FOTO I
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| Caminho na faixa sul do jardim vendo-se a parte norte do prédio Lusitana ao fundo na Av. Samora antiga Aguiar, D. Luís |
A FOTO I foi tirada mais junto à encosta do que a FOTO 1 do artigo anterior com o caminho que tinha a palmeira à frente à direita. Aí tinha-se visto onde esteve o limite mais a sul do presumível lago A' ou do polo A do lago longo que foi escavado em 1886/87 no início do jardim pelo que nesta FOTO I vai aparecer a parte superior do polo A desse lago.
O centro do caminho em frente na FOTO I está a aproximadamente 22 metros para a direita = norte do centro do caminho da FOTO 1 do artigo anterior (e a 32 metros do muro sul do jardim com a Av. Manganhela, antiga Álvares Cabral). Estamos também a cerca de 23 metros do início da encosta que se vê à direita = norte pouco depois do início das árvores.
Para a frente a distância deste ponto à estrada das Mahotas que passava atravessando esta faixa baixa do jardim, da esquerda = sul para direita = norte, era de cerca de 82 metros e daqui.à Av. Samora que passou depois a limitar o jardim a oeste é de cerca de 114 metros.
Com base nestas referências e noutras que indico na foto em baixo e baseado na MONTAGEM do artigo anterior (cuja base pode ser recordada na MONTAGEM I em baixo) estimo muito por alto por onde teria estado o lago nesta zona.
O centro do caminho em frente na FOTO I está a aproximadamente 22 metros para a direita = norte do centro do caminho da FOTO 1 do artigo anterior (e a 32 metros do muro sul do jardim com a Av. Manganhela, antiga Álvares Cabral). Estamos também a cerca de 23 metros do início da encosta que se vê à direita = norte pouco depois do início das árvores.
Para a frente a distância deste ponto à estrada das Mahotas que passava atravessando esta faixa baixa do jardim, da esquerda = sul para direita = norte, era de cerca de 82 metros e daqui.à Av. Samora que passou depois a limitar o jardim a oeste é de cerca de 114 metros.
Com base nestas referências e noutras que indico na foto em baixo e baseado na MONTAGEM do artigo anterior (cuja base pode ser recordada na MONTAGEM I em baixo) estimo muito por alto por onde teria estado o lago nesta zona.
FOTO I e o lago (MUITO aproximado)
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Marcha azul: parte mais a oeste / noroeste do primeiro lago no jardim actual
Pontos vermelhos: inicio da encosta
Referências para a imagem de GE na MONTAGEM
Árvore verde claro: "buxo" grande na ponta a oeste do relvado
Preto: candeeiro no lado norte do caminho
Castanho: ponto donde foi tirada a foto e linha de vista para oeste
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Noto que me parece que o princípio deste caminho era em 1946 e 1998 em ligeira curva para a esquerda por isso deve ter sido alterado na recente reabilitação, que então foi mais do que isso.
Na montagem seguinte relembro, com origem na tese de doutoramento de Lisandra Franco de Mendonça (LFM) "Conservação da arquitetura e do ambiente urbano modernos: a baixa de Maputo" (descarregar aqui) e com a devida vénia, o lago longo a que nos temos referido. Tinha forma de rim com dois polos A e B nas extremidades que como disse penso estiveram depois na origem das duas superfíces de desenho também arredondado que aparecem na planta de Sousa e que suponho terem sido lagos. Penso que a partir da imagem de Google Earth com os lagos A' e B' de Sousa se pode deduzir onde esteve o lago longo que lhes terá estado na origem juntando-se-lhes a ligação que faltava e fazendo uma ligeira adaptação ao B'.
Na montagem seguinte relembro, com origem na tese de doutoramento de Lisandra Franco de Mendonça (LFM) "Conservação da arquitetura e do ambiente urbano modernos: a baixa de Maputo" (descarregar aqui) e com a devida vénia, o lago longo a que nos temos referido. Tinha forma de rim com dois polos A e B nas extremidades que como disse penso estiveram depois na origem das duas superfíces de desenho também arredondado que aparecem na planta de Sousa e que suponho terem sido lagos. Penso que a partir da imagem de Google Earth com os lagos A' e B' de Sousa se pode deduzir onde esteve o lago longo que lhes terá estado na origem juntando-se-lhes a ligação que faltava e fazendo uma ligeira adaptação ao B'.
MONTAGEM I com duas plantas
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Superfícies A' e B': presumiveis lagos no desenho de Sousa
Superfície L: ligação entre as superfícies A' e B' que reconstituiría aprox.
o lago longo com os polos A e BVerde escuro: vala de esgoto ou canal de drenagem que limitava o jardim inicial a sul
Preto: Estrada das Mahotas anterior ao plano Araújo
Verde alface: expansão do jardim depois da abertura das novas avenidas
Pontos vermelhos: no limite norte da faixa com pouco declive a sul do jardim
Elipse carmesim: posição da ponte de madeira no lago em 1886/87
Círculo laranja (acima do "L"): estátua de Vasco da Gama em 1886/87Linhas amarelo e creme: caminho de entrada inicial na estrada das Mahotas e sua extensão posterior para a Av. Samora
Referências da FOTO I na MONTAGEM
Árvore verde claro: "buxo" grande na ponta a oeste do relvado
Preto: candeeiro no lado norte do caminho
Castanho: ponto donde foi tirada a FOTO I
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Em relação ao ponto castanho donde foi tirada a FOTO I, podemos dizer que o polo B do lago longo (ou o suposto lago elíptico B' do desenho de Sousa) estava à sua esquerda mas muito para trás = leste desse local. Também a estátua de Vasco da Gama (circulo laranja) esteve também para a esquerda uns 10 metros e para trás uns 14 metros daí, algures entre o caminho desta FOTO I e o que se via na FOTO 1. Também se pode agora perceber que a foto de Fowler da encosta para a Baixa do primeiro artigo desta série foi tirada na encosta bastante para trás e à direita do ponto castanho pois nela não se via o polo A (a noroeste) do lago longo, vendo-se nela só o polo B e uma parte estreita da ligação entre os dois polos.
Outro elemento interessante das plantas antigas e que marquei na MONTAGEM I é o caminho de entrada no jardim pela Estrada das Mahotas no seu lado oeste. Na FOTO I essa entrada estaria um pouco para a esquerda da direcção da linha castanha e a uns 45 metros da margem mais próxima do polo A do lago. Por isso na FOTO I ver-se-ia o caminho a vir da frente ao centro esquerda e contornando a noroeste o polo A do lago junto à encosta e depois o caminho seguiria mais para o interior desta faixa sul do jardim mais ou menos na paralela à ligação entre os polos do lago longo. Nota-se nessas plantas que o jardim inicial estava muito mais desenvolvido a norte do lago longo porque a sul o espaço até à vala de esgoto ou canal de drenagem era relativamente estreito.
Em baixo outra foto da mesma zona inserindo-lhe também as posições muito aproximadas dos elementos da MONTAGEM I nesta zona. Esta FOTO II é uma vista para sul-sudeste a partir do início da encosta e relativamente à FOTO I fica mais perto donde terá passado a estrada das Mahotas e mais longe da vala de esgoto.
FOTO II e o lago (MUITO aproximado)
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Azul: presumível lado A' do desenho de Sousa ou polo A do lago longo
Verde: posição da vala de esgoto ou canal de drenagem nesta zona¨
Linha preto e roxo: muro do jardim com Av. Álvares Cabral, aberta depois
da secagem do pântano segundo o plano do Major Eng. A. J. Araújo |
Para além do que foi possível marcar seria interessante nestas fotos saber onde era pântano e a terra firme nesta zona mas em nenhum dos três desenhos ou plantas mostrados nestes artigos estava indicada a margem norte do pântano. A planta para a Av. Aguiar de 1887 indicava que a sul da vala de esgoto era pântano e ficou escrito que o jardim foi criado a norte da vala tendo a Sociedade que o criou drenado a parte do pântano que ficou desse lado, a norte da vala. Assim a margem norte do pântano esteve algures entre a vala (linha verde) e o início da encosta (linha dos pontos vermelhos que se veria um pouco à esquerda da FOTO II), faixa que na zona da FOTO II teria cerca de 40 metros de largura.
Como vimos já no primeiro artigo, LFM escreveu na sua tese (página 393) interpretando textos da época e em relação ao terreno posto à disposição do jardim pelo município que "escavaram, na parte mais baixa, um lago grande sobre o pântano". Se isto quer dizer que o lago longo foi completamente aberto onde tinha sido pântano podemos ver na "FOTO I com marcas" atendendo à posição do polo A que a margem norte do pântano teria ficado perto dos pontos vermelhos do início da encosta. Se não a margem norte do pântano teria sido mais afastada da linha dos pontos vermelhos e mais próxima da vala (linha verde que passava perto da Av. Manganhela). Presumo também que essa margem oscilasse, por exemplo nos anos de muita chuva e marés vivas estaria mais para norte = junto da encosta e noutros anos retrocederia para sul, por isso ficamos pelo menos com uma ideia geral de até onde subia o pântano original da Baixa no terreno das FOTOS I e II. .
De notar ainda e como disse já o lago para além da função paisagística serviria de bacia de retenção para a água das chuvas ou fontes que vinha do lado da encosta nas redondezas evitando que o progresso da drenagem do pântano fosse afectado.
Seria lógico que se o lago enchesse o seu excesso de água fosse directamente canalizado para a vala que lhe ficava a nível um pouco inferior em vez de se deixar encharcar o espaço ajardinado a sul do lago. Não vi isso escrito nem aparece nos desenhos ou fotos mas como é um aspecto menor não se existiu ou não esse(s) cano(s).
Seria lógico que se o lago enchesse o seu excesso de água fosse directamente canalizado para a vala que lhe ficava a nível um pouco inferior em vez de se deixar encharcar o espaço ajardinado a sul do lago. Não vi isso escrito nem aparece nos desenhos ou fotos mas como é um aspecto menor não se existiu ou não esse(s) cano(s).
Finalmente recordo ainda que Shantz em 1919 fotografou pelo menos um lago do jardim nesta zona. Como vimos aqui a posição que estimámos para ele era para meio do comprimento do jardim ao longo da Av. Álvares Cabral pelo que devia corresponder ao que seria o polo B do lago longo inicial ou o presumível lago B' no caso do lago longo ter-se já separado em duas partes (ver no google maps essa posição aproximadamente ao centro).
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