentava na foto de cima:
FOTO 2 de 1936
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| Armazéns frigoríficos à direita em 1936 com placas salientes para saída pelo segundo piso |
Ao fundo da FOTO 2 parece estar a saír da mesma placa a FOTO 1, que seria a quarta e a situada mais para o fundo dos armazéns = para oeste, outra lingada presumo que de alimentos e que aparentemente iriam servir para consumo do paquete atracado ao lado.
E podemos a seguir ver em 1988 mais fruta da mesma marca da FOTO 1 e colocada próxima dos mesmos armazéns, ver a marca vermelha com a placa saliente. Isto passava-se mais de 40 anos depois da FOTO 1 e mais de 50 anos depois da FOTO 2
FOTO 3 de 1998 da alamy
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| Laranjas da Outspan junto aos armazéns frigoríficos em Maputo, antiga LM. Caixas devem ter saído pela porta entreaberta no rés do chão |
A firma Outspan era uma grande exportadora de fruta sul africana e podemos recordar a sua publicidade que parecia bastante intensa no mercado inglês:
FOTO 4
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Anúncios aos citrinos da Outspan nos anos 70
fazendo analogia com o ouro da África do Sul
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Nas caixas da FOTO 1 pode ver-se que as toranjas eram produzidas na Swazilândia para essa marca. Como é normal a Outspan deveria combinar produção própria com a integração de produção de quintas independentes respeitando as suas específicações.
Moçambique produzia de forma moderna citrinos na zona do Umbelúzi de que a quantidade imagino não fosse enorme mas que penso eram também exportados. Estes produtos agrícolas mais ou menos perecíveis deviam ser produzidos no interior próximos das linhas férreas, seriam embarcados em vagões refrigerados que os traziam para o porto onde aguardavam embarque nestes armazéns frigoríficos. Curiosamente em 1947 não havia ainda ligação directa do porto de LM à Suazilândia (eSwatini) pois a linha de Goba terminava na fronteira pelo que a produção de toranjas da FOTO 1 teria de seguir via um pouco mais indirecta até ter chegado à costa / porto de LM.
Moçambique produzia de forma moderna citrinos na zona do Umbelúzi de que a quantidade imagino não fosse enorme mas que penso eram também exportados. Estes produtos agrícolas mais ou menos perecíveis deviam ser produzidos no interior próximos das linhas férreas, seriam embarcados em vagões refrigerados que os traziam para o porto onde aguardavam embarque nestes armazéns frigoríficos. Curiosamente em 1947 não havia ainda ligação directa do porto de LM à Suazilândia (eSwatini) pois a linha de Goba terminava na fronteira pelo que a produção de toranjas da FOTO 1 teria de seguir via um pouco mais indirecta até ter chegado à costa / porto de LM.
No próximo artigo falaremos mais da marca Outspan e da sua imagem.
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